Profissional reconhecida no campo educacional e escritora consagrada, que pela sua prolífica obra literária elevou o nosso estado à referência nacional como sendo terra de escritores e contadores da nossa história. A entrevistada desta semana é a escritora Luzilá Gonçalves Ferreira, natural de Garanhuns. Autora que se destaca por apresentar em suas narrativas personagens femininas da história que participaram da história oficial. E é num recanto muito particular, um aconchegante solar do século XVIII no tradicional bairro de Casa Forte, no Recife, o que inclusive lhe rendeu o título de A dama de Casa Forte, que Luzilá Gonçalves Ferreira vai muito além do corpo, até os limites da imaginação, da pesquisa cuidadosa dos textos, da iconografia da época, a fim de trazer à contemporaneidade o que historiografia oficial deixou esquecida, e que culminam em obras literárias de grande subjetividade e sofisticação, com riqueza de imagens, linguagem poética, belíssimas metáforas e uma abordagem da vida e arte, onde os leitores atravessam um túnel do tempo conduzido pelas mãos da narradora e entram em contato com um passado que se entrelaça com a realidade, verdades e ficção.
Cláudio - Conte-nos um pouco a sua trajetória pessoal: as suas origens,
família e infância, em linhas gerais.
Luzilá - Minha família provém de dois ramos
diferentes. Minha mãe, Almerinda, contava que seu pai, Antonio Alves, louro,
olhos azuis, descendia de portugueses. Devia ser filho de imigrantes que desceu
até São Caetano, se tornou um bom marceneiro, tendo feito o altar da igreja,
sob modelo enviado de Roma, como dizia minha mãe, orgulhosa, um artista. Ali
conheceu minha avó, Benvinda, uma cabocla. Converteu-se ao protestantismo, foi
objeto de perseguição religiosa, ameaçado de morte, teve que vender uns trastes,
abandonar a casinha em que viviam, deixar São Caetano. Já com quatro filhos, dois rapazotes, uma adolescente e uma criança,
minha mãe. Vinham em lombo de burro imagino, até chegarem a Garanhuns.
Os dois rapazes logo começaram a trabalhar, a cidade em pleno desenvolvimento:
Caetano se revelou competente tipógrafo e revisor, e se empregou na imprensa do
Norte Evangélico. Casou com Zelia Sales Villanova, teve seis filhos, entre os
quais a mais velha, Muse, ainda hoje, aos noventa anos, faz caminhadas diárias
no Parque Euclides Dourado. Luis, hábil em todo trabalho manual, e de
criatividade, conhecedor de eletricidade, terminou como excelente auxiliar de
Ruber van der Linden, casou com Generosa, uma bela moça de Alagoas, tiveram uma
filha Olga, que por muito tempo foi responsável pela biblioteca de colégio onde
ensinava, e hoje aposentada, vive entre suas orquídeas e as pitangueiras do
quintal. A filha adolescente de Lupcinio e Almerinda fugiu de casa acompanhando
um amor ao Recife. Minha avó ficou com a menina inteligente, lourinha, bonita,
que quase foi adotada por uma família de missionários americanos. Aprendeu
inglês, durante algum tempo ensinou no colégio Quinze, sob orientação de Dona
Cecilia Siqueira. Aos quinze anos até escreveu artigo no jornal O Gládio, se
não me engano, um artigo sobre Sócrates.
Estudou piano, foi organista da Igreja Presbiteriana do Reverendo
Antonio Gueiros. Já casada com meu pai, Lupcinio, aprendeu a profissão de
fotógrafa com Espiridião Falcão que lhe vendeu todo o material de sua
profissão. Contava que com a chegada do Tiro de Guerra em Garanhuns, fez tantas
fotos que conseguiu comprar a casa onde nasci, onde havia funcionado a empresa
de Luz, ao lado do Sanatório Tavares Correia. E que vendeu quando a família se
transferiu para João Pessoa, papai como gerente de uma das sucursais das Lojas
Paulistas. Depois foi convidado a trabalhar num engenho, na divisa de
Pernambuco e Alagoas, de que tenho lindas lembranças. De canavial, da casa no
alto de uma colina, branca com portas azuis, de hortas com cheiro de tomate e
coentro. De banhos de rio. De melado. E depois a família veio para o Recife e
mamãe foi encarregada da enfermaria no Colégio Agnes, onde três filhas foram
internas. Papai, vindo de família
alagoana, era filho de Laurindo, senhor de dois engenhos, um deles da parte de
sua mulher Anna Laurinda Lins. Com a Abolição e o advento das Usinas, eles
perderam tudo. Tia Hortência, a filha mais velha, estudou francês e tocava
piano, como toda sinhazinha. Tia Niza se casou com Manuel Fonseca, de Catende.
Meu pai e tio Alfredo, os dois mais novos, tiveram que cuidar do gado porque já
não havia mais escravos. Meu pai foi caixeiro de loja em Garanhuns, montou uma
tal de Casa Jahu cujo anúncio foi descoberto outro dia pelo historiador Igor
Cardoso. Montou um restaurante que não deu certo porque, como dizia minha mãe
“todo mundo comia e não pagava”. Tentou tocar trombone, ou piston, numa
orquestra que Souto Dourado organizara com os instrumentos de uma Banda de
musica que havia se acabado. Mas não conseguiu ser artista. Meu irmão Lupercio,
mais três irmãs, Celme, Neusa, Denise, estudaram no Quinze. E na certidão de
nascimento da filha mais velha, Almerina, encontramos, como testemunha, nada
menos que Augusto Calheiros, o grande cantor que adotara Garanhuns. Nasci em
Garanhuns, tinha dois anos quando deixamos a cidade, mas é como se tivesse
passado a infância toda e a adolescência aqui. Em casa, se falava tanto em
Garanhuns, contavam-se tantas histórias, que conheço grande parte das famílias antigas
da cidade.
Cláudio - Comente um pouco sobre sua formação como leitora. Havia biblioteca na sua casa? Nessa época já pensa em se tornar uma escritora?
Luzilá - Em casa havia poucos livros: A Bíblia, um
Hinário de músicas Psalmos e Hymnos, editado em Portugal, um Manual de Medicina
que desconfio ser o Chernoviz de que fala Mauro Mota. Depois meu irmão Lupercio
começou a comprar livros infantis, para minha irmã Denise e para mim, de uma
chamada Coleção Encantada. Depois foi na biblioteca dele, que, aos onze, doze
anos, comecei a descobrir a literatura, quando, com sarampo, trancada num
quarto, buscava o que ler. Ai comecei já pelos grandes: Werther de Goethe, A
lenda de uma quinta senhorial de Selma
Lagerlof, e mais Anatole France e outros franceses. Aos 13 anos, aluna do
Colégio Agnes, me tornei leitora da Biblioteca da Prefeitura, instalada no
Colégio Industrial, na Encruzilhada. Ai fui uma devoradora de livros, como
Crime e Castigo, Diário de uma Exilada Russa, de Alia Rachmanova, Jean
Christophe, de Romain Rolland, Felicidade, de Katherine Mansfield. Depois a
prefeitura do Recife criou uma biblioteca ambulante, que de quinze em quinze
dias acampava no circular de Campo Grande, perto de nossa casa. Foi um
deslumbramento. A coleção completa de Machado, de Alencar, e outros,
encadernadas novinhas, num grande ônibus iluminado como para uma festa. Logo se
acabou porque a oposição dizia ser um luxo para país pobre, quando seria melhor
uma ambulância. Eu ainda não pensava em escrever, diante daqueles monstros da
literatura. O início da vocação talvez tenha sido no Grupo Escolar Clóvis
Beviláqua, onde dona Zefinha Lira, que depois descobri ser poetisa, nos fazia
escrever redações todos os dias, diante de quadros coloridos representando
crianças.
Cláudio - Como surgiu o interesse e paixão pela literatura francesa?
Luzilá - Durante um tempo sob influência das aulas
dominicais na igreja presbiteriana, de Israel Gueiros, pensei em ser
missionária entre os índios. Depois me apaixonei pela literatura francesa, no
Colégio Agnes, onde ensinava o professor Otaciano Acioly. Resolvi fazer o curso
clássico e, no Instituto de Educação, antiga Escola Normal. Fui aluna de Ignez
Rabelo, apaixonada por escritores franceses.
