O aluno do 3º ano da Escola de Referência em
Ensino Médio (EREM) Monsenhor João Marques, Valdemir José da Silva (16 anos),
vai passar alguns dias sem frequentar as aulas. Mas será por uma boa causa.
Acontece que entre os dias 18 e 30 de março ele estará na Antártica, juntamente
com a equipe de pesquisadores da Marinha do Brasil, representando Pernambuco e
conhecendo mais sobre a vida no Continente Branco, como é conhecida a região.
Valdemir e o professor de Ciências Naturais, Álvaro Deangells foram uma das quatro
duplas vencedoras do concurso cultural “O Brasil na Antártica” promovido pela
Marinha do Brasil. Eles fizeram um vídeo falando sobre o Programa de pesquisas
Antártico Brasileiro (Proantar) e a importância da Antártica para a vida no
planeta. A produção garantiu a seleção entre mais 200 inscritos de todo país, e
agora os dois se preparam para viverem novas experiências.
“Estou ansioso pela
viagem. Antes de chegar na Antártica passaremos pelo Rio de Janeiro, Rio Grande
do Sul e Patagônia, no Chile, onde teremos um treinamento específico para
adaptação no local. Não tenho dúvidas de que será uma experiência
enriquecedora, tanto de conhecimento científico, como para a minha vida. Vou
aprender muita coisa”, relatou o estudante que se prepara para o vestibular de
medicina.
Para o professor-orientador Álvaro Deangells, a emoção não é
diferente. Graduado em Biologia, ele relata a importância do momento para sua
vida como profissional. “Conhecer um ecossistema completamente diferente, num
lugar onde poucas pessoas têm a oportunidade de ir, e ainda acompanhando uma
expedição com os pesquisadores da Marinha, sem dúvida vai marcar nossas vidas.
A expectativa está a mil”, reconhece o professor.
Álvaro explica que a produção do
vídeo de um minuto e 43 segundos utilizou a técnica Stop Motion (sobreposição
de fotografias para formar o vídeo) e levou nove horas para ser concluído, além
de uma semana de planejamento e montagem de roteiro. “Contamos com a ajuda de
outros alunos do Programa Projovem e utilizamos materiais simples como
emborrachado e palitos de fósforos. Sempre fomos otimistas. Sabíamos que
ficaríamos pelo menos entre os 10 melhores”, comemora.
Além da ansiedade, a
preocupação com as baixas temperaturas também faz parte do momento. “Recebemos
apoio da Secretaria de Educação para adquirir itens como protetor labial e de
pele, óculos escuros, meias e luvas de lã. Está tudo encaminhado”, afirmou
Deangells. (Do Blog da GRE do Agreste Meridional).
Nenhum comentário:
Postar um comentário