FERNANDO DE NORONHA: O PARAÍSO PERNAMBUCANO QUE JÁ FOI PRESÍDIO


Quem desce de avião em Fernando de Noronha, arquipélago pernambucano, tem uma das visões mais lindas de se ver no mundo.

É um lugar paradisíaco, formado por 21 ilhas, ilhotas e rochedos.

Fica a 350 km do Rio Grande do Norte e a 545 km de Pernambuco. 

Foi anexada a Pernambuco em 1700, mas tomada pelo Governo Federal em 1942, quando ainda vigorava o Estado Novo, à frente Getúlio Vargas como ditador.

A Constituição de 1988 devolveu-a aos pernambucanos, contra a vontade do presidente José Sarney.

Arraes, que era o governador na época, lutou pela retomada de Noronha, com apoio de deputados à esquerda e à direita, como Cristina Tavares e Nilson Gibson.

Foi o segundo, direitista, que apresentou a emenda que garantiu a volta de Fernando de Noronha ao domínio pernambucano.

Durante a ditadura militar de 1964, o arquipélago foi transformado em prisão.

E quando Miguel Arraes foi preso, pelos militares, foi levado para Noronha, onde ficou detido durante meses.

Quando o conjunto de ilhas foi retomada pelo Estado, Arraes voltou lá como governador.

Levou uma comitiva na época. Fez questão inclusive da presença do seu carcereiro quando ficou preso na ilha.

O militar Carlos Roberto Peixoto então tornou-se amigo de Arraes, a quem, na década de 60, considerava comunista.

O IBGE em sua última estimativa, em 2024, informou que Fernando de Noronha tem em torno de 3.316 moradores.

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