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FILMES INESQUECÍVEIS - 49º

ENCURRALADO


Steven Spielberg é um diretor conhecido mundialmente, com um currículo invejável e responsável por alguns dos maiores sucessos da história do cinema. Vencedor do Oscar do Melhor Diretor com A Lista de Schindler, uma obra sobre o Holocausto, conquistou adultos e crianças com aventuras, ficção e dramas tipo O Parque dos Dinossauros, Caçadores da Arca Perdida, ET – O Extraterrestre (comentado nesta série), Inteligência Artificial, A Cor Púrpura e O Terminal.

Quem conhece Spielberg, porém, talvez não conheça  Spielberg. Explico: O primeiro longa do diretor americano, Encurralado, é um filme completamente diferente dos outros que ele fez, sem nenhuma semelhança de estilo com Tubarão, Caçadores, ET, Amistad ou A Lista de Schindler. Difere, inclusive, da maioria das produções de outros diretores, se constituindo verdadeiramente numa criação singular de Steven e de outros cineastas americanos ou de outros países.

Encurralado, um filme feito em poucos dias para a televisão, por um rapaz que em 1971 tinha apenas 26 anos, teve um resultado tão bom que foi lançado também nos cinemas e foi o começo de tudo para que Spielberg virasse um mago por trás da câmeras, produzisse bons filmes e ficasse milionário graças ao seu talento.

Li um pequeno comentário de um cinéfilo em que este afirma Encurralado ter sido inspirado nos filmes de Alfred Hithcock. Deve estar correto, porque este primeiro longa do americano está mais para obra do mestre do suspense de que para Steven Spielberg.

Encurralado, no original Duel (duelo), é um filme que tem praticamente um só ator, um vilão terrível que não mostra a cara, e tudo se passa na estrada, numa perseguição implacável e inexplicável, que mantém o expectador preso à cadeira, em suspense, querendo saber como aquilo tudo vai acabar.

A história começa quando o personagem principal, David Mann, sai da garagem de sua casa e pega a estrada para trabalhar. O ator Dennis Weaver, que vive o papel, está inteiramente convincente, embora seja um ator que não se projetou em Hoolywood como outros que iniciaram nos anos 60 ou 70.

A partir de certo momento, já dirigindo por uma rodovia isolada, com paisagens quase desérticas, David nota um caminhão sombrio atrás dele o tempo todo. Fica meio desconfiado e na primeira oportunidade faz a ultrapassagem.

O caminhão, atrás,  começa a encostar e incomodar. David fica assustado, embora a princípio considere que se trata apenas de um jogo de “gato e rato”,  uma simples brincadeira de mau gosto.

A perseguição, contudo, continua. Insistente, cada vez mais agressiva, convencendo o personagem de vez que o camioneiro quer mesmo é matá-lo. Sem nenhuma razão, por perversão mesmo. A quem acompanha o drama, não há outra conclusão de que se trata de um psicopata.

Mesmo com 90 minutos no filme completo para cinema (a versão para TV foi um pouco menor), Steven inteligentemente usou alguns recursos para evitar que a obra se tornasse monótona ou repetitiva. Há uma parada num posto de gasolina, outra numa lanchonete, uma tentativa frustrada de acionar a polícia por um telefone na estrada, um encontro na rodovia com um casal de velhos e um ônibus escolar (em todos esses intervalos na viagem insólita o pedido de socorro termina por falhar).

Assim, com o suspense crescente, o mistério de quem estaria na cabine do caminhão, os sustos, a aparente falta de saída para a situação de perigo, a trilha sonora que às vezes também lembra filmes de Hithcock, vamos sendo envolvidos até o final. Este nos surpreende, satisfaz, convence.

Encurralado pode não estar entre os maiores filmes da História do Cinema. Certamente existem muitos outros de qualidade superior. Mas é um trabalho importante não só por marcar o início da filmografia de Spielberg, como por deixar claro que não são necessários efeitos especiais mirabolantes ou elencos milionários para se conseguir um bom resultado por trás das câmeras.

Basta o talento do autor, um roteiro enxuto, um ator cumprindo bem sua missão, uma boa história, a trilha sonora na medida certa e teremos um caso como este de Duel. Uma produção “caseira” de orçamento modesto e que supera muitas obras ambiciosas, feitas por aí com muito dinheiro, atores e atrizes consagrados e que se transformaram num enorme fiasco.

2 comentários:

  1. Para quem não lembra, Dennis Weaver foi o Dlegado(Xerife) Macloud, da série OS DETETIVES, de muito sucesso, apresentada na década de 70, pela Rede Tupi.

    Roberto Brito
    Paranatama-PE

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