"REPETENTE" - O ESFORÇO POR UMA VIDA HONESTA


A Netflix tem muitos títulos à disposição e sempre apresenta aos assinantes do streaming filmes e séries sobre crimes, deixando escondidos, muitas vezes ótimos trabalhos cinematográficos.

Assim, quem quer ver coisa boa precisa "garimpar", procurar dicas de cinéfilos e críticos de cinema.

Meio por acaso encontrei "Repetente", um título que não diz muito, uma história que se passou na Índia e foi levada à tela grande por artistas daquele país.

Claro, filmes baseados em histórias reais sempre dramatizam um pouco para se tornar mais atrativos.

Mas "Repetente" é um bom filme, acima da média do padrão indiano. 

Em Bollywood, indústria de cinema do país oriental, produzem longas ao montes, alguns bem fracos,  uns poucos bons. É o caso deste.

"Repetente" pode não ter a qualidade técnica do cinema americano ou europeu.

Porém é um filme decente, bem intencionado e que cumpre bem a missão a que se propõe.

O tema em primeiro plano é a honestidade, o desejo de combater à corrupção, tão presente na Índia quanto no Brasil.

Vale a pena ser honesto? Mas que a novela, esse filme indiano pode te fazer refletir sobre a questão.

Luiz Adriano Borges, no site Milenium, informa que “Repetente” está bem cotado no Internet Movie Database (IMDB),  com uma nota 8,9 no site dedicado à sétima arte.

O personagem principal do longa é Manoj Kumar Sharma,  um garoto muito pobre de uma pequena vila no interior da Índia, cujo pai tem problemas com as autoridades locais devido à sua não aceitação dos mecanismos de corrupção local.

Por isso, seguindo o exemplo do seu pai, ele busca ser honesto, mesmo que isso lhe dê piores notas na escola. 

O sistema escolar da região é profundamente marcado pela desonestidade com os alunos encorajados a colar para tirarem boas notas. Mas Manoj não se submete, reprova o 12º ano e o refaz, tirando somente notas bem próximas da média.

"Ainda assim, ele coloca na cabeça que será alguém importante no futuro e estuda para conseguir chegar à Inspetor Geral da Polícia, um cargo concursado que possibilitaria não só uma boa estabilidade, mas que também lhe permitiria lutar contra a corrupção", continua Luiz Adriano.

É um sonho muito distante, o concurso é puxado, com diversas fases, mas Manoj com forte disciplina está disposto a alcançar. 

Ainda que tenha dificuldades, advindo de sua pobreza, sua necessidade de trabalhar ao mesmo tempo em que tem que estudar, sua formação insuficiente, o jovem consegue retirar forças para alcançar seu objetivo. 

"É um filme muito bonito e emocionante. Recomendo fortemente. Os temas da honestidade e corrupção, o valor da educação e do esforço, além da amizade e paternidade circundam todo o filme e nos faz refletir", escreve ainda o articulista do Milenium. 

Um comentário:

  1. Assisti a esse filme há uns três anos. Fosse um filme feito na Europa ou naquele país que se julga o juiz do mundo, teria ganhado m Oscar. Certamente. Vale a pena assistir a ele.

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