ROBERTO CARLOS COMPLETA 84 ANOS E AINDA É CHAMADO DE REI


Roberto Carlos Braga completa neste sábado, 19 de abril, 84 anos de idade.

Natural de Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, se apresentou pela primeira vez em público com apenas 9 anos, na emissora de rádio de sua cidade natal.

Aos 20 anos, já vivendo no Rio de Janeiro, lançou o primeiro disco, com boleros, sambas, bossa nova e o chamado twist, uma variação do rock and roll.

Começou a aparecer de 1963 em diante, com músicas como "Parei na Contramão" e "O Calhambeque".

O estouro veio em 65, com "Quero que vá Tudo pra o Inferno", canção de amor de tom rebelde, que desagradou os setores conservadores da época, principalmente na igreja católica.

A partir daí ficou famoso no Brasil e toda América latina, tornou-se o maior vendedor de discos do país, sendo coroado rei da juventude pelo comunicador Abelardo Barbosa, o Chacrinha.

Ao longo da carreira Roberto produziu dezenas ou mesmo centenas de hits, muitos deles em parceria com o roqueiro Erasmo Carlos.

Em suas músicas o cantor e compositor fala mais de amor, mas também gravou canções defendendo a natureza e os animais, além de escancarar sua religiosidade de homem católico.

O catolicismo foi herança da mãe, a costureira Laura. O pai, Robertino, era espírita.

Caetano Veloso, que foi homenageado numa canção de Roberto, quando estava no exílio, nos anos 70, compôs músicas para o rei, como "Força Estranha", " Como Dois e Dois" e "Muito Romântico".

O genial baiano um dia cravou: "Roberto é a voz do Brasil".

Roberto em canções confessionais (O Divã, Traumas, O Portão, Aquela Casa Simples, Lady Laura) representou bem o sentimento da classe média.

Teve um olhar para o povão em músicas como Caminhoneiro, Taxista e Esse Cara Sou Eu.

Homenageou as mulheres de 40 anos num tempo em que elas já eram consideradas velhas, nesta idade.  E depois saudou as baixinhas, as gordinhas e até as que usam óculos.

Mesmo que nem gosta do artista reconhece qualidades de cantor e intérprete.

Poucos atentaram para momentos de genialidade como compositor.

Sozinho ele criou Como é Grande Meu Amor Por Você, Por Isso Corro Demais,  Amor Sem Limites e Bicho Solto, esta última lançada o ano passado.

Em parceria com Erasmo compôs canções de letras bem elaboradas, caso de O Divã, O Portão, Cavalgada e Nossa Senhora.

Jornalista, pesquisador e professor universitário, Paulo César Araújo foi o primeiro intelectual brasileiro a reconhecer o valor de Roberto Carlos como cantor e compositor.

Escreveu livros sobre o artista, um deles censurado pelo rei, numa atitude burra, alienada. Infelizmente, teve o apoio de compositores mais intelectualizados, como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque.

Apesar de limitações, reconhecidas pelo próprio, Roberto produziu uma obra invejável, tem intuição e talento para a música, chega aos 84 anos ainda fazendo shows, compondo e cantando.

Hoje, dia de índio, é também o dia de Roberto Carlos Braga. Parabéns pra ele.

Um comentário:

  1. Quanto mais leio sobre Roberto Carlos, Rei da Jovem Guarda, da Música, relembro de muitas Emoções vividas com as canções do ROBERTO REI. Emoções em Família, na Igreja, Escola, Namoros, na Vida Profissional. Hoje ainda ROBERTO Carlos é um Espírito de Luz em minha trajetória no Universo. Muito Amor, Zelo, Dedicação. Parabéns Robertão. A gente se vê por aí.

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