O vice João Lyra (PSB) tomou posse como
governador de Pernambuco hoje à tarde, na Assembleia Legislativa, com um
discurso longo, lembrando os laços de amizade e afinidade política de seu pai e da sua família com Miguel Arraes, governador de Pernambuco em três oportunidades. União
que teve prosseguimento quando ele foi escolhido como companheiro de chapa de Eduardo
Campos, em 2006 e 2010.
O novo governador do Estado lembrou os
tempos de luta contra a ditadura, reverenciando os autênticos do partido, como
Marcos Freire, Marcus Cunha, Fernando de Vasconcelos e seu irmão Fernando Lyra. João Lyra elogiou a
inteligência, a capacidade de gestão e o poder de articulação política de
Eduardo Campos e assumiu o compromisso de dar continuidade ao seu trabalho.
Uma das novidades no discurso do sucessor
de Eduardo foi a criação da Secretária da Microempresa, medida elogiada depois
até pelo adversário do PSB na eleição deste ano, o senador Armando Monteiro
(PTB).
Vale a pena ler por inteiro o discurso de
João Lyra, que transcrevemos abaixo, por representar um documento histórico na
vida dos pernambucanos.
O DISCURSO
Sr. Presidente,
Estou aqui para dar continuidade a uma caminhada
que iniciamos há sete anos, junto com Eduardo Campos, cumprindo a missão que
nos foi delegada pela Frente Popular.
Assumo o honroso cargo de governador de
Pernambuco para concluir mandatos que nos foram conferidos e reafirmados pelo
povo.
Após ouvir e mobilizar a sociedade,
construímos em nosso estado um governo que hoje é destaque por práticas
inovadoras de gestão, reconhecidas nacional e internacionalmente.
Que mudou as políticas públicas de saúde,
educação, segurança e ação social.
Que levou o desenvolvimento para todas as
regiões, para todos os pernambucanos.
Tomo posse agora como o mesmo entusiasmo do
primeiro dia.
Quero concluir a obra iniciada sob a
brilhante liderança de Eduardo Campos.
E digo mais: Chego com a vontade de ir
além. Com os olhos voltados para o futuro.
Avançar levando, de forma pioneira, a
interiorização da Tecnologia e Inovação, aliada a Economia Criativa.
Assumo aqui o compromisso de realizar o
desembarque do Porto Digital do cais para a Mata, Agreste e Sertão.
Com tecnologia e criatividade vamos gerar
os novos empregos deste século e dar oportunidade para os jovens.
Vou criar a Secretaria Estadual da
Microempresa para apoiar, ofertar crédito, educação empreendedora, treinamento
gerencial e qualificação de mão-de-obra para os pequenos empreendedores.
Homem do agreste pernambucano - criado
entre feirantes e sulanqueiros - sei o quanto as microempresas são importantes
para a economia nacional.
Hoje, 99,2% das empresas brasileiras são
microempresas.
As microempresas empregam cerca de 60% das
pessoas economicamente ativas do País.
Dentro dessa lógica, pretendo fortalecer
os Arranjos Produtivos Locais.
Além de impulsionar o Turismo Rural.
Estou convencido: “Os pernambucanos precisam conhecer mais Pernambuco”.
O turismo interno é uma grande fonte de
geração de emprego e renda.
Como interiorano, vi de perto o efeito
devastador de uma seca na nossa economia.
Não me conformo com os paliativos que
retardam o definitivo e assim eternizam a existência do flagelo das secas.
Creio que é possível - respeitando o meio
ambiente e o bioma do semiárido - formatar políticas públicas consistentes para
a convivência com escassez d’água que caracteriza o nosso sertão.
Vou mobilizar a inteligência pernambucana,
nacional e internacional para buscar soluções muito além do apenas emergencial.
Vou iniciar o programa de Recuperação do
Rebanho Leiteiro de Pernambuco que foi dizimado pela maior seca dos últimos 50
anos no Nordeste brasileiro.
Como prefeito de dois mandatos, tenho
absoluta consciência da importância dos municípios para correção dos
desequilíbrios regionais.
Vou juntar minha voz a do nosso líder
nacional Eduardo Campos em defesa de um novo Pacto Federativo para o Brasil.
Temos de buscar uma saída dentro de uma
visão que entende a questão nordestina como uma questão nacional.
