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SIVALDO, LULA E AS LIDERANÇAS POLÍTICAS POPULARES


Nem todo prefeito, governador ou mesmo presidente da República é uma liderança popular.

No Brasil só tivemos duas grandes lideranças populares: Getúlio Vargas e Luiz Inácio Lula da Silva.

A diferença entre os dois presidentes são notáveis. Getúlio é de outra época e durante anos governou o Brasil como ditador.

Mas por tomar medidas populares quando foi presidente, saber tocar o coração das massas, se tornou o primeiro grande líder popular do Brasil, tanto que quando se matou, em 1954, gerou uma comoção jamais vista no país.

Lula, ao contrário de Getúlio, não veio das altas classes, tendo a origem humilde que nenhum outro governante teve.

Primeiro foi líder sindical, se elegeu deputado federal e tentou a presidência três vezes, antes de conseguir chegar ao Palácio do Planalto e mostrar que um ex-retirante sem ao menos o ensino médio pode dar lição a muito doutor.

Os diplomados que chegaram à presidência, Sarney, da Academia de Letras, Fernando Henrique, sociólogo e intelectual, Collor, Itamar, Jair Bolsonaro, os generais da ditadura,  nenhum deles teve popularidade igual a de Lula.

Da mesma maneira, em Pernambuco poucos políticos foram realmente grandes líderes populares.

Jarbas Vasconcelos esteve perto disso, mas se desviou pelo meio do caminho. Quando chegou ao governo já era produto de conchavos.

Joaquim, Paulo Câmara, Roberto Magalhães, Marco Maciel... Todos eles tiveram prestígio, mas nenhum foi líder inconteste, amado pela população.

Eduardo Campos foi mais longe de que Jarbas, fazia política como poucos, habilidade herdada pelo filho, o prefeito do Recife.

Mas será que Eduardo chegaria onde chegou se não fosse neto do maior líder popular da história política de Pernambuco, Miguel Arraes?

Esse realmente foi amado pelo povão, pelos moradores da periferia da capital e os que vivem nos grotões do interior.

Arraes morreu em 2005. Em agosto vai completar 20 anos que ele nos deixou. Mas continua vivo na memória de milhões de pernambucanos.

Até os mais jovens sabem que esse realmente foi um mito.

Não foi fabricado pela televisão, pela mídia em geral ou redes sociais da internet.

O governador Miguel Arraes tinha sentimento de povo e trabalhava pelos mais pobres, isso foi evidenciado quando governou o Recife e por três vezes o estado de Pernambuco.

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E em nossa querida Garanhuns, quem foram os líderes populares?

Amílcar da Mota Valença foi um fenômeno. Saiu do distrito de São Pedro, chamado de matuto, para se eleger prefeito a primeira vez derrotando todas as forças políticas da época.

Foi um matuto sábio, que fez duas boas administrações.

Quando tentou voltar pela terceira  vez não conseguiu. Talvez não tenha conseguido manter a autenticidade de liderança popular, perdendo uma eleição para José Inácio, o Zé do Povo, que decepcionou na sua passagem pelo poder.

Ivo Amaral sucedeu Amílcar. Teve muito prestígio como prefeito e deputado, realizou duas grandes administrações, mas também falhou quando tentou se eleger pela terceira vez.

Antes da derrota de Ivo para Silvino, em 1996, o médico Bartolomeu Quidute caiu nas graças do povo, em 92, derrotando os favoritos José Tinoco e Givaldo Calado, que tinham forte rejeição do eleitorado.

Silvino se elegeu duas vezes, a segunda por ter trabalhado bastante, mesmo assim não chegou a ter a popularidade do Amílcar da primeira eleição.

Luiz Carlos de Oliveira conquistou a simpatia do povo de Garanhuns no balcão de uma farmácia.

Se elegeu prefeito duas vezes, sem, no entanto, chegar a ser um líder popular.

Quando terminou o mandato de oito anos estava tão impopular quanto o Zé Inácio da década de 80.

Aí veio Izaías Régis, com o discurso de ser o melhor prefeito da história de Garanhuns.

Talvez até ele mesmo tenha acreditado nesse conto, que foi desmentido pelas urnas em 2020 e mais ainda quatro anos depois.

Chegamos então a Sivaldo Albino.

É compenetrado, introspectivo, se recusa a fazer demagogia e assistencialismo barato.

Mesmo assim se reelegeu o ano passado passando em todos os testes de popularidade. O próprio eleitor ou eleitora o chamou de "papai" e ele aceitou o título, com muito gosto.

No carnaval deste ano, Sivaldo esteve nos bairros e voltou a ser aclamado, como na campanha.

Interessante é que ele é querido pelos idosos, pelas pessoas de meia idade e pelas crianças.

Na pisada que vai, com o filho Cayo Albino deputado, tem tudo para se tornar o grande líder popular de Garanhuns, superando os antecessores.

Sivaldo é um observador. 

Aprendeu muito com Eduardo Campos -  que herdou muito de Arraes -  faz algumas jogadas políticas no estilo político de Marco Maciel, embora seja de outra geração,  tendo aprendido muito também com deputados com quem conviveu.

Sivaldo Albino caminhou um tempo com Raul Jungmann, que foi ministro de Temer, depois esteve com João Campos, quando este se elegeu deputado federal e hoje é muito próximo de Felipe Carreras.

Conta também sua passagem pela Casa Civil do Governo do Estado e Assembleia Legislativa, além dos quatro mandatos de vereador, é claro.

Nessas instâncias de poder fez a sua pós-graduação em política.

Bom administrador, Sivaldo também sabe fazer política como nenhum outro no município e os resultados que tem obtido provam isso.

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