Edivane Lopes, do Sítio Castainho, a pouco mais de seis quilômetros do centro de Garanhuns, é a
primeira negra quilombola do município a concluir o curso de Direito na cidade. A alegria é não somente
da futura advogada, mas também da sua família e todos que vivem na comunidade, localizada fora da zona urbana. A comemoração se estende à direção da AESGA, aos
professores e colegas da jovem, um exemplo de superação.
Para a presidenta da Autarquia Municipal,
Giane Lira, é uma honra para a instituição ter dado a Edivane a oportunidade de
realizar o seu sonho. "Faço questão de parabenizar a advogada por ter
conquistado seus ideais, superando todas as dificuldades, que certamente não
foram poucas. Pra mim ela é um modelo de força e perseverança", destacou a
dirigente da AESGA.
A responsável pela Coordenadoria da
Mulher em Garanhuns, professora Eliane Simões, também ressaltou a importância
da representante dos quilombolas ter concluído o curso de Direito. "No
Brasil uma mulher negra e residente numa comunidade quilombola alcançar este
sonho não é muito fácil", comentou, destacando o fato inclusive em sua
página do Facebook.
Eliane, juntamente com o professor José
Maria Leitão e o juiz Márcio Sá Barreto orientaram os trabalhos acadêmicos da
estudante, agora Bacharela em Direito.
Segundo a Assessoria de Imprensa da AESGA, Edivane Lopes é a primeira quilombola do Nordeste e a segunda do Brasil a obter o diploma do concorrido curso na área jurídica.
Segundo a Assessoria de Imprensa da AESGA, Edivane Lopes é a primeira quilombola do Nordeste e a segunda do Brasil a obter o diploma do concorrido curso na área jurídica.
Parabéns mais Infelismente qualquer pobre nesse país é discrimanado,independente de cor,raça,religião!!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirAcompanhei a trajetória de Edivane Lopes, desde a sua chegada na AESGA. Sempre ressaltamos a importância, professor José Maria e eu,para Garanhuns , de ter a segunda Quilombola brasileira e negra( sim, temos quilombolas que foram "embranquecendo" ao longo dos anos) cursando Direito. É realmente um momento ímpar, não só para o Castainho, mas para todos os remanescentes dos quilombos. Edivane colocou em sua apresentação a frase de Makota: "Não sou descendente de escravos. Sou descendente de seres humanos, que foram escravizados".Muito bom.
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