O Brasil será mais justo, os brasileiros
mais iguais, quando superarmos as disparidades regionais.
Aos prefeitos e prefeitas presentes quero
trazer a garantia que vamos concluir e consolidar a segunda etapa do Fundo
Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal – o FEM.
Vamos tocar em frente a ideia do
governador Eduardo Campos de apoiar os
municípios pernambucanos na implantação de projetos que contribuam para o
desenvolvimento municipal, permitindo a retomada da realização de investimentos
cuja execução foi comprometida pelo atual momento de fragilidade das finanças
municipais.
Em síntese, esses são os novos
compromissos que firmo neste momento com o povo pernambucano.
O desafio que tenho pela frente é apenas
mais um passo de uma jornada que tem história e vem de longe.
O meu encontro político com Eduardo Campos
nada tem de passageiro. É firmado a partir de raízes profundas.
Trata-se de uma longa trajetória de lutas
pela causa da democracia, empreendedorismo, inovação em gestão pública e
fundamentalmente um compromisso inabalável com as melhores causas do povo
brasileiro.
Essa história tem mais de um século e é um
compromisso ético que é orgulho para todos da nossa família.
Começa com João Lyra Filho.
De origem humilde, meu pai só veio
aprender a ler e escrever, depois que casou com minha mãe – Guiomar da Fonseca
Farias Lyra – professora da rede pública.
Empreendedor nato, João Lyra Filho foi
ajudante de caixeiro, mascate, proprietário de bomba de gasolina durante a II
Guerra Mundial, caminhoneiro, primeiro revendedor da Ford em Caruaru e depois
da Mercedes Benz.
Além de fundador da hoje cinquentenária
Rodoviária Caruaruense.
Apaixonado pela política, João Lyra Filho
e o grande brasileiro Miguel Arraes de Alencar lançaram, pela primeira vez no
interior de Pernambuco, em 1959,
a Frente Popular.
Naquele ano, a Frente Popular apresentou
seus dois primeiros candidatos a prefeito.
Miguel Arraes no Recife. João Lyra Filho
em Caruaru.
Entendiam Arraes e João Lyra que as
grandes causas do povo deviam ser enfrentadas com a união das forças acima das
divergências menores de natureza política.
Era preciso unir os partidos e formar uma
grande frente política em defesa dos interesses da maioria da população.
Prefeito eleito de Caruaru por duas vezes,
João Lyra Filho deixou um legado de modernidade na gestão pública.
Implantou o primeiro Plano Diretor Urbano
– coordenado pelo grande pernambucano, o engenheiro e urbanista Antônio Baltar
– que tinha como principal objetivo o planejamento e o crescimento ordenado da
cidade.
Criou o primeiro Distrito Industrial de
Caruaru.
Junto com o artista plástico Augusto
Rodrigues, promoveu a primeira Exposição de Cerâmica Pernambucana no Rio de
Janeiro, que projetou nacionalmente o caruaruense Mestre Vitalino.
Impossível separar em João Lyra Filho o
empreendedor-visionário e gestor moderno do democrata e lutador pelas
liberdades públicas.
Lutando pela causa da liberdade, ainda no
exercício do mandato de prefeito de Caruaru, meu pai foi preso arbitrariamente
pelo DOPS – Departamento de Ordem e Política Social - aparelho repressivo da
ditadura – fato que testemunhei ainda jovem quando ele estava no cárcere junto com
o bravo socialista, médico Jacob Tumajan.
Prefeito realizador, João Lyra Filho
também foi parlamentar integrante desta Casa por dois mandatos pela legenda do
Movimento Democrático Brasileiro – MDB – do qual foi um dos fundadores.
Com humildade, João Lyra Filho, após
concluir o mandato de deputado federal em 1970, percebeu que brotava na família
uma jovem vocação política que começava a despontar nesta Assembleia
Legislativa.
João Lyra preferiu voltar para esta Casa.
Estimulou e abriu o caminho de Brasília
para o meu irmão Fernando Lyra.
Eleito deputado federal, Fernando Lyra
assumiu o mandato, em 1971, no chamado anos de chumbo da ditadura.
O MDB de Pernambuco tinha uma combativa
representação parlamentar onde despontavam nomes como Marcos Freire, Fernando
de Vasconcelos Coelho, Roberto Freire, Marcus Cunha.
