A seca
deverá afetar as vendas de fim de ano do varejo de Garanhuns. O Centro de
Pesquisa (Cepesq) do Instituto Fecomércio realizou pesquisa na cidade e
registrou que para 42,4% dos empresários e gerentes o faturamento deverá ser
menor que no ano passado, um percentual dez pontos acima daqueles que acreditam
em crescimento das vendas. A previsão é de uma retração de cerca 3% em relação
ao fim de 2011, o que significa uma queda real nas vendas, já que a inflação
esperada para o período é de 5,5%.
Mas as
expectativas são muito positivas em relação ao ano de 2013. Mais de 68% esperam
vendas maiores que em 2012, contra 20,7% que contam com faturamento igual e
pouco mais de 10% que admitem diminuição. “A estimativa é de um crescimento de
19,3% nas vendas no próximo ano, que mesmo descontado da inflação anual
significará um bom desempenho”, ressalta Luiz Kehrle, consultor da Fecomércio.
Todavia
não há duvidas quanto a que a estiagem trouxe conseqüências negativas para o
varejo durante o ano em curso. Para quase 70% dos empresários e gerentes
o faturamento este ano foi diminuído fortemente pela seca, enquanto quase 20%
consideraram-se pouco afetados e somente 11% afirmaram que suas vendas não
foram influenciadas. Segundo metodologia do Cepesq a estimativa de retração
alcançou 35%, um percentual muito alto, mesmo se descontado da inflação de
5,5%.
As
compras do fim de ano, em todas as classes de renda estarão fortemente
centradas em artigos de vestuário e em calçados, tal como estiveram no ano
passado, indicando uma estrutura de preferências bastante estável. Todavia,
deve ser notada uma relativamente forte intenção de compra de eletroeletrônicos
pela classe C e de brinquedos pelas classes A-B, também repetindo um
comportamento já detectado em 2011.
Cartões
de crédito e dinheiro em espécie são as formas de pagamento mais utilizadas por
todas as faixas de renda, deixando pouco espaço para outras formas. Uma
característica da cidade é uma forte presença dos cartões de lojas, utilizados
principalmente pela classe de menor rendimento.
Um
comportamento do consumidor local chama a atenção: mais de 25% deles deverão
realizar compras em outras cidades, especialmente Recife e Caruaru. Note-se que
na classe de maior renda mais de um terço das compras deverão ser efetivadas
fora de Garanhuns. Conquistar esses consumidores deve ser um objetivo a ser permanentemente
perseguido pelo varejo local e é provável que com a futura abertura de um
shopping na cidade o percentual de compras fora da cidade tende a diminuir.
MOBILIDADE - Os problemas de mobilidade urbana deixaram de ser
próprios das metrópoles. Mesmo nas cidades de médio porte esses problemas são
graves e causam sérias dificuldades ao varejo, como mostra recente estudo do
Centro de Pesquisa (Cepesq) do Instituto Fecomércio referente à Caruaru.
O
problema também está presente em Garanhuns. Cerca de dois em cada três
empresários e gerentes varejistas da cidade admitem que a mobilidade urbana
gera dificuldades para os negócios.
Tal como
já registrado na Região Metropolitana do Recife e Caruaru o custo dos
estacionamentos e os engarrafamentos são os principais problemas enfrentados,
mas as dificuldades de carga e descarga, o alto custo do transporte urbano e a
falta de vias exclusivas para o transporte público impõem perdas relevantes ao
varejo e aos serviços.
No caso
de Garanhuns, a maioria dos empresários e gerentes acredita que modificações
impostas à forma de estacionamento no centro da cidade acrescentaram novos
problemas à mobilidade urbana, ao invés de diminuí-los. Para quase 58% as
mudanças foram prejudiciais, contra somente 10% que as consideraram favoráveis
e cerca de um em cada quatro que acham que as medidas não afetaram os negócios.
Em
relação à existência de muitas áreas utilizadas para o estacionamento de motos
a opinião dos empresários e gerentes está dividida. Para mais de 36% não afetam
os negócios, enquanto que para pouco mais de 28% são prejudiciais, um
percentual próximo aos 31% que acreditam que favorecem o varejo ao possibilitar
um transporte eficiente e rápido dos consumidores aos locais de compra. (Da Assessoria da Fecomércio).
É bastante preocupante esse crescimento negativo, a mesmice do nosso comércio, sem qualquer promoção, por mínima que seja, um sorteio de um carro que fosse, ou um outra premiação qualquer, se estão ruins as vendas, criam-se promoções, guardando as devidas proporções,em Recife o Shopping Center Recife, em Boa-Viagem, estará sorteando em 31 de Dezembro um apartamento, no valor de R$700.000,00, já ouvi algumas pessoas falarem que fizeram suas compras em Recife, outras em Maceió, que também tem promoções, Recife tem hoje sete Shoppings, e mais tres irão inaugurar em 2013, não é possível que os homens que dirigem a CDL de Garanhuns, vejam o tempo passar, não criem nada e só se lamentem, isso é muito pequeno, e muita acomodação, imagina quando o Shopping de Garanhuns, começar a funcionar, se é que vai, só aqueles corajosos e destemidos sobreviverão.
ResponderExcluirDr. Edmar,
ResponderExcluirCego mesmo é aquele que não quer ver (sabedoria popular). Estas questões levantadas pela FECOM agora, já foram tratadas varias vezes com o Presidente do CDL de Garanhuns, mostrando a ele a evasão de receitas do comercio de Garanhuns, e a consequência que salta aos olhos, é a evasão também dos impostos para o município, pois já há de muito tempo estamos percebendo que a clientela está migrando para outros centros comerciais, devido a complexidade do transito e a falta de estacionamento no centro em Garanhuns. Tomara que Isaías reveja esta realidade.