Por Cristina Moraes
Por minha linda Garanhuns já passaram muitas primeiras damas e na grande
maioria eu não as conheci, mas a história nos mostra as suas ações, enquanto
primeiras damas.
A exemplo de dona Silvia Galvão, esposa do ex-prefeito, Celso Galvão,
que era benemérita e também uma grande artista na linda arte de tocar piano.
E tantas outras mais que a sucederam e deram o seu contributo para
Garanhuns, sendo as nossas representantes, enquanto primeiras damas.
E nesta grande galeria de mulheres de ex-prefeitos, há algumas que eu
tive a honra de conhecer e acompanhar as suas posturas.
E cada uma com o seu perfil e características diferenciadas, assim
como somos todos nós seres humanos, ninguém é igual a ninguém.
Somos o que somos e não é porque se está na condição de status de ser a
mulher de um político que mudará a sua personalidade.
Não adianta querer ver numa pessoa aquilo que outra pessoa foi, estando
na mesma condição, é preciso entender que a singularidade é que nos diferencia
uns dos outros.
Eu particularmente tive a satisfação de conhecer de perto algumas das
primeiras damas durante a minha vida profissional na prefeitura de Garanhuns.
Entre estas mulheres maravilhosas que caminham lado a lado com os seus
maridos e fizerem muito a diferença nas gestões de seus esposos políticos.
Entre estas mulheres maravilhosas, na minha memória de filha legítima de
Garanhuns, não posso esquecer de dona Edgenalva Santana do Amaral.
Uma primeira dama icônica, assim como o seu marido, senhor Ivo Tinô do
Amaral, ela fazia questão de ficar só nos bastidores e seus trabalhos sociais
eram realizados com amor e desvelo.
Além de suas atitudes humanitárias tinha os olhos bem abertos para os
problemas da minha linda Garanhuns, era uma amiga dos servidores municipais.
E uma característica que não esqueço e ainda é uma mulher digna e
elegante não apenas nas vestimentas, mas nas suas atitudes sempre éticas e
humanas.
Depois tivemos a primeira dama, Ana Maria Vilanova, esposa do meu
querido professor José Inácio Rodrigues, depois houve um hiato, quando fui
morar em Petrolina.
Onde passaram: Dr. Bartolomeu Quidute e sua maravilhosa Rosa Quidute e
Dr. Silvino Duarte e sua Aurora Cristina, de saudosa memória, as quais não
convivi, mas sabemos das suas qualidades e andaram lado a lado com o seus
maridos e na gestão, deixaram seus legados.
No meu retorno, o prefeito era Luiz Carlos de Oliveira e sua Geni, uma
primeira dama contida e muito educada.
E por último Izaias Regis Neto e sua Socorro Regis, uma primeira dama
diferenciada, que fazia dos canteiros das praças, a extensão da sua casa,
cuidava de cada espaço público com amor e muito desvelo.
Ela mesma fazia questão de estar todos os dias nas ruas,
observando as necessidades de cada praça, onde tinha uma plantinha, lá estava
ela, de cócoras mesmo, cuidando, zelando.
E ainda fazia questão de ela mesma interagir com os profissionais da
jardinagem e ali impunhava o seu amor a Garanhuns e as nossas plantas.
Onde muitas das plantas que tínhamos nos canteiros, era ela que indicava
e pedia para serem plantadas.
O cuidado no plantio e replantio, as podas, a aguação das plantações
eram diárias e tínhamos jardins lindos, com uma grande variedade de flores e
plantas, fazendo valer o lindo título de “Garanhuns, cidade das Flores”.
E no nosso cartão postal o lindo Relógio de flores, víamos esse trabalho
maravilhoso, onde os ponteiros eram todos de flores mesmo, uma imagem linda
de se ver.
Garanhuns não quer imitação de primeira dama, até porque cuidar de
plantas não faz parte das atribuições de uma primeira dama.
Mas aí é que está, é preciso muito amor e desprendimento à Garanhuns,
para a mulher na condição tão perseguida de primeira dama, se despir de suas
vaidades e do status que o cargo oferece.
A forma comportamental das nossas primeiras damas é um importante viés
de convivência entre a população e a gestão.
E a nossa atual primeira dama, Lívia Braga, à luz do novo governo, está
no florecer de um legado a ser construído e certamente, estamos somente no
sétimo mês da gestão atual.
Com uma larga temporalidade para que a nossa primeira dama possa
demonstrar também as suas habilidades junto à população de forma concreta
também em demarcar o seu território nos meandros da aglutinação do servir a
minha linda Garanhuns.
Garanhuns, viver e preservar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário