José
Caetano de Melo nasceu no distrito de Papagaio em Pesqueira, em julho de 1872.
Sentou praça na então Força Pública de Pernambuco, hoje Polícia Militar, em
1893 e durante três décadas em que esteve na corporação foi um dos maiores
nomes na luta contra banditismo e o cangaço que assolou o Nordeste no início do
século passado. José Caetano trabalhou em dezenas de cidades de Pernambuco e
até fora do Estado onde travou luta com célebres bandoleiros das caatingas como
o cangaceiro Antônio Silvino, considerado o primeiro rei do cangaço, Sinhô
Pereira, esse chefe de Lampião, e com o próprio Virgulino Ferreira e seu bando,
além de ter feito tombar nas Terras das Sete Colinas um dos envolvidos na
Hecatombe de Garanhuns em 1917.
Depois
de aposentado Zé Caetano foi morar em um lugar fora do foco das confusões que
ficaram dos muitos combates que travou quando militar, querendo o sossego de
sua aposentadoria. Angelim, a 25 quilômetros de Garanhuns, no Agreste de
Pernambuco foi a cidade escolhida pelo célebre oficial volante, onde constitui
família e findou seus dias em 1964.
Agora
a história desse guerreiro será contada pelo pesquisador Junior Almeida no
livro Lampião, o Cangaço e Outros Fatos
no Agreste Pernambucano, que terá seu primeiro lançamento em Poço Redondo,
Sergipe, município o qual Lampião foi morto com parte do seu bando em 1938.
Antes disso, porém, o Capitão José Caetano será homenageado numa cerimônia
militar na cidade de Angelim na próxima quinta
feira 14 à 9 horas da manhã. Está à frente dessa homenagem a Polícia
Militar de Pernambuco, através do 9o BPM que tem no comando o
Tenente-Coronel Paulo César Gonçalves, Prefeitura Municipal de Angelim, do
prefeito Douglas Duarte, e do Instituto Cariri Cangaço do Brasil, representado
pelo seu conselheiro, escritor Junior Almeida.
*Fotos: 1- Marcolino Diniz e seus cabras; 2- Livro de Junior Almeida; 3- Convite da cerimônia a se realizar em Angelim.
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