Do sociólogo Marcos Coimbra na Carta
Capital:
A bela vitória de Dilma
Rousseff no domingo 26 encerra a mais longa e mais renhida disputa eleitoral de
nossa história moderna. Estivemos a vivê-la nos últimos três anos. Logo após a
curta fase de lua de mel com a presidenta, que mal chegou ao fim de 2011, nada
aconteceu na política brasileira sem ter relação com a eleição concluída agora.
As oposições nunca perdoaram a ousadia de Lula
em lançar Dilma como sua candidata à sucessão. Tinham certeza de que a
derrotariam, apesar de conhecerem a popularidade do ex-presidente. Com a
empáfia de sempre, julgavam que qualquer um dos nomes de seus quadros era
melhor.
A derrota para Dilma doeu mais do que aquelas
duas infligidas por Lula. Ela não era uma liderança carismática ou figura
extraordinária. Perder para ela significava que poderiam perder outras vezes e
que não era necessário um (ou uma) Lula para vencê-las.
Quando ficou evidente o fato de Dilma, ao longo
do primeiro ano de governo, conquistar a simpatia da larga maioria da
população, tornando-se uma presidenta com avaliação em constante crescimento,
desenhou-se um quadro inaceitável para as lideranças antipetistas na política,
na sociedade e nos oligopólios midiáticos conservadores. O desfecho que temiam
era o ocorrido neste segundo turno: a sua reeleição e a continuação do PT no
comando do governo federal.
Chega a ser cômica a queixa dos adversários
dirigida à presidenta neste ano, chorosos da “desconstrução” sofrida na
campanha. Em nossa história política, não houve uma chefe de governo tão
sistemática e impiedosamente “desconstruída” quanto Dilma.
Em 2012, a oposição inventou o circo do
julgamento do “mensalão”, transformando irregularidades eleitorais praticadas
por lideranças do PT, absolutamente comezinhas na vida política brasileira, no
“maior escândalo” da história brasileira. Com o apoio de figuras patéticas no
Judiciário, fizeram um escarcéu midiático para atingir a imagem do partido, de
Lula e, por extensão, da presidenta. Mal encerrado o capítulo anterior,
procuraram nova estratégia para prejudicá-la. Desta feita, buscaram atingi-la
em sua qualificação gerencial e mostrar a sua “incompetência”. A prova estaria
no insucesso na luta contra a inflação.
A mesma orquestração utilizada para apresentar o
“mensalão” como o “maior escândalo” de todos os tempos passou a ser feita para,
a partir do início de 2013, convencer a sociedade de que vivíamos um surto
inflacionário agudo e não a crônica inflação que nossa economia enfrenta desde
1994.
As manifestações de junho daquele ano, que
começaram de forma legítima, caíram do céu como uma dádiva para as oposições
conservadoras. Fizeram o possível para assumir seu controle e dirigi-las contra
Dilma e o governo federal.
No início de 2014, julgavam preparado o palco
para a derrota da petista, com a Copa do Mundo no centro da ribalta. O vexame
de um fracasso retumbante na organização do evento seria a pá de cal.
Os pretensos entendidos em política foram
afoitos ao decretar que Dilma estava fadada à derrota. Primeiro, ao acreditar
que enfrentava níveis de rejeição impeditivos de qualquer possibilidade de
sucesso. Segundo, ao supor haver na sociedade um “desejo de mudança”
avassalador. Terceiro, ao acreditar na aniquilação do PT e sua militância
depois da batalha do “mensalão”.
A vitória de Dilma Rousseff mostra que a maioria
da população soube compreender as dificuldades enfrentadas por ela em seus
primeiros quatro anos. Indica que a desaprovação decorria do bloqueio da mídia
conservadora e que os eleitores não se dispuseram a substituí-la por um
sentimento apenas negativo. Revela que a sociedade valoriza e preza o amplo
conjunto de iniciativas colocadas em movimento pelos governos petistas desde
2003.
