Por Adelson do Vale
Os primeiros orelhões chegaram na década de 60, e
funcionavam com fichas de ferro, metal, bronze, latão e cobre, que lembrava uma moeda de 25 centavos. Naquela
época não havia outra opção, quem não tinha uma linha de telefone em casa, os
telefones públicos davam conta do recado, a população compravam as fichas nas
bancas de jornais e revistas e bem próximo eles estavam instalados nas calçadas
e praças da cidade.
A duração de uma ligação com uma ficha, levava de
cinco a dez minutos em média, e quem
desejava continuar falando teria que colocar outra ficha assim que se
ouvia o sinal de que a ficha estava acabando. As cidades brasileiras ganhara um
novo visual, um verdadeiro charme os orelhões de cor vermelha, anos depois eles passaram de vermelho para
azul.
Fazer ligações de um telefone público, seja onde
ele estivesse era muito divertido, até fila se fazia, e quando alguém não largava o aparelho
vermelhinho, logo se ouvia os protestos e até xingações, o povão falava alto
mesmo outros simplesmente gritavam ao telefone, sem se dá conta que ao redor
havia outros usuários ouvindo toda a conversa.
Para outros usuários, é como diz Altamir Pinheiro
em suas crônicas ligar de um orelhão era um quebra galho, que resolvia as
broncas no dia a dia. Em Pernambuco eles
eram controlados pela antiga Telpe e vinha com o nome de cada operadora
cravados em suas fichas, era só comprar guardar e usar na hora que precisava.
Mas devido seu alto custo operacional e o vandalismo, o Governo vendeu a Estatal para a Telemar,
isso ocorreu em meado de 1992 e a empresa Telebras que tinha o controle das
comunicações no Brasil, substituiu as velhas fichas, cinco anos depois pelos cartões telefônicos.
Hoje, depois de décadas, só se ver carcaças de
orelhões nas ruas, eles contam uma história de um passado glorioso, que não
volta nunca mais, com a chegada de novas gerações de celulares, a Oi abandonou
os velhos orelhões nas cidades, e que só servem pra bater com a cabeça neles,
melhor mesmo que sejam recolhidos e dê um novo destino ecologicamente correto,
deixando alguns deles nas praças apenas como peça de decoração, desde que as
prefeituras façam a limpeza, a pintura e ainda a manutenção dos velhos
aparelhos, os turistas certamente irão adorar fazer fotos nas praças com os velhos orelhões.
BASTANTE CONTEMPLATIVO O ÓTIMO TEXTO DO INTELECTUAL ADELSON DO VALE. QUE TAL A CÂMARA DE VEREADORES CHAMAR A OI NA GRANDE E PEDIR PARA QUE SEJA FEITO UMA LIMPEZA GERAL E IRRESTRITA DESSES TRAMBOLHOS QUE CAUSAM E DEIXAM UMA PÉSSIMA APARÊNCIA À CIDADE. SE VIREM VEREADORES!!! SENÃO OS URUBUS PUXAM...
ResponderExcluirSe a boniteza de Garanhuns dependesse dessa praga chamada vereadores Garanhuns tava lascada.
ResponderExcluirRealmente isso é uns come de graça. Essa foi a pior camara de vereadores que já apareceu em Garanhuns
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