Circula por toda cidade um
áudio do prefeito Izaías Régis informando que nos próximos dias será permitida
a abertura das igrejas em Garanhuns, tanto católica quanto evangélicas. Gestor
informa, que os templos irão atender os fiéis com 30% de sua capacidade e com
os devidos cuidados recomendados pelas autoridades na área da saúde.
O que mais chama a atenção,
no entanto, e que leva os internautas a fazer críticas, é a parte em que o
prefeito diz que tomou a medida atendendo a um pedido do presidente da Câmara,
vereador Daniel da Silva.
Izaías alega que atendeu a
solicitação do parlamentar por ele fazer parte de sua equipe. Segundo a
Constituição brasileira, existem três poderes - o Executivo, o Legislativo e o
Judiciário - e eles são independentes entre si.
Ao considerar que o
presidente da Câmara fez parte de sua equipe, o prefeito na prática
desconsidera que ele foi eleito pelo voto popular, igualando-o a um secretário,
este sim subordinado ao chefe do Poder Executivo.
Além das críticas por parte
da população, na Câmara pelos menos dois vereadores não gostaram de como Izaías
se referiu ao presidente do Legislativo: Gil PM e Betânia da Ação Social
consideraram que o gestor foi desrespeitoso com os que fazem a Casa Raimundo de
Moraes, ao reduzir Daniel a um empregado seu.
Gil e Betânia votaram em Daniel para a presidência, mas com esse episódio confessaram estar arrependidos, por conta da excessiva submissão do dirigente do Legislativo ao chefe do Poder Executivo.
PAULO CAMELO: Do ponto de vista da política conservadora, não há estranheza nessa ocorrência, uma vez que 99% dos Prefeitos, interferem na escolha do Presidente da Câmara de Vereadores, para aprovarem os seus desmandos, a exemplo da recente Doação de Terreno para o SESC. Na sociedade burguesa isso aí é uma atividade normal. Hoje, há vereadores na oposição, mas que outrora eram aliados ou vice-versa. Existem também as benesses com cargos, indicações, etc. Isso faz parte jogo da sociedade burguesa. Cabe a população eleger um Prefeito que não queira interferir na escolha do Presidente da Câmara de Vereadores. Supõe-se que o Prefeito que agir dessa maneira não vai precisar da Câmara para aprovar algum remédio amargo e nem receitar cloroquina (rsrsrs) para a população enferma pelo coronavírus.
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