Em
entrevista ao blog, o empresário, acadêmico e homem público Givaldo Calado
de Freitas defendeu a cultura e o turismo; a educação e o comércio como as
grandes vocações da nossa cidade, sem prejuízo de outras, como a agricultura, a pecuária e o agronegócio.
Segundo Givaldo,
“elas não se esgotam nesses quatro ou cinco nichos. Pelo contrário, estes inspiram
e incentivam outros que a eles se agregam, adensando-os. Nesse sentido, somos
uma cidade plural. No entanto, elas são as maiores vocações da cidade, capazes,
portanto, de reduzirem, se bem orientadas, essa chaga da escassez de emprego e
renda à nossa gente.”
Empresário afirma
que “desde a década de 1950 sabemos desses vieses econômicos de Garanhuns. E quem
assim dizia, Agamenon Magalhães, levou Celso Galvão, então prefeito da cidade,
a assim entender. Quem sabe se, por isso, Celso não tenha partido para dotar
nossa cidade de grandes obras nessa direção como a Praça Dom Moura, o Paço da Cidade,
o Cristo Crucificado, o Cassino de Pernambuco... E aquela que seria a
precursora da nossa Universidade, a Casa do Estudante de Garanhuns.”
Givaldo
Calado de Freitas, todos conhecem, e sabem de seu carinho por Garanhuns,
através de suas iniciativas privadas na cidade, que vêm de longe.
O Matriz
Center, por certo, é uma delas, e, por muitos anos, e ainda hoje, point,
e orgulho de Garanhuns, em seu marco zero, na Avenida Santo Antônio, por ele entregue
à sua gente em 17 de outubro de 1986.
“Bem que
poderia ser chamado de Hino. Hino de Amor a Garanhuns. Hino..., mas vamos chamá-lo
de Matriz. Matriz, em homenagem a nossa Matriz de Santo Antônio”, disse Givaldo
no dia de sua entrega.
O Garanhuns
Palace Hotel, outro orgulho da cidade, é iniciativa privada desse visionário, também
entregue a Garanhuns em 06.07.1990, julgado como o melhor hotel do interior do nordeste
brasileiro.
Inúmeras Unidades
Habitacionais familiares e multifamiliares, como o Residencial Manoel Lacerda,
Residencial Columinho, Alameda Geraldo de Freitas Calado e outras, que apontam para
iniciativas privadas de coragem e crença em Garanhuns. Como ele sempre coloca: “As
iniciativas privadas que realizei na minha cidade, foram para minha cidade.
Amanhã, irei para outro plano, mas minhas iniciativas ficarão em Garanhuns para
sempre. Portanto, fiz para minha cidade. Ela merece!”
Segundo Givaldo,
“naquele tempo, Agamenon saudava Garanhuns como ‘Cidade Universitária e Turística’.
Veja você. Ainda nos anos 1950. E é bom que se diga que Garanhuns só dispunha
de três Colégios - XV de Novembro, Santa Sofia e Diocesano. Nenhuma Faculdade.
Que dirá Universidade. Ademais, naquela época, nosso comércio ainda era incipiente,
e nosso turismo, inexistente.”
O empresário
diz, ainda, que sua luta em defesa desses vieses à economia da cidade “não é obra
de veleidade minha, visto que tenho defendido essa posição há muitos anos, todos
sabem, sendo, portanto, essa minha posição resultado de vontade imperiosa de,
um dia, assistir ao florescer econômico e social da minha cidade, em que tanto
acredito. E esse florescer, já aí com a melhoria da educação, à vista de todos,
sendo Garanhuns, hoje, considerada ‘Cidade Universitária’, resultado da luta persistente
de sua gente, através de décadas.”
“Quando falo
em impacto econômico do turismo na cidade, que atinge nada menos que 52 segmentos
da economia, faço-o de posse de registros do IBGE e, claro, estudando a matéria.
Se, esses impactos parecem incríveis para alguns, quero dizer que são reais.
Basta-nos um simples olhar ao mundo. E neste mundo, claro que nele estamos, sobretudo
através de nossas cidades que sabem ‘vender’ suas belezas e seus encantos. Inclusive,
a nossa. Basta-nos procurar os trabalhadores, os barraqueiros, os taxistas, os
donos de bares, de hotéis, de restaurantes, enfim, e a eles perguntarmos do
impacto do turismo em seus negócios. E, diga-se, esse impacto gera mais
empregos e renda, e também beneficia, fortemente, os cofres públicos das suas esferas
municipais, estaduais e federal. Portanto, todos ganham.
Sou, por
isso, defensor das vocações econômicas da nossa cidade. E digo mais: nada,
hoje, mais importante para Garanhuns e sua gente que a geração de emprego e
renda. E o caminho que aponto é o incentivo e o incremento da cultura e do
turismo; da educação e do comércio. Estes últimos, já em progresso. O primeiro,
com mais colégios e universidades. E o segundo, com a abertura de novas empresas
na cidade, como as ‘Americanas’, o ‘Assaí’, o ‘Hiper’, o ‘Bob’s’, o ‘São Braz’,
o ‘Rei das Coxinhas’, o ‘Sanduba do Careca’, dentre outras. E tantas, ainda, chegando.”
“Vamos,
portanto, avançar em nossas conquistas para sermos a cidade de nossos sonhos, próspera
e feliz, e com sua gente tendo mais orgulho da ‘Cidade Poesia’, da ‘Cidade
Mágica’, da ‘Cidade Encanto’ de Garanhuns”, diz Givaldo.