A vitória de Dilma é uma vitória dela e de seu
governo, que chega ao fim da eleição com níveis de aprovação inferiores tão
somente aos de Lula em seu segundo mandato. E é uma vitória do ex-presidente,
que se renovou na eleição e se reafirmou como a maior liderança política de
nossa história (aceitem ou não aqueles que não gostam dele).
E é uma grande vitória do PT, de seus militantes
e simpatizantes. O partido sai fortalecido da eleição em um sentido muito mais
profundo. O partido reencontrou o ânimo de sua juventude.
Quem queria tirar Dilma Rousseff do poder,
sepultar Lula e varrer o PT do mapa sofreu uma derrota vexaminosa.
AS OPOSIÇÕES NÃO MONTOU UM CIRCO, O PT E SEUS ALIADOS FORAM QUEM MONTARAM O CIRCO PARA QUE OS OUTROS PUDESSEM RIR DELE.
ResponderExcluirA DILMA FOI ELEITA PORQUE O INSTITUTO DA REELEIÇÃO CRIADO POR FHC PERMITIU.O USO DAS MÁQUINAS PÚBLICAS EM TODO O BRASIL FOI FENOMENAL.
A MAIORIA DOS PREFEITOS, DOS OS EX-´PREFEITOS E DOS CABOS ELEITORAIS NO NORDESTE CASARAM E BATIZADO USANDO O BOLSA FAMÍLIA CONTRA A MARINA SILVA E AÉCIO NEVES.
MAS NÃO FOI SOMENTE ISTO COISA NENHUMA. NUNCA VI NA MINHA VIDA E PRESENCIEI UMA COMPRA DE VOTOS TÃO ESCANDALOSA PARA SE ELEGER DEPUTADOS ESTADUAIS E FEDERAIS.
AS OPOSIÇÕES A NÍVEL DE MUNICÍPIO BATIAM NOS PREFEITOS E POR DEBAIXO DO PANO PRATICAVAM AS MESMAS COMPRAS DE VOTOS NUMA VERDADEIRA FALSIDADE SEM TAMANHO.
NO SEGUNDO TURNO NÃO TEVE ELEIÇÃO.AÍ SIM FOI QUANDO A MILITÂNCIA DO PT FOI PRA RUA E LEVANTOU AS BANDEIRAS VERMELHAS COISA QUE NO PRIMEIRO TURNO PRATICAMENTE NÃO EXISTIRAM.
COMO AS CABEÇAS DOS BOLSISTAS JÁ TERIAM SIDO FEITAS E QUEM VOTOU NO PRIMEIRO TURNO A TENDÊNCIA É VOTAR NO SEGUNDO, ENTÃO DEU A LÓGICA DILMA NA CABEÇA DO POVO.NÃO TIRANDO, É CLARO, A GRANDE OBRA QUE O LULA E A DILMA FIZERAM COM AS POLÍTICAS PÚBLICAS AMPLIADAS E AS TRANSPOSIÇÕES DO RIO SÃO FRANCISCO E TRANSNORDESTINA, OS ESTALEIROS ATLÂNTICO SUL, REFINARIA DE PETROLEO ABREU E LIMA E O PRONAF BENEFICIANDO PARTE DA POBREZA NORDESTINA.
MAS QUE HOUVE ERROS GROSSEIROS CLARO QUE SIM! E O PAPEL DA OPOSIÇÃO É FISCALIZAR TAL E QUAL FEZ O LULA E O PT QUANDO ERAM OPOSIÇÃO A FHC E AO PSDB. QUE APRENDAM COM A LIÇÃO SENÃO DA QUI A 4 ANOS AS COISAS CERTAMENTE FICARÃO DURÍSSIMAS PRA VALER.
NÃO FORAM AS OPOSIÇÕES QUE AJUDARAM O PIB DESPENCAR A NÍVEL NUNCA VISTO HÁ 50 ANOS ATÉ HOJE.