Neste sábado, dia 10, começou
na grande imprensa a badalação em torno dos 80 anos do cantor e compositor
Roberto Carlos
O artista, natural de
Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, comemora oito décadas de vida no
próximo dia 19, também celebrado como o Dia do Índio.
Muitos intelectuais e parte
da crítica especializada sempre torceram o nariz para Roberto Carlos, coroado
na década de 60 como o “Rei da Juventude Brasileira”, mas também há os que
reconhecem o valor do artista.
RC é comumente acusado de ser
alienado, já foi muito cobrado por não se engajar politicamente ou por ter sido
omisso no período da ditadura militar.
Os críticos também o chamam
de meloso e repetitivo e se aborrecem por falar de amor na maioria de suas
canções.
Mesmo velho, porém, o cantor
mantém a majestade e ainda hoje tem milhões de fãs no Brasil e em outros
países, especialmente na América Latina. Houve um tempo que era adorado em
Cuba, a ilha comunista.
Na Itália fez nome,
especialmente quando venceu o então prestigiado Festival de San Remo, em 1968.
Roberto Carlos já vendeu mais
de 140 milhões de discos, uma marca não superada por nenhum outro nome do show biz
nacional.
Junto com o parceiro Erasmo
Carlos ou sozinho já compôs em torno de 700 canções, algumas memoráveis, como
Detalhes, A Distância, O Portão, As Baleias, Fera Ferida, Quero Que Vá tudo pra
o Inferno, Lady Laura, Meu Querido/Meu Velho/Meu Amigo, Amada Amante, Sua Estupidez,
Quando, As Curvas da Estrada de Santos, Cavalgada, Amor Sem Limites, Jesus Cristo e Paz na Terra.
No Portal UOL/Folha de São
Paulo saiu hoje cedo um artigo assinado pelo violinista, professor e crítico
musical Sidney Molina.
É uma análise bastante
interessante, simpática à obra do Rei, que argumenta, a partir do título que o
sucesso ou o brilho, impediram uma “análise crítica” sobre o trabalho de
Roberto.
O professor registra que a
fase áurea do cantor foi dos 27 aos 40 anos, destacando que as canções do ícone
da música nacional são simples, com versos curtos e diretos.
Músicas como Amanda Amante,
Detalhes, Olha e a “cinematográfica O Portão”, são consideradas primorosas pelo
violinista.
A Revista Caras em parceria
com o UOL lançou uma edição especial dedicada aos 80 anos de Roberto Carlos.
Tem mais fotos de que textos,
fazendo uma retrospectiva da carreira do Rei desde a época da Jovem Guarda até
os dias atuais.
Até o próximo dia 19 ainda
vamos ter muita badalação. A Globo certamente vai dedicar generosos espaços ao
cantor e compositor.
Na verdade, ele merece todas
as homenagens. Roberto foi durante décadas a verdadeira “voz do Brasil”, como
disse um dia Caetano Veloso, que compôs “Como Dois e Dois”, uma música refletindo
o período da ditadura, gravada por RC.
Chico Buarque, que o Roberto já
reconheceu ser o maior compositor do Brasil, não esnoba o autor de Todos Estão
Surdos. “Ele é o rei”, concordou, num depoimento para um documentário produzido
sobre o artista mais famoso do país.
Não é possível que Chico,
Caetano, Zeca Baleiro, Lulu Santos, Maria Bethânia, Adriana Calcanhoto, Nando
Reis e tantos outros artistas que celebraram a obra de Roberto Carlos, assim
como os brasileiros que compraram ao longo do tempo mais de 140 milhões de
discos do artista, estejam todos errados.
Roberto foi mesmo durante
décadas a voz que representou o Brasil como ninguém, expressou os sentimentos das
pessoas simples, da classe média, de burgueses ou pobres românticos e por isso
chega aos 80 anos conservando a coroa que um dia lhe foi dada pelo comunicador
Chacrinha.
Parabéns pra ele. Até o dia 19 ainda vamos ver muitas histórias e emoções.
*Foto reproduzida do Portal UOL.
Esse é o cara,parabéns robertao e obrigado por nos ter proporcionado tantas emoções durante todo esse tempo,vida longa ao Rei e as bençaos de Deus sobre sua vida hoje e sempre...
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