João Fênix, natural de Recife, é um cantor já consagrado no Brasil e no exterior.
Alguns veem semelhanças entre ele e Ney Matogrosso. Ele se sente honrado diante da comparação, já tendo dividido palco com o excepcional intérprete da música brasileira.
Particularmente, acho que a maravilhosa voz do João lembra Edson Cordeiro, atualmente vivendo na Alemanha.
Apesar de 20 anos de estrada, dos sete álbuns lançados, o último (Gota de Sangue) em 2021, ele é desconhecido por muita gente, mesmo os que acompanham as novidades da música popular brasileira.
Talvez porque antes era mais fácil. Os artistas lançavam discos, tocavam nas rádios, alguns apareciam na televisão, os jornais e revistas publicavam resenhas e todo mundo tomava conhecimento.
Com a supremacia da internet tudo ficou pulverizado e os álbuns agora são lançados nas plataformas digitais.
Nem sempre é possível ver tudo, em meio a tantos zaps, faces, sites, notícias, e-mails, etc, etc, etc.
Mas o fato é que João Fênix é excelente. Cantor de personalidade, de voz única, com repertório diferenciado.
Tanto faz interpretar músicas de sua autoria, quanto Vinicius de Moraes, Chico Buarque, Roberto Carlos, Ângela Ro Ro ou Zeca Baleiro. Ele deixa sua marca, reinventa canções.
Pernambuco não tem na MPB um time tão forte quanto o da Bahia, talvez nem mesmo comparável ao Ceará de Belchior e Ednardo.
Mas é bom lembrar que temos o Alceu Valença, Lenine, Geraldo Azevedo, Luiz Gonzaga, Chico Science e esse andrógino e maravilhoso João Fênix.
Nosso time também é muito bom.
Assista o vídeo com a interpretação diferenciada do pernambucano da música "Cálice", o clássico de de autoria de Chico Buarque e Gilberto Gil:
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