Líamos Atala de Chateaubriand, Victor Hugo, Lamartine, Michelet, que
contribuíram para minha formação humanística, desenvolveram a sensibilidade e
fomentaram uma certa organização de pensamento. Adorava as aulas de latim com
José Lourenço. Decorava as Catilinárias
e as Quatro Idades de Ovídio ... Ovídio que escreveu Odi et amo, quod id facio
fortasse requiris: Odeio e amo, por que faço isso talvez perguntes, nos
fascinava. Em seguida foi o Curso de Letras da UFPE, seguido de dois anos no
Centro de Estudos de Francês, uma criação do genial Anísio Teixeira em convênio
com a Embaixada da França, uma bolsa da Capes, no Rio de Janeiro. Em seguida,
bolsa de especialização, do Governo Francês em Paris, na Sorbonne. Só muitos anos depois, fiz Mestrado na UFPE,
e em seguida Doutorado em Letras na universidade de Paris VII, com Bolsa do CNPq.
Ali tive como professoras uma especialista em George Sand, Nicole Mozet,
trabalhando com Literatura e História, e a maravilhosa Michèle Perrot, uma das
autoras de História de Vida Privada, e entre outros livros, Uma historia das
mulheres é Possível? As duas inclusive estiveram em minha banca de defesa de
tese e me deram a nota máxima “com louvor”, pense como me orgulha essa
oportunidade incrível, de estar em contato com essas mulheres. Michèle Perrot,
que escreveu História das Mulheres, com George Duby, me sugeriu a publicação de
minha tese, que era sobre escritoras francesas na Literatura Popular do século
XIX, e me encaminhou para um editor que queria publicar. Mas me foi pedido que
eu transformasse as mil e duzentas páginas da tese, em um livro de 200 paginas.
Não deu, não tive coragem, era quase impossível. Mas o texto integral se
encontra publicado no site de Littérature populaire da Bibliothèque Nationale
de France, pode ser consultado sob o nome de Ferreira, Luzilá. Nicole Mozet me
inspirou a escrever uma biografia de George Sand, que está pronta e a Rocco fez
menção de querer publicar, até hoje aguardo. É sobre a grande romancista, sua
vida engajada com a política, com a literatura, com a luta das mulheres pelo
direito a voto e ao divórcio. E sobre seus amores, sobretudo, seu amor com
Chopin.
Cláudio - Em qual momento de sua vida a senhora começou a pensar em seguir a carreira de escritora? Como foi sua estreia na literatura?
Luzilá - Fui professora na UFPE, na graduação e na
Pós Graduação, ensinei Língua e Literatura Brasileira no Centro de Estudios
Brasileños em Buenos Aires, onde fui colega de Maria Julieta Drummond, filha do
poeta. Em Buenos Aires, passei quatro meses sem poder me levantar, por conta de
uma gravidez problemática, e aproveitei para ler grande parte da biblioteca do
Centro: todo o Mário de Andrade, Drummond, Bandeira, João Cabral, outros
autores brasileiros. Acho que ali
comecei a pensar em ser escritora. Mandei um conto para o Prêmio Peregrino Júnior
da Livraria São José, no Rio, obtive Menção Honrosa, com diploma assinado por
Stella Leonardos... E depois um primeiro lugar num concurso da Prefeitura do
Recife, concorrendo com Gilvan Lemos, imagine. Um conto, A viagem da Mãe. Ai
criei coragem, mandei um conto para a Revista Nova e outro pra Encontros com a
Civilização Brasileira, dirigido por Moacyr Felix, Publicados esses contos,
comecei e me sentir escritora. Publiquei pela Edições Pirata, um curto livro de
contos, O espaço de teu Rosto, que mandei para Drummond, imagine a ousadia. Ele
me escreveu uma carta simpática, encorajou a ir mais além. Até que ganhei o
Nestlé de Literatura com o romance Muito além do Corpo, com o aval de Adonias
Filho e José Jacinto Veiga que estavam no Júri. Durante o festival de
Literatura organizado pela Fundação Nestlé de Cultura, me tornei amiga de
Raquel de Queiroz, que passou a noite lendo o romance premiado e me dedicou
exemplar de O Quinze: “Para Lu, tiradeira do sono dos outros”. Quis saber se eu
tinha outro romance na gaveta. Tinha, Os Rios Turvos. Ela me obrigou a me
inscrever ao Prêmio de romance da ABL, tirou cópias, aconselhou gente como
Ariano a votar em meu livro. Uma senhora madrinha. Ficamos amigas, Raquel era
uma grande mulher, generosíssima, com grande senso de humor, uma mãezona que eu
ia ver cada vez que ia ao Rio. Tantas saudades dela. Depois disso foram vários
romances e prêmios literários, como você sabe.
