CONTEXTO

CONTEXTO
Pesquisas Eleitorais

AS DIFERENÇAS ENTRE O PREFEITO SIVALDO ALBINO E O DEPUTADO IZAÍAS RÉGIS


Tanto o atual prefeito de Garanhuns, Sivaldo Albino (PSB), quanto o ex-governante do município, hoje deputado estadual, Izaías Régis (PSDB),  têm origem humilde.

O socialista nasceu em Garanhuns, estudou nos colégios da cidade e não teve infância fácil.

Apesar do seu pai, Severino Albino, ter sido vereador e presidente da Câmara, Sivaldo muito jovem teve de trabalhar.

Funcionário da empresa São Cristóvão, lá foi fiscal e cobrador de ônibus.

Já o tucano nasceu no vizinho município de Terezinha. Veio para Garanhuns na pré-adolescência, também estudou em escolas locais, trabalhou como vendedor até conseguir colocar uma loja de sapatos, ainda hoje em funcionamento.

Sivaldo se elegeu vereador quatro vezes, uma vez deputado estadual, até que chegou à prefeitura, em 2020.

Izaías foi candidato a vereador uma vez, mas não chegou nem perto, teve menos de 100 votos.

Disputou a prefeitura duas vezes sem sucesso, mas em 2012 venceu a primeira e se reelegeu em 2016.

Na Assembleia Legislativa, está no quarto mandato.

O deputado está perto de 70 anos. O prefeito completou 51.

Izaías faz política sem medo de enfrentamentos.  Bate sem dó, baixa o nível, se for preciso, ataca os adversários, como faz atualmente, atingindo não apenas o gestor, mas a família inteira.

Sivaldo é mais contido, pesa as palavras antes de falar, nunca ninguém ouviu dele uma crítica envolvendo a mulher, irmãos ou filhos do adversário.

O histórico de Izaías registra brigas políticas feias. 

Uma delas foi com  Zé da Luz, outra envolveu Sampainho, filho do ex-prefeito de Caetés.

Teve uma campanha em na qual teve um desentendimento sério com Roberval,  da Cohab. Mas os amigos acalmaram os ânimos acirrados.

Em 2004, na eleição em que apoiou Bartolomeu, Izaías dizia nos palanques que Luiz Carlos não acreditava em Nossa Senhora (mostrava até uma retrato da mãe de Jesus), insinuando que o outro era ateu.

Sivaldo em sua vida pública faz a crítica mais no campo político.

No começo da gestão revelou a dívida herdada do antecessor,  na faixa dos  130 milhões. 

Até hoje o socialista lembra que pegou Garanhuns com 22 obras inacabadas. E sempre frisa que vai concluir todas elas.

Em 2020 o redator deste texto recebeu um telefonema de Izaías, então prefeito, "cantando" a vitória de Silvino na eleição, por uma diferença de 20 mil votos.

O prognóstico não se concretizou e Sivaldo venceu a disputa por uma pequena diferença, pouco mais de 1800 votos de vantagem.

No telefonema citado o prefeito da época ainda disse que o socialista seria derrotado porque não sabe agregar, atrair as pessoas para seu lado.

A verdade é que uma das razões da vitória de Albino foi que ele formou uma grande frente de centro esquerda, juntando PSD, PSB, Avante, PC do B, MDB e PT.

Teve mais de 100 candidatos à Câmara ao seu lado e isso fez muita diferença.

Depois de eleito, o prefeito já atraiu para seu grupo político vereadores como Alcindo Correia, Luzia da Saúde, Darliane de Natalício e Professor Márcio.

Alfredo Gois e Coronel Campos, dois nomes importantes na campanha de Zaqueu (terceiro colocado na eleição de 2020) também hoje estão no grupo de Sivaldo.

O próprio Silvino, principal adversário na eleição passada, depois da disputa se afastou de Izaías e hoje é secretário e conselheiro do prefeito.

Já Izaías, para quem Sivaldo não sabe agregar, perdeu não somente vereadores e Silvino Duarte, mas também pessoas que serviram ao seu governo.

É o caso de Hélio Faustino, Geandré Nogueira e Luizinho Roldão. Os três trabalharam na gestão de Izaías e atualmente estão completamente afastados do ex-prefeito.

O deputado, além dos amigos de sempre, que costumam acompanhá-lo quando está na cidade, se reaproximou de Zaqueu, que como vereador apoiou seus oito anos de governo.

Zaqueu atualmente é lotado no gabinete de Izaías e se especula até que poderá ser vice, caso o ex-prefeito dispute a eleição majoritária de 2024.

As diferenças de estilo parecem refletir também no estilo de administrar.

Régis governou Garanhuns durante oito anos. Como gestor, privilegiou totalmente a pavimentação de ruas, deixando em segundo plano áreas como assistência social e educação.

Sivaldo, que está para completar três anos de administração, optou por diversificar as ações: criou escolas de tempo integral, ampliou os serviços de saúde, instalou Casa de Apoio no Recife e tem inovado com a construção de praças nos bairros, além de centros esportivos e creches.

No próximo ano, quando a eleição chegar, se os dois disputarem o mesmo cargo vamos ter um verdadeiro clássico: de um lado o arroubo o vozeirão, do outro a moderação e até eu diria a paciência.

Naturalmente devem ser julgados sobretudo pelo trabalho. Um por oito anos, outro por quatro.

Acredito que será fácil para o povo de Garanhuns saber quem faz mais e quem é mais merecedor da cadeira de prefeito.

Um comentário:

  1. PAULO CAMELO: Caro conterrâneo RA, Você tem todo o direito de fazer sua análise política, mas não deve deixar de considerar que Zazá e Sivaldo são exatamente iguais do ponto de vista ideológico, uma vez que os mesmos são de Direita. Acontece que Sivaldo é muito pior do que Zazá, em razão do mesmo ter conseguido aprovar, na Câmara de Vereadores, a Lei 5.112 de Privatização do FIG, cuja aprovação contou com os aplausos do empresário de eventos e dep, federal Felipe Carreras. Quem contribuiu sobremaneira com a vitória de Sivaldo nas Eleições de 2020 foi o vice_prefeito Pedro Veloso, do PT, o qual deu o "verniz de esquerda" que Sivaldo não, além de tê-lo levado para a classe média esclarecida. Some-se a isso a campanha despolitizante que fizeram contra o candidato Paulo Camelo ao propagandearem a seguinte "pérola": "não votem em Paulo Camelo, porque Sivaldo vai perder e Silvino vai ganhar e Zazá vai mandar". Será que esse prognóstico estava correto? Ok, Moçada!

    ResponderExcluir