Um grupo mais à esquerda da cúpula do
partido que tinha tendência nitidamente conservadora. Tal situação se repetia
em vários estados do Brasil.
É quando surge o chamado Grupo Autêntico
do MDB do qual Fernando Lyra foi um dos principais articuladores.
Tendo como principal bandeira a convocação
de uma Assembleia Nacional Constituinte, eleições diretas em todos os níveis e
a causa dos Direitos Humanos, o grupo autêntico do MDB era formado por 23 deputados
federais de que faziam política de oposição à ditadura militar e ainda
enfrentavam a ala moderada do seu próprio partido.
Aqui fica nossa homenagem a estes bravos
brasileiros: Alencar Furtado, Amaury Muller, Eloy Lenzi, Fernando Cunha,
Fernando Lyra, Francisco Amaral, Chico Pinto, Freitas Diniz, Getúlio Dias,
Jailson Barreto, Jerônimo Santana, Lysâneas Maciel, Marcondes Gadelha, Nadyr
Rossetti, Paes de Andrade, Santilli, Walter Silva, Álvaro Lins, J. G. de Araújo
Jorge, João Borges, Marcos Freire e Severo Eulálio.
Graças à mobilização do Grupo Autêntico, o
MDB impõe à ditadura sua primeira grande derrota eleitoral nas eleições para o
Senado em 1974.
Fernando Lyra exercia sua primeira
articulação nacional e o MDB saía vitorioso em 16 estados.
A ditadura reagia a sua derrota com as
cassações dos mandatos dos integrantes do Grupo Autêntico, entre eles Lysâneas
Maciel, Amaury Muller, Nadir Rossetti, Alberto Goldman e Chico Pinto.
Fernando Lyra resistia. A causa da Anistia
se configurava como uma das maiores mobilizações políticas e ganhava corpo em
todo país.
A emenda das Diretas Já, de autoria do deputado federal Dante de Oliveira,
levava a esperança para as ruas de todo Brasil há exatos 30 anos atrás.
A ditadura reage, manobra no Congresso e
derrota o sonho das Diretas Já.
Surpreendentemente, Fernando Lyra
identifica no moderado Tancredo Neves, a quem os autênticos tanto combateram,
como a melhor alternativa para o país sair da ditadura.
Fernando Lyra passa a ser o principal
articulador da campanha Tancredo Neves a presidente da República através do
Colégio Eleitoral.
Usa de todo seu poder de convencimento
para formar a Frente Popular contra a ditadura. Consegue o apoio de Miguel
Arraes, Chico Pinto, artistas, intelectuais e jornalistas em torno do nome de
Tancredo.
Enfraquecida politicamente, a ditadura
sofre sua maior derrota. Tancredo Neves é eleito de forma indireta é eleito. O
Brasil inteiro festeja e, logo em seguida chora, com sua morte antes da posse.
Fernando Lyra, escolhido por Tancredo
Neves para o Ministério da Justiça, é nomeado por José Sarney que assumiu o
cargo de Presidente como vice de Tancredo.
Ministro da Justiça, Fernando Lyra deixa
uma grande contribuição para a causa da liberdade no Brasil. Sua passagem pelo
ministério foi definida por uma frase que costumava repetir: “remoção do
entulho autoritário”.
Fez uma verdadeira revolução na pasta da
Justiça. Abriu as portas do ministério para sociedade. Convocou nomes dos mais
respeitados para compor sua equipe como os juristas José Paulo Cavalcanti Filho
e Marcelo Cerqueira, além do grande pernambucano Cristovam Buarque.
De imediato, iniciou a revogação da
legislação ditatorial.
Fim da Lei de Censura Prévia.
Nova legislação partidária.
Legalização dos partidos comunistas.
A notícia ganhou dimensão internacional. O
Brasil sinalizava para a comunidade internacional que trilhava o caminho da
democracia.
Fernando Lyra deixa o Ministério da
Justiça e reconhecimento nacional. É candidato a vice-presidente da República
em chapa encabeça pelo grande brasileiro Leonel Brizola na primeira eleição
direta pós-ditadura.
Quero neste momento render minhas
homenagens a Márcia Lyra que sempre esteve solidária em todos os momentos da
vida e luta de Fernando. Com ele dividiu momentos de incertezas, angústias,
derrotas, alegrias e vitórias.