Cláudio - É no contexto do romance histórico que vamos encontrar os pontos altos da expressão literária de Luzilá Gonçalves Ferreira, recriando perfis de figuras históricas através de suas personagens e novas possibilidades interpretativas do passado, atualmente bastante valorizadas pelos teóricos da Nova História Cultural. Como ocorreu sua vocação pelo romance histórico e essa marca original em sua narrativa de dar visibilidades as mulheres em nossa história e literatura, considerando que a senhora é a pioneira em resgatar personagens femininos da história?
Luzilá - Sobre romance histórico. Pesquisando historia das mulheres, as abolicionistas, as primeiras jornalistas, sobretudo nordestinas, descobri-me essa vocação de romance histórico. Desde Felipa Raposa, a esposa de Bento Teixeira até Simoa Gomes, a fundadora de Garanhuns, a baronesa de Vera Cruz, a infeliz Anna, assassinada em Olinda, pelo marido, filho de Bernardo Vieira de Melo, herói da Guerra dos Mascates, que reconstituo em Um murmúrio de Rosa, meu último romance. Toda uma trajetória de personagens interessantes que viveram à margem da historia oficial brasileira. Oferecem, como você diz, uma outra opção de interpretação do passado, a partir de relatos de e sobre mulheres, finalmente 50 por cento da sociedade. Os rumos da nova história nos levam sim, a outras interpretações. Outras leituras, inclusive. De nos fazer mergulhar em legados passados, revendo o que já sabíamos ou pensamos saber. Acho que foi Engels que dizia ter sido a primeira derrota da mulher o ter se conformado em permanecer na caverna, cuidando do filho recém nascido, em vez de continuar indo à caça com os homens. Acontece que essa mulher da caverna foi organizadora da família e até hoje é a mulher – de qualquer classe social - que assegura a permanência desse organismo na história da humanidade. Sem esquecer que essa mulher inventou a agricultura, descobriu o cultivo de elementos da natureza -plantas, frutas – para o sustento da família, para cura de doenças, de que desfrutariam as gerações que viriam. Essa mulher foi sacerdotisa na Grécia Antiga e mesmo antes. Diante disso tudo, e quando se falava da mulher, enquanto elemento frágil, objeto secundário, de menos importância nas sociedades, eu me perguntava, além dos fatos narrados por historiadores - homens, brancos, letrados – como seria ser mulher naqueles tempos, o que havia por baixo da historia oficial: - pensamentos, ideias, jeitos de falar, de sentir, de vestir, de se apresentar, coisas de que só a ficção pode dar conta. E que eu admirava, por exemplo, nas reconstituições de francesas da Idade Média, do Renascimento como o fizeram Régine Pernoud e George Duby, por exemplo.
Cláudio - Jorge Amado, ao falar sobre a sua literatura, menciona a
particularidade de seus personagens, de acordo com ele, “são de carne e osso e
neles reconhecemos gente e povo”. Suas obras tem uma quantidade de detalhes
históricos que reconstitui o tempo em seus aspectos históricos, sociais,
político, cultural e psicológico, é como se leitor estivesse vivendo período
histórico Como à senhora determina a pesquisa necessária para criação do texto
narrativo? A escritora Luzilá Gonçalves Ferreira transporta-se no tempo?
Luzilá - Jorge Amado fala de seus personagens em
carne e osso nos quais reconhecia o povo. Carne e osso, sim, quando me encarno
nelas, tentando descobri o que sentia realmente uma mulher daquele tempo, como
buscava inscrever sua vida na história dos homens. Fico vivendo com elas,
sofrendo com elas, visito na medida do possível os lugares onde viveram, fui
várias vezes a Igarassu, a Monjope. Entrei na casa que foi de dona Anunciada
Camila, a heroína de Illuminata. Visitei
o engenho Terra Vermelha, em Nazaré. Busquei na Boa Vista a casa que pertenceu
a Baronesa de Vera Cruz. Consultei testamentos e li cartas e bilhetes
desesperados dessas mulheres que foram belas, influentes, inteligentes, e que
terminaram, na maioria das vezes, sufocadas pela sociedade, por maridos e pais
dominadores. Vivi com elas e por elas.
