Por Altamir Pinheiro
Há três
anos, parecia que a carreira espetacular da atriz estava perdendo fôlego. De
repente, ela estava de volta no topo. A PEOPLE WITH MONEY noticiou na
segunda-feira (18 de fevereiro), que Bisset é a atriz mais bem paga no mundo,
faturando surpreendentes $96 milhões entre janeiro de 2018 e janeiro de 2019,
quase $60 milhões de vantagem à frente da sua competidora mais próxima. A atriz
britânica tem um patrimônio líquido estimado em $275 milhões. Ela deve a sua
fortuna a investimentos inteligentes em ações, propriedades imobiliárias
substanciais, acordos lucrativos de patrocínio com os cosméticos CoverGirl.
Bisset também é proprietária de vários restaurantes (a rede “Jacqueline
Gordona”) em Londres, um time de futebol (os “Anjos de Weybridge”); lançou sua
própria marca de vodca (“Pure Wonderbisset - UK”), e está entrando no mercado
jovem com um perfume líder em vendas (“De Jacqueline com Amor”) e uma marca de
roupas chamada “Sedução by Jacqueline Bisset”.
Conforme
nos conta a ardorosa fã de Jacque Bisset, Ana Cristina Marques, apesar de nunca
ter casado, Bisset teve quatro companheiros de longa data e é mãe de dois
filhos. Mas esta é também a mulher que, ainda como adolescente, se viu
“obrigada” a ser modelo para sustentar a família (a mãe francesa, diagnosticada
com esclerose múltipla, foi abandonada pelo pai inglês). Apesar disto, sempre
foi insegura quanto à aparência, mesmo sendo, em tempos, um sex symbol. Hoje,
prestes a completar 75 anos, no seu aniversário de 70 anos de idade ela
afirmou ao GUARDIAN que, “As mulheres mais velhas continuam a querer ter
sexo, mas os homens não querem dormir com elas”...
Depois de
tantos anos a ser cobiçada pela imagem feminina. Apesar de, nas décadas de 1960
e 1970, ter contracenado ao lado de atores como Steve McQueen, Frank Sinatra,
Christopher Plummer e Marcello Mastroianni, foram as cenas subaquáticas
protagonizadas no filme O Fundo do Mar, de Peter Yates (1977), que levaram o
nome Bisset à ribalta. Bela fotografia e uma boa trama sustentada pelo
carisma e beleza de Jacqueline Bisset e a atuação sempre forte de Nick
Nolte. Com 50 anos no batente — a mais recente participação enquanto atriz
remete para o filme BEM-VINDO A NOVA IORQUE, de Abel Ferrara, onde dá vida à
esposa de um executivo viciado em sexo, interpretado pelo francês Gérard
Depardieu. A história tem um fundo de verdade e inspira-se no mediático caso de
Dominique Strauss-Kahn.
Na sua
vasta biografia a sedutora tem uma frase emblemática quando afirma que,
“Comportamento animal ainda domina homens e mulheres”. Não é à toa que,
vestindo camiseta branca molhada em O FUNDO DO MAR (1977) ou transando no
banheiro de avião em RICAS E FAMOSAS (1981), Jacqueline Bisset enlouqueceu os
homens no esplendor da sua beleza e juventude. “Naquela época nem tinha total
consciência do meu poder de sedução’’, conta à Status a atriz inglesa, que se
mantém bonita e esguia aos 75 anos. Por receber poucos convites para filmar
(“com a idade, acham que virei uma mulher tediosa’’), Bisset agarrou a chance
de viver a esposa do banqueiro viciado em sexo (Gérard Depardieu) de
Bem-Vindo a Nova York.
Entres os
diretores com quem trabalhou, estão mestres como François Truffaut, John
Huston, George Cukor, Roman Polanski, e mais recentemente Abel Ferrara e
Stephen Poliakoff. Foi este último que lhe deu o papel com quem ganharia o
Globo de Ouro 2014 de melhor atriz coadjuvante, na série DANCING ON THE EDGE.
Na ocasião, ela fez um dos discursos de agradecimento mais antológicos da
premiação tentando explicar o que de fato sentiu ao receber o
troféu 47 anos depois de ter levado o prêmio de revelação e, no período, ter
sido cinco vezes indicada.
Em uma
entrevista dada a imprensa brasileira, Jacque Bisset afirmou que em seus
primeiros trabalhos, década de 1960, ela foi constantemente escalada para
papéis que valorizavam seus dotes físicos. Em 1977, seu STATUS DE SEX
SYMBOL chegou ao auge com o filme “O Fundo do Mar” famoso pelas cenas
subaquática protagonizada por uma Bisset trajando apenas camiseta
molhada e parte debaixo do biquíni. Além de boa bilheteria, o filme rendeu ao
produtor uma frase que se tornou clássica nos bastidores do cinema: “Aquela
camiseta me fez um homem rico”. Na ocasião disse a atriz: “Fui completamente
enganada ou explorada, não durante a rodagem, mas pelo estúdio. Eles não tinham
o direito de usar fotos minhas sob a água para promover o filme. Não estava no
contrato”.
Há cinco
anos mais precisamente em 2014, um dos rostos mais lindos do cinema de
todos os tempos esteve no Brasil para participar do 6º Festival do Cinema em
Paulínia e deu uma canja para o Programa de Jô Soares: Assista-a:
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