Márcia você é exemplo de coragem,
solidariedade e lealdade para todos da nossa família.
Fora das disputas eleitorais, Fernando
Lyra exerceu por indicação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu
último cargo público, de 2003
a 2011, como presidente da Fundação Joaquim Nabuco.
Mas nunca deixou de sonhar e ousar com a
política.
Para Fernando, a política tinha um sentido
ético. Era uma ferramenta poderosa para mudar a vida dos que mais precisam.
Foi da varanda do apartamento de Fernando
Lyra, em 2005, que nasceu a candidatura de Eduardo Campos a governador de
Pernambuco.
Poucos acreditavam em chances de vitória.
No entanto, o entusiasmo de Fernando com o futuro de Eduardo Campos era enorme.
A realidade política do momento determinou
que eu fosse o escolhido para ser o seu vice-governador compondo a chapa com
Eduardo Campos no pleito de 2006.
Após campanha memorável, vencemos as
eleições. E fomos novamente confirmados nas eleições de 2010.
Por indicação do governador Eduardo Campos,
coordenei o grupo que reestruturou as áreas de Segurança Pública, Educação e
Saúde.
Participei da concepção, estruturação e
implantação do Pacto pela Vida.
Em 2008, assumi a Secretaria de Saúde e
pude elaborar o primeiro Diagnóstico sobre as Necessidades de Saúde em
Pernambuco.
Inauguramos, quebrando uma inércia de meio
século, os três hospitais metropolitanos. O Hospital Miguel Arraes em Paulista.
O Hospital Pelópidas Silveira em Recife. E o Hospital Dom Hélder Câmara no
Cabo.
Quatorze Unidades de Pronto Atendimento – UPAS – se
espalharam pela Região Metropolitana e chegaram ao Agreste, atende uma média de
500 pacientes por dia cada.
Visando modernizar a maior emergência
hospitalar do Nordeste, concebemos e construímos a Emergência Clínica do
Hospital da Restauração. Mais do que uma reforma física, uma mudança de
conceito no atendimento de urgência e emergência no atendimento de saúde
pública em Pernambuco.
Foram anos de muito trabalho.
O governador Eduardo Campos demonstrou
durante esses sete anos de governo sua capacidade de comando, sensibilidade
social e perfil inovador.
Neto do maior líder político de Pernambuco
- o governador Miguel Arraes - Eduardo Campos teve sua história marcada pela
violência do exílio que se abateu sobre sua família.
Foi presidente do Diretório Acadêmico da
Universidade Federal de Pernambuco em 1985.
Após a volta do exílio de Arraes, Eduardo
participa de sua vitoriosa campanha de reeleição ao Governo de Pernambuco.
Assume a Chefia de Gabinete. E ingressa na
vida política elegendo-se deputado estadual pelo Partido Socialista Brasileiro
- PSB.
Logo em seguida chega ao Congresso
Nacional como deputado federal exercendo três mandatos.
Por conta do seu destaque como articulador
no Congresso Nacional, Eduardo é convocado pelo presidente Lula para o cargo de
ministro da Ciência e Tecnologia do Brasil.
Como ministro, tomou iniciativas que
repercutiram até no plano internacional, como a articulação e aprovação do
programa de biossegurança, que permite a utilização de células-tronco
embrionárias para fins de pesquisa e de transgênicos.
Conseguiu unanimidade no Congresso para
aprovar a Lei de Inovação Tecnológica, resultando no marco regulatório entre
empresas, universidades e instituições de pesquisa.
Criou a Olimpíada Brasileira de Matemática
das Escolas Públicas, considerada a maior olimpíada de Matemática do Mundo em
número de participantes.
Durante a campanha eleitoral e, após sua
posse como governador de Pernambuco, pude conviver com a inteligência e ousadia
do gestor Eduardo Campos.
Eduardo Campos foi considerado o melhor
governador do Brasil por diversas vezes através de pesquisas de institutos de
opinião consagrados como Datafolha e Ibope.
E considerado pela Revista Época um dos
100 brasileiros mais influentes do ano de 2009.
Com Eduardo Campos,Pernambuco mudou seu
perfil de desenvolvimento.
Investimentos estruturadores. Atração
industrial. De Suape a Goiana. Agreste, Mata e Sertão. Eduardo deixa a marca de
geração de emprego e renda, progresso e interiorização do desenvolvimento.