E era uma surpresa, me achar no Recife do século XX, quando punha o ponto final num romance.
Cláudio - Em 2015 a senhora foi a grande homenageada do 25º Festival de
Inverno de Garanhuns. Revivendo aquele momento, como se sentiu ao ser
homenageada pelo principal evento cultural da sua cidade de origem?
Luzilá - Feliz, me sentindo honradíssima, só
lamentando que minha mãe e meu pai não estivessem vendo essas coisas, e minha
figura multiplicada em forma de imagens
pela a ruas e praças dessa cidade que eu amo.
Cláudio - Em 2018 a senhora lançou o livro “Simoa Gomes e seu Avó Desalmado”, um obra romanceada sobre a história da fundadora da cidade de Garanhuns. Como surgiu a ideia do livro? Como foram os estudos e pesquisas dos fatos para estabelecer um equilíbrio entre o real e o imaginário?
Luzilá - Escrevi a história de Simoa Gomes, a fundadora de Garanhuns, pensando exatamente em como uma índia, analfabeta, pode ter estado na origem de uma comunidade florescente, criativa, rica, que foi e continua sendo um marco de originalidade, de cultura, de nossa cidade, é preciso que se reconheça. Eu não pensava em escrever sua história, até que um dia, Igor Cardoso, historiador e pesquisador da memória de Garanhuns, e que, aliás, você entrevistou no mês passado, me sugeriu que escrevesse um romance sobre Simoa. Falei que sabia pouco de índios e que imaginava não haver muitos documentos autênticos sobre a personagem. Um desafio. Mergulhei de cabeça e coração na leitura de documentos, estudos de historiadores, como Pereira da Costa e Robert Southey, poemas, relatos de colonizadores ou de religiosos como aqueles dos frades franceses, Bernard e Martin de Nantes. E fiquei amando Simoa. O livro foi publicado, lançado no Instituto Histórico, Geográfico e Cultural de Garanhuns e na Academia Pernambucana de Letras, e eu desejaria muito que fosse lido por todos os pernambucanos, por todos os filhos de Garanhuns, e escolares, enquanto objeto de estudo, visando o conhecimento, e o amor por esta cidade pernambucana, de que tanto nos orgulharmos.
Cláudio - Agradeço pela oportunidade de entrevistá-la e peço-lhe que deixe uma mensagem aos seus leitores (as), admiradores (as) e aos que estão iniciando na carreira de escritor (a).
Luzilá - Agradeço porque me leem e me amem, como o faz todo escritor que acredita no que faz. E aconselho: se querem escrever, observem, sintam, amem. Levem a sério sua vocação. E, sobretudo leiam, leiam, leiam.
Luzilá Gonçalves Ferreira tem mais de 40 obras pulicadas entre contos, ensaios, crônicas, biografias, traduções e romances históricos, é formada em Letras Neolatinas pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), mestra em Teoria da Literatura pela mesma universidade e doutora em Estudos Literários pela Universidade Paris VII, tendo sido professora do Departamento de Letras da UFPE. Cidadã Recifense, título recebido no plenário da Câmara Municipal da Capital Pernambucana. Imortal da Academia Pernambucana de Letras (APL), onde atualmente ocupa o cargo de vice-presidente, e Academia de Letras de Garanhuns (ALG). Sócia-honorária do Instituto Histórico, Geográfico e Cultural de Garanhuns, a cuja biblioteca empresta seu nome, foi a primeira mulher a presidir o Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP). Escritora premiada foi finalista do Prêmio Portugal Telecom de Literatura com a obra Voltar a Palermo, vencedora do Prêmio Nestlé de Literatura com a obra Muito além do Corpo e agraciada com o Prêmio Joaquim Nabuco da Academia Brasileira de Letras (ABL), concedida à obra Os Rios Turvos.
Muito Além do Corpo
A Anti-Poesia de Alberto
Caeiro;
Os Rios Turvos;
A Garça Mal Ferida
Em busca de Thargélia;
Suave Amazonas: Mulheres e
Abolição da Escravatura no Nordeste;
Humana, Demasiado Humana;
Volta a Palermo;
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