A DIGNIDADE DO GOVERNADOR MIGUEL ARRAES DE ALENCAR


Quando do golpe militar, no dia 1º de abril de 1964, o Palácio das Princesas foi cercado por tropas do exército.
Miguel Arraes, que era governador de Pernambuco, se recusou a renunciar, a capitular diante das exigências dos generais.
Preferiu resistir as forças golpistas, enfrentar a prisão, mas manter a sua dignidade. Essa era uma palavra chave no ideal do político de esquerda.
Arraes escreveu um bilhete para Ana Lúcia, sua filha mais velha:
"Minha filha, você sabe que seu pai não possui bens que possam ficar para vocês. Mas quero que você diga aos seus irmãos que a única herança que deixo para todos é a dignidade".
Não tinha bens. Mas já tinha sido Secretário da Fazenda, deputado estadual por dois mandatos, prefeito do Recife e exercia o cargo de governador.
Pensar que hoje temos na política pessoas que fizeram negociatas com as vacinas da covid e tentaram vender joias do Estado.
A situação piorou ao longo dos anos, piorou muito.

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