Por Roberto Almeida
A eleição para governador de Pernambuco não está definida. Faltando praticamente cinco meses para o pleito, muita coisa ainda pode acontecer.
Há uma tendência favorável a Marília Arraes, mas sua liderança ainda não permite garantia de nada, até porque tudo indica que haverá segundo turno aqui no Estado.
Por que a deputada federal do Solidariedade está na liderança?
Por vários fatores. O sobrenome famoso, que vive na memória dos pernambucanos, ajuda muito. Ela desde que se elegeu vereadora do Recife tem tido uma atuação que chama a atenção. Se alinha as pautas progressistas, demonstra coragem e independência e o povo gosta disso.
Apesar de ter saído do PT, tem muita identificação com Lula, a quem sempre apoiou, mesmo quando o petista estava preso em Curitiba.
Sua candidatura, não começou a ser construída agora, mas em 2018, quando aparecia bem nas pesquisas, mas foi sacrificada pelo partido, atendendo ao desejo do senador Humberto Costa, que não permite que o PT cresça e forme novas lideranças em Pernambuco.
O Partido dos Trabalhadores, leitores e leitoras, com toda força no âmbito nacional, não tem mais que seis prefeitos no Estado. Humberto é um dos responsáveis pelo PT ter virado nanico em Pernambuco.
O senador, que também é psiquiatra e tem formação em jornalismo, parece ter um trauma relacionado à neta de Arraes que só um bom terapeuta é capaz de explicar.
Quando a deputada ainda estava no partido e se falava no nome dela para o senado pela Frente Popular, Humberto disse a um prefeito do PSB, aqui do Agreste Meridional, que Marília não poderia ser candidata à Câmara Alta. "Ela é nossa adversária", afirmou.
Não era. Era do partido dele e tinha (tem) votos, fato que ele parece não querer assimilar. Agora é adversária de fato.
Humberto é um dos culpados pelos problemas do PSB e da Frente Popular.
Se tivesse 1/4 da habilidade de Eduardo Campos, teria evitado que a neta de Arraes deixasse o partido. Ela seria candidata ao senado e ajudaria Danilo Cabral a se eleger.
Quando foram oferecer o senado a Marília já era tarde, a galega tinha cansado de tanta implicância e resolveu ousar: se filiou ao Solidariedade, partido presidido por um pelego, foi importante para que Paulinho da Força mantivesse o apoio a Lula, depois de um momento de turbulência, e está em plena campanha pelo interior (a Região Metropolitana, onde lidera com folga, parece ter ficado para a reta final), recebendo adesões diárias que deixam aturdidos os adversários.
O pré-candidato teoricamente mais forte ao governo, pelo conjunto de forças que o apoiam, é Danilo Cabral.
Mas uma série de fatores tem prejudicado o político de Surubim, que foi um bom secretário estadual e sempre se destacou como deputado federal.
Danilo só é candidato porque Geraldo Júlio, ex-prefeito do Recife, não aceitou o desafio.
Assim, já entrou como uma espécie de "reserva de luxo".
Paulo Câmara, que é um bom governador, não tem seu trabalho reconhecido pela população, conforme mostram as pesquisas.
Socialista é prejudicado pela crise geral do país, pela fadiga do poder do PSB (16 anos que o partido comanda o estado) e por erros que têm sido cometidos por aliados próximos.
Do jeito que está, se a Frente Popular perder as lideranças do PP, PSD e Avante, como está se desenhando, o estrago vai ser grande. E o que está difícil poderá se tornar impossível.
Já se fala, na capital, que Danilo Cabral será cristianizado. O termo se refere à perda de apoios no próprio partido ou de aliados. Palavra entrou no dicionário na década de 50 do século passado, quando Cristiano Machado, candidato a presidente da República pelo PSD, foi abandonado pelas próprias forças que o apoiavam.
Pela pesquisa divulgada hoje do Instituto Opinião, Marília está bem, Raquel perde força e Anderson supera Miguel.
Tudo fácil de explicar. A ex-prefeita de Caruaru "desidratou", após a entrada de outra mulher no páreo, o filho de Fernando Bezerra Coelho só é forte na região do São Francisco e Anderson subiu um pouquinho com ajuda dos bolsonaristas pernambucanos.
Se Bolsonaro conseguir chegar a 20% dos votos em Pernambuco pode fazer com que Anderson tenha chances de disputar a segunda etapa da eleição no Estado.
Isso seria uma tragédia para o PSB. Com o governo nas mãos, maioria dos prefeitos, ser superado por Marília e Anderson Ferreira.
Agora é aguardar. Já dizia Magalhães Pinto: "Política é feito nuvem. Você olha, está de um jeito, quando olha de novo já mudou".
Vamos aguardar. Pra saber se Danilo reage, se a neta de Arraes continua nas graças do povo.
Temos cinco candidatos competitivos, com experiência política, o que possibilitará uma das campanhas mais empolgantes da história de Pernambuco.
O pior governador da história de Pernambuco, Paulo Câmera Lenta, tá deixando o PSB esfacelado e transformado numa pura e simples carcaça. Na verdade, o jegue velho está sendo enterrado com cangalha e tudo.
ResponderExcluirP.S.: - O eleitor pernambucano vai refugar com todo fervor, o desorientado PSB do saudoso Arraes e defenestrar o desonesto PT do Lula.
Uma dúvida, o HOMI DA LEGIÃO ESTRANGEIRA, desistiu da TARA de se eleger foi ? Kkkkkkkkk
ResponderExcluirPAULO CAMELO: Caro RA, Eis algumas observações:
ResponderExcluir1 - Na sociedade burguesa a Marília tem uma qualidade física que vai além de ser neta de Miguel Arraes. Afinal ela é bonita. Que pesa bastante. Caso ela fosse "feiosa" não estaria com todo essa aceitação, mesmo sendo neta de Miguel Arraes.;
2 - Convém lembrar que à primiera "briga" dela foi com seu primo Eduardo Campos;
3 - Miguel Arraes, Eduardo Campos e Marília, são políticos autoritários;
4 - O PT de um modo geral, aqui em Pernambuco, serve de mola auxiliar do PSB. É claro que Humberto é o principal porta-bandeira
E tu e teus DELÍRIOS DA LEGIÃO ESTRANGEIRA???? KKKK, nem invente de se candidatar pra perder viu! Kkkkk
Excluir