O estado de Pernambuco cresceu, em seu
governo, acima da média nacional e tem batido sucessivos recordes de
investimento.
Ao reduzir, por sete anos seguidos, os
índices de violência no Estado, o Pacto Pela Vida tornou-se um dos vencedores do
mais importante prêmio de gestão pública do mundo, de responsabilidade
Organização das Nações Unidas (ONU).
Os seminários Todos por Pernambuco recebeu
a maior distinção da ONU, como reconhecimento pela sistemática de ausculta à
população para definição das prioridades de governo.
Pernambuco é o estado do Brasil que mais
recebeu premiações da ONU.
Inovador, na sua gestão, colocou as contas
públicas de Pernambuco na internet com o Portal da Transparência do Estado -
considerado pela ONG Transparência Brasil o segundo melhor do país entre os
vinte e sete estados da federação.
A administração de Eduardo Campos foi
reconhecida como uma das mais eficazes do país, premiada pelo Movimento Brasil
Competitivo, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público que busca
contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população brasileira, por
meio do aumento da competitividade no país.
Esse reconhecimento nacional foi
conquistado, repito, com muito trabalho.
Ao concluir seus dois mandatos de
governador, Eduardo Campos deixa um exemplo de gestão que extrapola as
fronteiras do nosso estado.
Hoje posso afirmar que Pernambuco ganhou
seu maior líder nacional.
Um líder predestinado ainda para muitas
vitórias.
Para mim, as vitórias, antes de significarem
momentos de euforia, sempre foram motivos para reflexão e recordações.
As lembranças do menino que acompanhava,
em cima dos palanques, as campanhas políticas de meu pai.
A vibração com o discurso eletrizante de
Fernando Lyra com sua voz forte se espalhando por ruas e praças.
Os momentos em que participei do Movimento
Estudantil, na década de 1960, quando estudava na Faculdade de Direito do
Recife.
A fundação do MDB em Caruaru, onde fui seu
primeiro presidente.
A campanha das Diretas Já quando, junto com amigo e militante Bruno Maranhão,
organizamos o primeiro comício no Largo da Coletoria com a presença de
lideranças nacionais.
As duas gestões como prefeito de Caruaru,
em 1988 e 1997.
A construção da Central de Abastecimento
de Caruaru – Ceaca – ocupando uma área de 12 hectares .
A implantação, de forma pioneira no
Nordeste, de Policlínicas que têm o mesmo perfil das UPAs de hoje.
A chegada à Zona Rural de Caruaru de 15
unidades do Programa Saúde da Família – PSF – com ambulâncias.
A aquisição ao Grupo Monte do prédio que
se transformou no Hospital Regional do Agreste durante a gestão do governador
Carlos Wilson.
A construção do Autódromo Ayrton Senna,
primeiro do Norte e Nordeste, que transformou Caruaru num polo esportivo e de
turismo nacional.
A experiência como prefeito de Caruaru foi
a minha maior escola como gestor público. E marcou meu compromisso com a
política.
Em todos os momentos de minha vida
pública, sempre contei com excelente acolhida desta Assembleia Legislativa.
Foi nesta casa que vivenciei a necessidade
do contraditório.
Aqui, como deputado estadual, fui líder do
governo Miguel Arraes.
Tivemos embates, divergências e
entendimentos.
Ficou para mim o ensinamento que todo
governo precisa de oposição.
Pois é da convivência respeitosa dos
opostos que brota a democracia.
Gostaria de fazer uma menção especial e
carinhosa a minha filha, deputada Raquel Lyra, que integra este poder
legislativo e representa a esperança que o nosso sonho de liberdade, igualdade
e justiça social não vai acabar.
Essa é a nossa história.
Lyra e Arraes. Sempre estivemos juntos ao
longo de gerações. Unidos por princípios éticos e compromissos com as lutas
populares.
Agradeço o apoio que tenho recebido para
esta nova caminhada.
Aos meus familiares, amigos e companheiros
da Frente Popular de Pernambuco.
Reafirmo meu entusiasmo em ter a
oportunidade de governar os destinos do meu estado.
Grande é a vontade de trabalhar.
Tenho certeza que vamos construir nosso
dia a dia acreditando e mobilizando o povo pernambucano.
Sei que o tempo é curto.
