Por Cláudio Gonçalves*
O Rio de janeiro foi à cidade escolhida no idos do século XX para a lua de mel do casal sírio-libanês Tomé Simão Zaidan e Emília Kury Zaidan. Aqueles recém-casados que comemoravam a recente união matrimonial e que começavam a escreverem as primeiras páginas de suas vidas. Desembarcaram no Brasil trazendo em suas bagagens não apenas vestuários, mas cultura, costumes, sonhos e perspectivas, que fariam mudar o roteiro daquela história ao tomarem a decisão de permanecerem nas terras brasileiras, passando a escreverem nas páginas que ainda estavam em branco, uma nova história, com tinteiros com as cores verde, amarelo, azul e branco. Tempos depois sabendo da existência de uma colônia libanesa no Maranhão o casal seguiu para aquele Estado, caminho depois seguindo pelos seus irmãos.
O Rio de janeiro foi à cidade escolhida no idos do século XX para a lua de mel do casal sírio-libanês Tomé Simão Zaidan e Emília Kury Zaidan. Aqueles recém-casados que comemoravam a recente união matrimonial e que começavam a escreverem as primeiras páginas de suas vidas. Desembarcaram no Brasil trazendo em suas bagagens não apenas vestuários, mas cultura, costumes, sonhos e perspectivas, que fariam mudar o roteiro daquela história ao tomarem a decisão de permanecerem nas terras brasileiras, passando a escreverem nas páginas que ainda estavam em branco, uma nova história, com tinteiros com as cores verde, amarelo, azul e branco. Tempos depois sabendo da existência de uma colônia libanesa no Maranhão o casal seguiu para aquele Estado, caminho depois seguindo pelos seus irmãos.
A família Zaidan após alguns anos vivendo no Maranhão
decidiu vir para Garanhuns. Chegando a Suíça Pernambucana, o casal Zaidan e sua
prole, entre eles, Michel Zaidan, pai do Professor Doutor Michel Zaidan Filho,
fixaram residência na Avenida Santo Antônio nº 190 e num curto período de tempo
inauguraram na mesma avenida o estabelecimento comercial Zaidan – O Mar das
Meias. Seu filho Michel Zaidan como outros irmãos, se estabeleceu em Garanhuns
como comerciante, sendo proprietário da Loja A Vantajosa. Michel Zaidan casou
com Elizabete Zaidan, filha de Manoel Napoleão de Santana e Aurora Gomes
Santana. O casal Michel e Elizabete tiveram cinco filhos, entre eles Michel
Zaidan Filho, nascido no dia 29 de julho de 1951 á Rua Dom José nº 129 ás
19h15.
O futuro Doutor Michel Zaidan Filho herdou de seu pai o hábito da leitura,
lendo em sua adolescência Sartre, Max e até mesmo tratados de medicina, pois
era a leitura preferida do pai Michel Zaidan. Estudou nos Colégios Diocesano e
Presbiteriano XV de Novembro, foi neste centenário estabelecimento de ensino
que teve a oportunidade de ampliar seu universo literário principalmente no
campo da Filosofia, participando de grêmios estudantis, escrevendo ou os
representando. Decidido em trilhar o caminho da Filosofia, encontrou algumas
resistências na família, chegando o Tio Osvaldo que era promotor a dizer: Ou
vai ser boêmio, provavelmente, ou um filósofo e gênio. Eu não acredito que ele
vai ser um filósofo e gênio, então vai um ser boêmio. Vai partir para boemia
mesmo. Não vai dar em nada isso aí, mas Michelzinho, cognome carinhoso pelo
qual era chamado pelos seus pais, encarou o desafio e seguiu para o Recife em
buscar dos seus ideais e de uma visão de mundo. E assim em 1974 graduou-se em
Filosofia pela Universidade Católica de Pernambuco, em 1982 concluiu o mestrado
em História pela Universidade Estadual de Campinas e doutorado em História
Social pela Universidade de São Paulo em 1986.
Atualmente é professor titular
do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Pernambuco
(professor do departamento de História da Universidade Federal de Pernambuco),
tendo experiência na área de História e Ciências Sociais, com ênfase em Teoria
e Filosofia da História política, atuando nos seguintes temas: teoria da democracia,
comunismo, política, Brasil, Democracia e Política.
Professor, Filosofo, Cientista Político e historiador, autor de 16 livros e
outros publicados em parceira, sendo sua recente obra, “A Honra do Imperador:
Reflexões sobre a História”. Também é marcante a sua participação no
documentário de Clovis Manfrini, Hecatombe: Horas que abalaram Garanhuns. Essas
são apenas algumas das suas proezas na Educação, na literatura e na Política,
sempre combativo na defesa do interesse público. Esse é o Professor Michel Zaidan
Filho, polímata, que na adolescência em uma conversa com uma tia paterna
disse-lhe que queria uma carreira que pudesse falar com as pessoas, e o futuro
lhe reservou que a sua voz, seus pensamentos e teorias fossem ouvidas nos
grêmios estudantis, nos sindicatos, nas entrevistas concedidas, conferências,
palestras, obras publicadas e em diferentes nacionalidades. E hoje o Instituto
Histórico, Geográfico e Cultural tem a honra de fazer parte dessas pessoas que
também irão ouvir esse valoroso garanhuense, que nos orgulha, e é referência
para que possamos compreender as conjunturas, os contextos políticos e ter uma
visão de mundo.
*Cláudio Gonçalves é escritor e professor.
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