Por Alexandre Acioli*
A cada chegada do Natal observo mais e fico sempre triste com alguns
procedimentos dos cristãos.
Na festa do Natal deveria ser comemorado o nascimento de Jesus, o Filho
do Altíssimo, àquele que veio ao mundo para nos salvar (“Porque Deus amou o
mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que
nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" - João 3:16). Mas o que
vemos? Vemos o prazer pelo consumo e a valorização do mercantilismo,
centralizado na figura lendária daquele a quem chamam de o 'bom velhinho’, o
Papai Noel.
A quem vamos celebrar nesta noite de Natal? Jesus ou Papai Noel? O
nascimento do Cristo ou recebimento de presentes?
É tão forte o marketing, que em todos os Natais, e na maioria dos lares,
o espírito natalino virou sinônimo de troca de presentes. E fala-se mais no
bondoso Papai Noel, um senhor de barba branca que distribui presentes. Quase
não existe alusão ao nascimento do Filho de Deus, Jesus Cristo, o nosso Irmão
Maior.
Embalados pelo incremento do 13º salário no bolso, cristãos e
trabalhadores de todas as classes, preocupam-se com a troca de móveis, a compra
de eletrodomésticos, roupas e sapatos. Embelezam, pintam e decoram a casa.
Dedicam-se à realização de lautas ceias, com muito queijo, carnes, frios,
defumados, frutas tropicais, bebidas a vontade e muitos presentes, para os
familiares, amigos, colegas e vizinhos.
Nessa época, não mais se lembram das orações e dos agradecimentos ao
Senhor. Não se faz nenhuma referência a Jesus Cristo, o grande aniversariante
do dia 25 de dezembro.
Entristece-nos ter a (quase) certeza de que os cristãos esqueceram que
no Dia de Natal se comemora o nascimento do Cristo, o Salvador, Filho do
Criador e Senhor de todas as coisas.
Entristece-nos ver a valorização de pecados capitais, como a gula, a
vaidade e a luxúria. Infelizmente, nesses novos tempos reverencia-se uma lenda
e valoriza-se o consumo.
Lembremo-nos que no Natal devemos valorizar a vida, relembrando a vinda
de Jesus, que nasceu entre nós, sem luxo e sem riqueza ("ela deu à luz o
seu filho primogênito; envolveu-o em faixas e o deitou numa manjedoura, porque
não havia lugar para eles na hospedaria" - Lucas 2:7-8).
Não nos esqueçamos disso ao celebrarmos a natalidade, a chegada do nosso
Irmão.
Celebremos a continuidade da vida. Feliz Natal!
*Alexandre Acioli é jornalista!
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