Precisamos fazer agora.
Aprendi com Fernando Lyra que a melhor
maneira de construir o futuro é “viver o
dia de hoje, se possível intensamente”.
Muito obrigado!
(Na foto de Paulo Veras, do JC, a chegada ao Legislativo do vice-governador para a cerimônia de posse).
COMO DIZ O POETA BILIU DE CAMPINAS, O POVO SÓ SERVE PARA VOTAR E BATER PALMAS, E AU ACRESCENTO: E OS GONVERNANTE PARA ENFIAR O PÉ NA JACA.
ResponderExcluirEm seu discurso, o Governador João Lyra Neto, faz uma retrospectiva da história política do país, relaciona fatos e políticos que lutaram pela redemocratização do país. Comete um grave lapso de memória histórica. Deixou de citar e até homenagear a brava e guerreira Cristina Tavares. Cristina que fez parte dos autênticos do MDB, Cristina que foi à Argélia, clandestinamente, manter contatos com Arraes para preparar seu retorno. Cristina, companheira de lutas políticas de Fernando Lyra. Cristina que lutou, ativamente, pela redemocratização do país, pelas diretas, pela eleição de Tancredo Neves. O inigualável Ulisses Guimarães dizia que, as saias de Cristina, valiam por muitas calças de políticos da Câmara Federal. Não houve uma única menção, nenhum registro à memória de Cristina Tavares.
ResponderExcluirQuando li o discurso por inteiro gostei muito principalmente da parte em que ele fala dos que lutaram pela democracia no País. Mas também achei muito estranho João Lyra não ter citado Cristina, que esteve com Fernando Lyra, Marcos Freire, Arraes e Jarbas em tantas lutas dos anos 70 e 80.
ExcluirMuitas felicidades ao novo Governador de Pernambuco João Lyra Neto e que, apesar do tempo relativamente curto, consiga fazer um excelente governo, é o que todos torcemos e esperamos. Governador, que os municípios pernambucanos, sejam todos tratados igualitariamente, e que os recursos agora escassos, sejam prioritários para os que mais precisam, sabendo-se de antemão que todos têm suas maiores necessidades. Contudo, como em épocas passadas, não sejam só beneficiados aqueles que tenham mais afinidades politicos-partidárias. Garanhuns, após um hiato relativamente grande, conta com Vossa Excelencia Governador, e que também saberá retribuir e agradecer, porque Garanhuns não falta aos seus amigos. Não tenho autoridade nenhuma para falar pelos garanhuenses e aí quem pode falar é nosso grande Prefeito Izaías Régis, porém com a força do nosso Prefeito, e sua extrema vontade de trabalhar por Garanhuns, indo atrás de recursos onde estiverem, o Senhor Governador, ajudará nosso município, para começar e concluir obras importantes para nossa cidade.
ResponderExcluirA filha e deputada Raquel Lyra, foi eleita deputada estadual com quarenta e nove mil e poucos votos. Por ser o pai, o Governador do estado, fica legalmente impedida de concorrer ao cargo de deputada federal, poderá então, concorrer a reeleição. Será, sem sombras de dúvidas, a deputada estadual mais votada do pelito e, fatalmente, ultrapassará a casa dos cem mil votos. A caneta e o diário oficial atraiu e a tornou, de repente, simpática a vários prefeitos, e ainda virão outros. São Bento do Una, a prefeita do PSB, deixou Marcantonio, assumiu Aluisio Lessa, e o deixou, exatamente, por Raquel Lyra, assim também procedeu o prefeito João Mendonça de Belo Jardim, deixa Guilherme Uchoa e assume Raquel Lyra, também já aderiu o Prefeito de São Caetano e daí por diante. Na segunda a revoada será maior.
ResponderExcluirCaruaru esta com a bola toda agora. Vamos observar os avanços que recebera somente nesses 9 meses de governo. sem contar as novas indústrias, e mais 100 ha, de um novo distrito industrial, recém adquiridos. e a nova cidade que será construida nas proximidades da instalação do novo complexo de feira da sulanca. Graças a aquisição do terreno de 60ha, comprados pelo nobre governador Eduardo campos.
ResponderExcluirGARANHUNS: Hoje não tem nenhum Deputado.
ResponderExcluirCARUARU : Já teve 6 e hoje tem dois Estaduais Raquel Lyra e Tone Gel e um Federal Woney Queiroz.
