Maria
Isladia Felix da Silva, a popular Bezinha, nasceu em Garanhuns, no dia
29/06/1945, porém viveu grande parte da sua vida em São João.
Penúltima de
seis irmãos (2) e irmãs (4), Bezinha ou simplesmente Bé, desafiou muitos
limites. Desde a paralisia que a acompanhou na infância e adolescência até a
cura, em que se seguiu um período de intenso trabalho na tarimba de carne e
armazém do seu avô-pai, Manoel Joaquim.
Foi impossibilitada de estudar chegando
a cursar a antiga “admissão”, não era bem visto moças estudando naquela época.
Casou-se aos 23 anos, em 1968, indo morar em São Paulo, durante 14 anos, até a
morte do marido José Luís da Silva, em 1981.
Com seus dois filhos José Luis
Filho, hoje assessor do reitor Pedro Falcão e Marcia Felix da Silva, atualmente
professora da UFRPE, retornou ao Nordeste, e morou em Caruaru, para depois
de um ano, se fixarem em São João, onde ela atuou como Assistente Social do
antigo programa LBA (Legião Brasileira de Assistência), vereadora e comerciante. Faleceu em 2002, em Garanhuns, devido a um quadro de coma hiperglicemio que paralisou seus órgãos, aos 57 anos.
Este ano
de 2018 a Escola Municipal Emídio Correia de Oliveira, em seu desfile cívico, contará os 60 anos da cidade de São João e dedicará uma referência à
trajetória de Bezinha, como uma das suas primeiras vereadoras, gestão que durou
de 1989 a 1992, sempre pautada no ideal de ajudar os mais carentes, homenagem a
qual seus filhos e amigos são gratos.
Atuando como vereadora, seus pleitos
gravitavam em torno de reivindicações populares, a exemplo da construção de
barragens (como a da Onça) calçamento da travessa Manoel Rodrigues, construção da
casa de farinha comunitária de Taquari etc.
As sessões eram acaloradas por
debates intensos e hilariantes, seus requerimentos, em sua maioria, foram
aprovados por unanimidade e contribuíram muito para o crescimento de São João.
Nas eleições de 1992 tentou a reeleição através de uma legenda alta e, mesmo
com a votação de 504 votos, ela não foi reeleita.
Para o saojoaonense que a
conheceu, seu maior ensinamento foi valorizar a educação, a cultura, a exemplo
de quando aos 38 anos resolveu fazer quinto ano fundamental e levou consigo
cerca de 20 colegas, os “sobral, as sobras do mobral”, muitos concluíram seus
estudos e até cursaram universidade.
Nada mais justo que neste 7 de setembro, a
inesquecível Bezinha, seja homenageada por tantos serviços ao povo de São João.
*Texto de
sua filha Márcia Félix, com o auxílio de Eduardo Oliveira
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