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A ALEGRIA DOS JOVENS BAIANOS

Exatamente há um ano Ivete Sangalo, Gilberto Gil e Caetano Veloso fizeram um show transmitido pela TV Globo. A apresentação dos três artistas rendeu um CD e um DVD, lançado no início de 2012. Ouvindo o disco, esta semana, me chamou a atenção a alegria contagiante do trabalho. Sobretudo como são jovens os dois cantores e a artista, embora os dois sejam setentões e ela tenha passado dos 40.

Caetano, Gil e Ivete estão jovens como músicos, intérpretes a artistas e são uma luz num universo de artistas velhos, xaroposos e fabricados como Luan Santana e Michel Telô. Comparar os três primeiros com os últimos parece até um sacrilégio, mas que posso fazer se a mídia incensa essas nulidades?

Não assisti o show dos baianos na Globo, porém a sequência das músicas no CD é perfeita. Começam com o reggae  A Novidade (Herbert Viana/Bi Ribeiro/João Barone e Gil) sequenciam com a conhecida Toda Menina Baiana e na terceira faixa presenteiam os fãs com O Meu Amor, de Chico Buarque.

Gil brilha na primeira canção e Ivete arrasa na terceira, mesmo a gente lembrando que Elba Ramalho já tinha feito uma interpretação perfeita da música décadas atrás.

Caetano aparece mais em Tá Combinado e A Luz de Tieta, Gil é doce em A Linha e o Linho e na sétima música, Tigresa, Ivete mostra a grande cantora que é, fazendo um dueto com o compositor da canção. Você pode pensar que Gal Costa já tinha esgotado as possibilidades, quando gravou pela primeira vez "uma tigresa de unhas negras e íris cor de mel..." e constata que sempre é possível uma versão com gosto novo.

Você é Linda traz Caetano no seu estilo, um bom intérprete, sempre, e Atrás da Porta (novamente Chico) recebe um tratamento digno com destaque mais uma vez para os recursos vocais da "Musa do Axé".

Gil dispensa comentários em Super-Homem, uma de suas grandes composições, que abre caminho para interpretações vigorosas de Se Eu Não Te Amasse Tanto Assim (Herbert Viana e Paulo Sérgio Valle) e Olhos nos Olhos, uma das músicas mais gravadas de Chico Buarque até hoje. Até Aguinaldo Timóteo e Nélson Gonçalves andaram se arriscando ao entoar os lindos versos dessa canção.

Para terminar tem Drão, Dom de Iludir e Amor até o Fim. O disco pode não ser perfeito, como não deve ter sido o show, mas não há dúvida de que tivemos mais um Grande Encontro da Música Popular Brasileira. Como foi o de Caetano e Gil nos anos 60, de Elis Regina e Tom Jobim na década seguinte, de Alceu, Geraldo Azevedo, Elba e Zé Ramalhos anos depois de Caetano e Maria Gadu mais recentemente.

A boa música popular brasileira existe, está viva. Principalmente quando ainda temos figuras como esses jovens baianos.

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