Por Michel Zaidan Filho
Acabo de ler, com muito proveito o
texto do pesquisador André Felipe Costa sobre as remotas origens da crise
institucional brasileira. A partir de uma viés histórico-político, o autor
visita a literatura sociológica sobre o tema, e chega a conclusão de que a
formação política (ibérica) do Brasil é responsável pela fragilidade do regime
democrático.
A tese é interessante em razão da
peculiaridade do estado nacional português: patrimonialista e messiânico. A
caracterização de patrimonialista da política portuguesa e, depois, a
brasileira, conduziu a uma peculiar forma de estado republicano e
presidencialista, um estado refém de uma multiplicidade de pequenos partidos
inexpressivos, que compromete a governabilidade de qualquer dirigente. É o
chamado "presidencialismo de coalizão ". Melhor dito, de
cooptação.
A modalidade deste tipo de estado é
incompatível com a representação parlamentar, levando os diversos 'lobbies' a
se sobreporem aos interesses da sociedade.
A grave crise de representação
produziu não só o corporativismo social, mas o fenômeno da judicialização da
política e o controle das decisões políticas pelas cortes superiores. O que era
antes bem visto em vista da inação do parlamento, passou a ser um meio de
interferência indevida na política do país.
Esta situação só fez se agravar com o
surgimento de candidatos a ditador e a plataforma conservadora das igrejas. A
mudança da situação internacional também ajudou muito. Temos hoje no país o
resultado de um enorme equivoco institucional que começou lá atrás.
O mimetismo legal dos costumes
políticos produziu uma teratologia política capaz de intrigar qualquer
estudioso. Mas é necessário ir buscar nas origens a causa desse descalabro
político.
Estava concordando até chegar ao quarto parágrafo, quando começa a falar besteiras sobre a chegada da direita ao poder! KKKKKKK
ResponderExcluirO cara nem mencionou os desastres da experiência socialista/patrimonialista do Brasil! Visto que o Socialismo necessariamente se torna patrimonialista para poder submeter todos os interesses da sociedade aos interesses dos iluminados do partido que tendem a se apossar não apenas do estado mas da vida dos cidadão!!
SOCIALISMO É NA PRÁTICA PATRIMONIALISMO ELEVADO À QUINTA POTÊNCIA!
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