Morreu neste sábado pela manhã, possivelmente de
infarto, o ator José Wilker, 66 anos, um dos principais nomes das artes cênicas
do Brasil, com papeis de destaque no teatro, na televisão e no cinema.
Natural de Juazeiro do Ceará, terra de Padre Cícero,
Wilker ainda criança foi morar no Recife e viveu na capital pernambucana a
infância e juventude.
Começou a fazer teatro no Movimento de Cultura Popular,
criado nos anos 60 por Miguel Arraes, e procurava levar a arte ao povo, inclusive
às cidades do interior do Estado.
Em 1967 o ator passou a morar no Rio de Janeiro e
ingressou na Faculdade de Sociologia. Deixou o curso tempos depois para se
dedicar totalmente ao teatro.
No início dos anos 70 José Wilker ganhou o prêmio Molière
de Melhor Ator, pela sua participação na peça “O Arquiteto e o Imperador”. Foi
então convidado pelo escritor Dias Gomes para o elenco de “Bandeira 2” , a primeira novela na
carreira do cearense.
A partir daí não faltaram trabalhos para o ator, que se
tornou cada vez mais conhecido. Um dos grandes papeis da sua carreira, que lhe
tornou popular em todo o país, foi Roque Santeiro, na novela de 1985, escrita
por Dias Gomes e Aguinaldo Silva. Na época ele contracenou com artistas já
consagrados, como Regina Duarte e Lima Duarte
Wilker atuou ainda em Senhora do Destino, Duas Caras, o
remake de Gabriela, Cravo e Canela e sua última participação na TV foi em “Amor
à Vida”.
No cinema o ator se destacou em filmes como A Falecida,
A Batalha dos Guararapes, O Homem da Capa Preta, Bye Bye Brasil, Xica da Silva,
Dona Flor e Seus Dois Maridos, Guerra de Canudos, Villas Lobos – Uma Paixão, Redentor
e o Bem Amado.
Foi ainda diretor do humorístico “Sai de Baixo" e de
algumas novelas da TV Globo, além de participar de minisséries como Anos
Rebele, Agosto, A Muralha e JK. Nesta última interpretou o ex-presidente da República.
José Wilker escreveu textos para jornais e revista, foi
comentarista da cerimônia do Oscar durante anos e exerceu a função de crítico
de cinema. Era um apaixonado pela sétima arte.
O Brasil perde um grande ator, um artista completo, um
homem de talento consciente dos problemas do país e sempre engajado nas lutas
por um mundo melhor.
Todos nós brasileiros ficamos um pouquinho mais pobres
hoje sem José Wilker. Cearense, meio-pernambucano e totalmente brasileiro.
Como todo grande artista, Wilker encantou-se, é mais um
estrela a brilhar no céu e estará para sempre entre nós através de sua arte.
Vá em paz coroné JESUINO !!!
ResponderExcluirEssa é vida,os bons vão morrendo enquanto os ruins de tudo ficam por ai fazendo raiva e o que não presta.Mas pra esses a MORTE tarda mais não falha.
ResponderExcluircom profundo pesar a perda d um dos gigantes do mundo artistico e cultural... descanse em paz!
ResponderExcluirporra merda só porque esse bosta era da globo agora vai passar um ano na mídia se fosse teu filho não tava aqui já basta ver essa merda todo dia na tv
ResponderExcluirResumindo um ignorante frustado.
ExcluirATOR E DIRETOR JOSÉ WILKER não era só da globo, era tambem um icone da dramaturgia e da direção de cinema e teatro. Ator consagrado e reconhecido nacionalmente e internacionalmente por seu trabalho. Se ele fosse simplesmente um global, ja seria uma perda, más ele não era só isso, ele era muito mais, e se foi deixando um belo legado de lembranças e de experiencias. Então meu querido, ele não precisa mais de estatua e nem de nada do tipo, sua vida e suas obras no ambito da cultura já o vangloriam. E caso o façam monumento, será justo e merecido, assim como foi feito a Dominguinhos, a Padre Cicero, e a tantos outros. Não seja tão hipócrita de se deixar levar por essa raiva contida que não sabemos o motivo, e nem queremos....
ResponderExcluirParabéns pela brilhante carreira, que descanse em paz
ResponderExcluirPoucos dias antes de morrer disse:
ResponderExcluir"Essas pessoas que estão no poder no Brasil, representam o que há de pior no caráter nacional"