Conheci Rafael Brasil quando tínhamos
menos de 20 anos de idade. Ele morava em Olinda, eu no Recife e quase todo
final de semana nos reuníamos para ouvir música e conversar sobre política e outros assuntos menos ásperos.
Era fá de Fagner e Zé Ramalho, os
dois artistas no início de carreira; apresentou-me o talento de Amelinha e outros
grandes nomes da MPB dos anos 70.
Gostava muito também, lembro bem, de
Edberto Gismonti. Um som mais sofisticado.
Rafael era um devorador de livros e
na época em que vivemos na Região Metropolitana do Recife tinha predileção por
livros marxistas.
Não poderia dar outra: cursou
História, na mesma Universidade Católica onde fiz jornalismo, e foi o laureado
de sua turma.
Anos depois deixou a cidade grande e
veio viver uma vida tranquila em Caetés, lecionando na cidade natal, em
Capoeiras, Garanhuns, dando sua contribuição a muitas escolas e fazendo a
cabeça, no bom sentido, de muitos jovens.
Rafael Brasil fez aniversário esta
semana, como sou informado por um artigo do amigo comum Wando Pontes. Como ele
é um ano mais novo do que eu, creio que deve ter completado 61 anos.
Está “novinho em folha”, sempre
pronto para uma discussão política apaixonada, sem pedantismo intelectual
algum, mas com conhecimento dos fatos.
Como escreve Wando em seu artigo, Faé,
como o chamamos carinhosamente, não tem luxos, frescura, pose de homem da “alta
sociedade".
Polêmico, muitas vezes, querido por
muitos, é decididamente um homem de bem. Não é modo de dizer, não é força de
expressão, é do bem de verdade, que eu saiba nunca fez o mal a uma formiga
e fez coisas boas para muitos.
Quero daqui mandar o meu abraço, desejar
felicidade ao meu amigo Faé. Faz tempo que nós dois não conversamos, mas
amigos, independentemente do tempo e da distância, sempre mantêm os laços de
carinho porque são como irmãos.
Parabéns Rafael Brasil, filho do
grande ex-prefeito de Caetés Rafael Brasil Pereira, homem inteligente e cordato
que fez grandes gestões no município e ainda hoje inspira políticos como
Armando Duarte, atualmente à frente dos destinos da Terra da Energia Eólica.
Abaixo transcrevemos o texto de Wando Pontes, que com sua justa
homenagem me inspirou a escrever nesta manhã de sábado:
Conceituar um ser intelectual é algo
muito vasto. Aqui na linguagem de blogueiro, sintetizo como, uma pessoa que usa
seu “intelecto” para estudar, refletir ou especular acerca de ideias, de modo
que, o seu intelecto possua relevância social e coletiva.
Para começar, Rafael Brasil Filho, ou
simplesmente FAÉ como o chamo carinhosamente, é um dos mais capacitados
professores que já conheci e tenho a honra de ter sido seu aluno.
Faé hoje dedica a sua vida a leitura,
pesquisa, produção de textos, entre outas atividades do campo do conhecimento.
De uma família que honra Caetés pela
história política que vem do seu avô Junior e do seu pai Rafael, de saudosa
memória. Eles, os principais líderes políticos e responsáveis pela criação do
município e pelo início da governança que preparou o antigo distrito de
Garanhuns para se tornar a cidade que é hoje.
Lembro-me com orgulho da frase que
fazia jus ao velho Rafael Brasil Pereira, (Criei um município, construí uma
cidade).
Neste mês de outubro, Rafael Filho
está de idade nova, reafirmo em nome dos que fazem este blog, orgulho e honra
de fazer parte do círculo de amizade do aniversariante e, de ter você nobre
amigo, como exemplo de intelectualidade desta terra.
Este filho ilustre só saiu de Caetés
par estudar, depois retornou para viver na sua cidade amada.
Sujeito sem apegos a bens materiais,
sem luxo, sem preconceitos e sem modismos.
O professor aposentado leva a vida a
exercitar o intelecto e, quando visitado por algum ex-aluno, professor,
admirador ou postulante a futura intelectualidade, o coroa se transforma num
entusiasta a causa e uma fonte fecunda a disposição dos que desejam beber da
sabedoria em que se tornou mestre.
Parabéns meu bom amigo, Rafael Brasil
Filho, ou simplesmente Professor Faé.
0 homem quando ele busca o conhecimento das artes e das letras consegue na vida formar amigos e admiradores.Foi bom ler as homenagens do jornalista Roberto Almeida e Wando Pontes duas figuras exemplares que ao lado do Professor Rafael Brasil foram um triunvirato que tem ajudado e muito a nós ao pensar,ao agir,ao refletir e sonhar.Hoje graças a INTERNET que na época em estudávamos na UNICAP (Universidade Católica de Pernambuco )nos anos 80 tudo era difícil.
ResponderExcluirQue vontade eu tinha de ler jornais todos os dias e revistas VEJA ,mas não podia e nem tinha condições financeiras.Hoje com apenas uma celular,um notebook,um computador podemos ler as notícias dos melhores jornais do Brasil:Diário de Pernambuco,Jornal do Commercio, Folha de Pernambuco e de São Paulo,Estão,blogueiros em geral,enfim,vivemos a era da cibernética e das telecomunicações com novas tecnologias avançadas.Até o meu neto com 5 anos está navegando e conhecendo o computador quando eu somente em 1994 pude comprar um computador e conectá-lo na INTERNET. Parabéns,Professor Rafael Brasil!