Que conclui,
dizendo: “Mas, para tal, precisamos oxigenar e rechear mais a nossa agenda
econômica, tecendo nosso ‘Plano de Turismo Criativo’, capaz de pôr fim ao
sazonal de nossas demandas, fazendo crescer o nosso turismo de negócio, de congresso... Enfim, capaz de atrair e
fazer voltar aqueles que vinham à nossa cidade, décadas passadas, por uma série
de razões. Por nossa geografia estratégica, e conexão terrestre, a 224 km do
Recife, a 343 km de João Pessoa, a 180 km de Maceió, a 304 km de Aracaju. Mesmo, sem a BR 423 duplicada, e, ainda,
ausência de voos para nossa cidade.
Não enxergo
outra saída em que se possa alavancar nossa economia, senão através do
exercício de nossas vocações. Aqui, temos duas vedetes imbatíveis: a nossa água
e o nosso clima. Que, creio, os melhores do Brasil. Aqui, temos excelentes hotéis,
pousadas e restaurantes. Aqui, temos 23 pontos turísticos. Aqui, temos tudo que
uma cidade turística precisa para erguer sua economia, e dar impulso à melhoria
da qualidade de vida da nossa gente. Falta-nos, contudo, um olhar. Um olhar
mais curioso e decidido para enfrentar esse gargalo.
E digo mais:
não adianta água, clima, hotéis... E só. Temos que ter atrações que seduzam o
turista. Atrações que mexam com seus cinco sentidos. Que, enfim, lhe empolguem.
Mas, para
que isso ocorra, temos que ir atrás de parcerias públicas privadas. E que o
nosso Conselho Municipal de Turismo esteja regular e antenado, a fim de que conheça
os incentivos à disposição dos municípios turísticos, propiciados pela PRODETUR.
E que, entrementes, se procure melhorar as estruturas dos pontos turísticas existentes
na cidade. É o caso do Cristo Crucificado, da Via Sacra, do Santuário Mãe
Rainha, dentre outros. Sem perder de vista a implantação de equipamentos que
encantam o turista, a exemplo de teleféricos e outros, como acontecem em
cidades como Bonito e Triunfo, com total êxito. E que, ainda, no escopo do
turismo criativo, esteja a presença do ‘Calendário
Turístico da Cidade de Garanhuns’.
Assim, defendo,
e sem embargo de tantas e tantas outras valorosas ideias, o seguinte: Festejos
do “TRÍDUO DE MOMO” com frevo e samba
em trios elétricos nos bairros e nos distritos, e Jazz e Blues na Esplanada
para dezenas de milhares que gostam desse gênero musical, da cidade e de fora
dela - turistas. Público seletivo e consumidor. Gerador, portanto, de emprego e
renda; Festejos do “VIVA DOMINGUINHOS”,
maior. Em dois finais de semana - sextas-feiras e sábados, sem prejuízo dos
dias da semana - domingos às quintas-feiras, com artistas da cidade e da região; Festejos
de “SANTO ANTÔNIO, SÃO JOÃO E SÃO
PEDRO”. Que carecem renascer. E grandes! Modelos Caruaru e Campina Grande,
centrando suas maiores atrações em quatro finais de semanas, e, durante os dias
da semana - domingos às quintas-feiras, com os nossos artistas; Festejos do “FIG” em trinta dias, centrando suas atrações maiores, do Palco
Dominguinhos, em quatro finais de semana - sextas-feiras e sábados. E, durante
os dias da semana - domingos às quintas-feiras, com artistas da cidade. Nos
demais Palcos - Cultura Popular, Instrumental, Som da Rural, Pop, Forró, Artes
Cênicas, Música Erudita e, claro, Mestre Dominguinhos.
Além das oficinas, das peças,
dos filmes e das demais atrações, ao longo do Festival; Festejos do “PRIMAVERA VERÃO”, a ser criado, em
saudação a essas estações do ano, oferecendo aos turistas que gostam de nossa
cidade, dias e noites mais aprazíveis que em suas cidades de origem; Festejos
da “MAGIA DO NATAL” em oito finais de semanas, como já vem ocorrendo, ofertando
civilidade e religiosidade; encanto e poesia, para milhares e milhares que vêm
a nossa cidade, saindo, daqui, felizes e sonhando com outras Magias, tudo por
conta da sua beleza e encanto, e de nossa vocação
receptiva, fruto do nível cultural dos que fazem a ‘Cidade Poesia’; Promoção
do “FUTEBOL NOS GRAMADOS”, além-fronteiras. Sim! No campeonato estadual. Temos
vários motivos para essa defesa. Dentre eles: primeiro - a cidade estar certa
que não pode ficar de fora desse campeonato. Segundo - a cidade estar
consciente que é chegada a hora de preservar seu estádio. Terceiro - cresce,
visivelmente, a qualidade do esporte amador em nossa cidade.
Devemos
pensar também na capacitação da nossa juventude para viabilizar seu ingresso no
mercado de trabalho. Em Garanhuns, são milhares que precisam dessa nossa
iniciativa. E, enquanto ela não chega, estão por aí sem emprego, portanto, sem
renda que possam atender, pelo menos, suas necessidades. Tenho feito um pouco
para combater essa chaga, através de nossos cursos de cabeleireiros. Contudo,
reconhecemos que só com a união da iniciativa privada, induzida pelo poder
público, poderemos mudar essa triste realidade.
Vamos sonhar
juntos! Tudo começa com sonhos. E através de uma franca e clara parceria público-privada,
poderemos chegar lá.
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