Do jornalista Ricardo Kotscho:
Dá até
pena de ver tanto dinheiro gasto e tanta bala perdida para acabar com Lula e o
PT.
Nem com todas as instâncias do Judiciário, “com Supremo com
tudo”, com quase toda a mídia, com todas as sacanagens do “mercado”, dos robôs
das redes sociais e agora também dos institutos de pesquisa, não tem jeito.
Com Geraldo Alckmin entalado em um dígito, e Lula e Fernando Haddad subindo a
cada pesquisa, só restou Jair Bolsonaro para a direita golpista enfrentar o PT
no segundo turno, que é neste momento o cenário mais provável.
Tentaram até inventar as candidaturas de Luciano Huck e Joaquim
Barbosa, chegaram a inflar João Doria, botaram na roda o patético Henrique
Meirelles, mas era Geraldo Alckmin o nome governista mais confiável, após a
aquisição da base aliada de Michel Temer alcunhada de Centrão.
De nada adiantou o vexame escandaloso de adiar a divulgação das
novas pesquisas do Ibope e do Datafolha: na mesma terça-feira, que enlouqueceu
o “mercado” com o vazamento dos primeiros números, o braço judiciário do
esquema resolveu fechar o cerco a Geraldo Alckmin, acusado de receber R$ 10
milhões de caixa dois da Odebrecht para campanhas eleitorais.
O Ministério Público de São Paulo pede que Alckmin devolva os valores e a
suspensão dos seus direitos políticos, o que o tiraria da campanha já
agonizante a esta altura.
Por via das dúvidas, os tubarões de todos os setores da economia
chamaram para conversar Jair Bolsonaro, também conhecido por Boçalnaro nas
redes sociais, o candidato da extrema direita que promete “metralhar a
petralhada”.
Líder nas pesquisas sem Lula desde o começo do ano, o ex-capitão
afastado do Exército tornou-se o mais competitivo entre os que fizeram do
anti-petismo uma bandeira eleitoral e uma razão de viver.
Foi o que sobrou depois do furacão da Lava Jato, que detonou o
sistema político-partidário e a economia, para tirar Lula da eleição presidencial
de 2018, que poderia vencer já no primeiro turno.
Mas não adiantou nada condenar e prender Lula, já que o
ex-presidente não parava de subir nas pesquisas, pois o tucano Geraldo Alckmin
até agora não conseguiu sair do lugar e também virou alvo da Lava Jato.
As baterias então se voltaram contra Fernando Haddad, o
substituto de Lula na cabeça de chapa do PT, com o MP desencavando uma velha
delação, mas o ex-prefeito também começou a subir nas pesquisas, mesmo antes de
ser formalizado como candidato.
Devem ter ficado ainda mais preocupados depois de ver a firmeza
de Haddad na defesa de Lula e do partido na propaganda eleitoral e, logo em
seguida, numa entrevista ao Jornal da Record News, de Heródoto Barbeiro, em que
ele contestou com toda veemência as acusações e críticas que se fazem a ele e
ao PT.
Também foi a primeira vez nesta campanha eleitoraql que deixaram
o herdeiro do baú de votos de Lula aparecer na televisão aberta, e já podem
fazer as contas do que vai acontecer quando Haddad for oficializado como
candidato do PT nos próximos dias.
Sai a chapa Lula-Haddad, entra a chapa Haddad-Manu, e o cenário
não muda.
No desespero, serve qualquer um, e daqui a pouco vão apresentar
Jair Bolsonaro como um grande estadista, o salvador da pátria dos endinheirados,
com seu Posto Ipiranga a reboque.
Quem prega violência, colhe violência... Foi ISSO que aconteceu hoje com esse Bolsonazista!!
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