O BRASIL DO SUPER SÉRGIO MORO

Getúlio Vargas, na década de 50, foi acusado de ser “o presidente mais corrupto da história do Brasil”. A pressão foi tanta que o dirigente do País deu um tiro no peito. O resultado disso foi uma comoção popular e os veículos de imprensa que hostilizavam o dirigente político foram atacados pela população enfurecida.

Depois veio Juscelino, que construiu Brasília, implantou a indústria automobilística no país e tinha fama de “desenvolvimentista”. Mas também foi acusado de ser “o mais corrupto do país”.

Morreu com os direitos políticos cassados pelos militares e até hoje persistem suspeitas de que foi assassinado.

No início da década de 60, Jânio Quadros, que se elegera com o discurso de que ia “varrer” a corrupção do Brasil começou a ser atacado e renunciou com apenas sete meses de governo. Foi substituído pelo vice João Goulart, que foi pressionado desde a posse e terminou sendo deposto por um golpe militar.

Jango, como era chamado, morreu no exílio, amargurado, sem ter recuperado seus direitos políticos.

Aí vieram os militares que governaram 20 anos, fecharam o Congresso, tiraram os direitos do Judiciário, prenderam, torturaram, mataram e jogaram a corrupção para baixo do tapete.

Restabelecida a democracia tivemos Collor, Itamar, Fernando Henrique, Lula e agora Dilma.

A petista, segundo seus opositores, faz o “governo mais corrupto da história do Brasil”.

Apesar da idade avançada, das pressões, ela se recusa a repetir Getúlio ou Jânio.

Mas do jeito que vai, sem que ninguém pense na pacificação do país, poderemos infelizmente ter uma vítima nesse processo. Pelo menos Mariza Letícia, a mulher de Lula, já baixou hospital.

Se acontecer alguma coisa grave com o ex-presidente, sua mulher ou mesmo Dilma,  tudo muda. Os humores da população se alteram como o vento.

Aí desta vez é o povo que vai às ruas (quem está indo agora é a classe média que sonha com Miami)  e poderemos ter graves conflitos.

Não tenho dúvida que a Globo será a primeira a sofrer o repúdio popular no caso de alguma tragédia, pois a emissora abdicou totalmente de fazer jornalismo e orquestra uma campanha, com participação inclusive das afiliadas, pela derrubada do Governo.

Logicamente que não torço para que aconteça alguma desgraça, gostaria que as forças políticas se entendessem e não fosse preciso a intervenção das forças armadas.

Mas se o bom senso não prevalecer, no Executivo, no Legislativo e no Judiciário poderemos não ter um final feliz, quando terminar todo esse processo angustiante que estamos vivendo.

Ninguém, contudo, está preocupado com as lições da história ou pensando no povo brasileiro. A oposição quer o poder, de preferência sem disputar eleições, juízes desejam continuar ganhando uma fábula, quando comparados a outros trabalhadores e amplos setores das classes média e alta querem apenas carrões, mansões com piscina e dinheiro sobrando para as compras e uma viagenzinha aos Estados Unidos ou a velha Europa.

Nós, que sobrevivemos de teimosos, enfrentando toda sorte de dificuldades e incompreensões, ficamos à mercê  dos incompetentes, dos corruptos, dos oportunistas, dos salvadores da pátria e dos super heróis, que agora surgem a cada momento, com aplauso da grande mídia e dos que desconhecem a história do próprio país.