GARANHUNS: terra do ex-presidente Lula.
CARUARU: terra do Governador atual, João Lyra Neto.
GARANHUNS: os políticos se auto-destruíram.
CARUARU: os políticos brigam em prol da cidade.
O governador João Lyra seguirá o mesmo caminho do ex-governador Dr. Eduardo Campos. Mesmo o Prefeito ter esculhambado ele em praça pública, ele foi lá e fez as obras para o povo.Eu testemunhei e presenciei.Isto é um fato diferente dos muitos coronéis que perseguem os que votam contra ele.
PAULO CAMELO, COMENTA:
ResponderExcluirA maioria da população de Garanhuns, é oriunda de outra cidade, a qual não vestiram a nossa camisa.
Nos pleitos eleitorais preferem votar nos políticos oriundos de outras cidades, tanto para Deputado, como também para Prefeito.
Cerca de 13 mil pessoas votaram na ex-deputada federal Ana Arraes. Cerca de 3 mil pessoas votaram no ex-deputado federal Maurício Rands. Alguém sabe informar qual o motivo de tanto voto perdido? E se os mesmos concluíram seu mandato?
Na eleição de 2012, para Prefeito, cerca de 23 mil pessoas votaram em Zé da Luz, sem que o mesmo sequer resida em Garanhuns. Pior, é que a eleição foi decidida pela Legião Estrangeira. Vocês querem e esperam o quê de uma cidade como essa? Onde quem manda é a LEGIÃO ESTRANGEIRA, sob o comando do senador Armando Monteiro.
Os ex-prefeitos que perderam os oito anos do governo do ex-presidente Lula, são oriundos de onde? Alguém sabe informar?
Alguém sabe informar quando terminar o mandato do prefeito Izaías Régis, quantos anos são decorridos que Garanhuns elegeu o seu último Prefeito natural da cidade? Foi Amilcar? Foi Luiz Souto Dourado? Foi o burguês do Café, o “Coronel” Figueira? Foi Aluísio Souto Pinto? Será que essa ocorrência está perto de completar 50 anos? Será que em Petrolina e Caruaru, isso acontece?
Nada contra que pessoas de outras cidades administrem nossa cidade, mas está demais. Além do fracasso da Legião Estrangeira, em administrar nossa cidade.
Triste do povo que não gosta de si próprio e da sua cidade. Com a palavra os Palestinos.
Fazer o quê?
Lembrando que o governador João Lyra Neto, se posicionou contra a FAMEG e ainda aparecem tantos elogios.
Este ano, de 2014, temos uma chapa genuinamente Garanhuense, composta pelo senador do PSOl do Amapá, Randolph Rodrigues, para Presidente da República, Paulo Camelo, para Deputado Federal e o professor Jailton Melo, para Deputado Estadual. Vamos vê se a população acorda e deixa a bobice de lado, esquecendo a Legião Estrangeira.
TENHO DITO
Em 2014 haverá novas eleições em todo o Brasil para renovar os quadros de DEPUTADOS ESTADUAIS, FEDERAIS,SENADORES, GOVERNADORES E PRESIDENTE DA REPÚBLICA.
ResponderExcluirOs Candidatos a Governadores e a Presidente tem ensaiado com algumas críticas.Algumas delas feitas de forma totalmente errada e equivocada.
O candidato a Presidente critica os outros colegas, mas em seu estado ele é governador.
Criticam a COPA DO MUNDO no Brasil, mas em seus Estados não fizeram questão de receber os Estádios para a realização do evento. Pernambuco, Eduardo Campos. São Paulo Geraldo Alckmin, Minas Gerais Aécio Neves, em Manaus, Artur Virgilio, em Brasília AGnelo Queiroz, etc.
Criticam por que a economia vai mal. Mas não se lembram que os seus 43 deputados do PSDB, 15 do PSB e 19 do PR aprovaram a isonomia salarial dos POLÍTICOS DO BRASIL.
Criticam o governador, mas ontem e anteontem estavam no mesmo palanque dizendo que o netinho de Dr. Migué era o santinho e o bonzinho.
Criticam o governo Estadual quando ele mandou dinheiro para os prefeitos deles mesmo fazerem e construírem obras e mais obras. Por isso que as eleições de 2014 será totalmente diferente.