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Pesquisas Eleitorais

PROTESTO, CRUZ E PANDEMIA


Por Ulisses Pereira

Nada contra, mas não acho de valor plantar cruzes em protesto. Não muda nada! Nem atitude.

Além do mais, não há cruzes demais? Nem vou me aventurar pela simbologia de maldição, que na doutrina cristã, se tornou símbolo de redenção! Protesto sim! Pela vida!

Todos os dias tenho enfrentado a doença e a morte. Sou médico. Sou Intensivista. Da porta de entrada do SUS, lá na minha pequena USF de São Pedro, nos leitos de minha UTI e até, no consultório, enfrento a doença e a morte todos os dias. Oro pra também sobreviver a elas.

Mas como disse, eu também protesto todos os dias: contra as baixas remunerações de todos os profissionais de saúde, a falta de EPI s, as jornadas exaustivas, a insegurança jurídica trabalhista, a falta de insumos, de testes, de condições ideais de tratamento para quem precisa.

Não me calo, diante da insensibilidade e da incapacidade gestora de quem chefia de algum modo. Protesto contra a politização da pandemia. Protesto contra a corrupção que mata o doente e o Estado.

A diferença é que protesto fazendo a diferença. Cumprindo o dever que o Brasil espera que eu cumpra! E há mais, no pouco tempo que sobra: há o voluntariado. Há o Lions Clube! Por que? Porque há gente com fome, com frio, doente da visão, por diabetes; crianças a tratar câncer; lixo no meio ambiente...por aí vai!

Citei o Lions Clube porque sou Leão, mas há o Rotary Clube, a Maçonaria, as Igrejas, as ONGs... e tantas formas e organizações aonde podemos servir.

Acho digno protestar: Servindo!

*Dr. Ulisses Pereira é médico

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