O governador reeleito Paulo Câmara
(PSB) se reuniu, na manhã de ontem (18), com professores, pesquisadores e
reitores para ratificar seu apoio às universidades e todo seu histórico de luta
pela inclusão, democracia e pluralidade. No encontro, realizado em uma
cafeteria do Recife, foi assinado um manifesto democrático que enaltece o
debate de ideias contra a intolerância, o desrespeito, as perseguições e o
discurso do ódio contra essas instituições e que tem se mostrado muito presente
no atual debate eleitoral nacional. O documento também se opõe aos cortes e
congelamentos nos investimentos públicos destinados à educação, o que tem
prejudicado e reduzido o número das bolsas para pesquisa, das cotas de acesso à
universidade, do Fies, do Prouni e do Pronatec, entre outros importantes
investimentos na área. Paulo aproveitou a ocasião para registrar a importância
da eleição de Fernando Haddad (PT) para construção de um país melhor.
“Vencemos a primeira etapa, em
Pernambuco, mas temos um desafio maior de vencer essa segunda etapa no Brasil.
Por isso que estamos nesse esforço concentrado, para reforçar valores que nós
tanto prezamos e que estão sofrendo um grande ataque dessa postulação. Valores
que todos sabem da importância e da luta que foi para consolidá-los no Brasil.
Então, precisamos continuar lutando por Pernambuco e por um Brasil melhor, com
uma grande vitória aqui para o Haddad. Vamos ajudar o Haddad a vencer, com o
Nordeste mais uma vez ajudando o Brasil”, frisou Paulo.
O líder pernambucano ainda clamou a união
de todos no enfrentamento às propostas antidemocráticas que ameaçam aniquilar
conquistas e projetos sociais do povo brasileiro. “A inclusão que nós fizemos,
a diminuição da desigualdade, a busca por permitir o acesso dos mais pobres a
tanta coisa, nos últimos anos, nas últimas décadas, não podem ser esquecidos.
Não podemos andar para trás”, cravou.
Luciana Santos (PCdoB), eleita
vice-governadora de Pernambuco, enfatizou que o momento é de luta e
resistência. “A gente não pode se intimidar! Temos que ir para as ruas, temos
que fazer um debate de ideias. Não nos resta outra atitude que não seja
resistir, denunciar e ir para luta. Fazer o debate de ideias nas redes e
continuar essas iniciativas que estão sendo feitas aqui, como o manifesto, como
as atividades em favor da democracia. É isso que nós temos que fazer, lutar até
o último dia para garantir que o povo possa ser feliz de novo”, disse.
Também presente no debate, o senador
reeleito Humberto Costa (PT) reafirmou seu compromisso em defesa da democracia.
“Eu não poderia deixar de agradecer ao apoio que a Frente Popular teve entre
todos vocês, dentro das universidades. Felizmente aqui em Pernambuco nós
mantivemos a tradição de um Estado que luta pela democracia, pela liberdade e
que elegeu toda a chapa completa da Frente Popular. E precisamos continuar
firmes nesse propósito. Nós estamos fazendo um processo de enfrentamento na
televisão, no rádio, nas redes e tem surtido efeito. Vamos lutar, vamos
continuar, pois governar não vai ser uma tarefa fácil nesse Brasil que estamos
vivendo hoje”, destacou Humberto.
Representando a Associação dos Docentes
da Universidade Federal de Pernambuco (ADUFEPE-PE), o professor Edeson Siqueira
afirmou que o momento não é de omissão, a comunidade acadêmica não pode se calar
diante dessa ameaça de retrocesso. “Onde a universidade chega ela muda a cara
daquela região, tanto do ponto de vista econômico quanto do ponto de vista
social. Ela contribui não apenas para a formação de capital humano qualificado,
para a produção de conhecimento, mas para a mudança social e econômica local. A
comunidade acadêmica e universitária não pode se calar diante de tanta
arbitrariedade que estamos vivendo nesse processo eleitoral. Estamos dispostos
a continuar essa luta em defesa da universidade pública, de qualidade e
gratuita”, salientou. (Da Assessoria de Imprensa do PSB).
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