Bom Conselho amanheceu de luto, nesta
sexta-feira, 13 de dezembro.
Morreu hoje de madrugada o sanfoneiro Sebastião Pereira de
Moraes, conhecido como Basto Peroba, de 76 anos.
Ele estava com a saúde delicada e teve complicações depois de um
infarto.
Basto era um ícone da música regional em Bom Conselho e todo o Nordeste.
Segundo os que conheciam de perto o seu trabalho, tocava na sanfona desde marchinhas, frevo,
forró, até música clássica.
Curiosamente, morreu no dia do nascimento de Luiz Gonzaga, um dos seus maiores ídolos.
Durante mais de 30 anos, o músico animou festas em Bom
Conselho, Garanhuns e toda região, tocando também em municípios de Alagoas,
como Arapiraca e Palmeira dos Índios.
O corpo de Sebastião Pereira está sendo velado na Funerária Alfredo
Dâmaso, que fica nas proximidades do hospital de Bom Conselho.
Sepultamento deve acontecer às 17h no cemitério da sua terra natal, a 38
km de Garanhuns.
Seguem algumas informações complementares publicadas no site Arapiraca 7
segundos, sobre Basto Peroba:
A carreira de Basto Peroba foi iniciada quando ele ainda era criança, em
Bom Conselho, interior de Pernambuco, cidade onde nasceu e vive até hoje. Ele
ganhou uma sanfona de 12 baixos de seu pai, Manoel Pereira de Moraes, e começou
a acompanha-lo nas festas juninas. Tocou em vários casamentos, batizados e
aniversários, até que conheceu o maestro José Duarte Tenório, o José Puluca, e
foi convidado para integrar a banda principal do maestro.
Foi um dos fundadores dos Tremendões de Palmeira dos Índios
. Músicos como o Manoel Morais (Mané Morais) e o José Soares (Zezé)
tocaram com Bastos Peroba. Em sua trajetória musical, além de Dominguinhos,
Basto Peroba também teve a oportunidade de acompanhar cantores como Jeri
Adriani, Waldick Soriano, Luiz Gonzaga e Wanderley Cardoso.
Seu primeiro LP foi gravado com Vavá Machado e Marcolino em Recife, e
logo em seguida formou seu grupo musical “Basto Peroba e Banda”. Com seu nome
lançado no mercado musical, fez muito sucesso nos grandes clubes e casas
noturnas de várias cidades brasileiros, levando o seu forró genuíno forró
pé-de-serra.
Eu fui assistir o sepultamento do sanfoneiro BASTO PEROBA.Casado com minha prima Jomilda Soares Curvelo filha de titia Iraci e Joaquim Soares.Meu amigo de longas datas e gostávamos de conversar sempre e todas as vezes que ia a Bom Conselho.
ResponderExcluir0 momento mais marcante e emocionante foi quando vieram um grupo de sanfoneiros , tocadores e cantores todos amigos de Basto Peroba de Arapiraca Alagoas e cantaram músicas do verdadeiro forró pé de serra,o que mais Basto Peroba gostava de tocar com maestria e habilidade.Suas duas mãos e seus 10 dedos fizeram muitos jovens e velhos dançarem e cantarem por muitos anos.
Senti que os celulares gravavam tudo e alguns parentes preocupados e eu disse a alguns deles que as câmaras de hoje são os celulares que captam tudo e em todos os lugares.
Chamei alguns dos meus parentes e lhe disse que não estranhassem o que estava acontecendo porque teria presenciado em LAGOA DO OURO cenas iguais em 2012 quando os poetas,os sanfoneiros,os improvisadores cantaram das 08:00h às 19:00h todas as músicas e os forrós pé de serra que VAVÁ MACHADO fez em todo sua vida.
Um primo de VAVÁ MACHADO chorando me disse que como é que o cara tá morto e 2 carros de som tocando o forró pé de serra na hora da partida?
Fui ao encontro de Edson Pinto e Sandro de Tião os 2 locutores da prefeitura e narrei o fato para eles. E eles me disseram que foi um pedido de Vavá Machado que quando morresse "não queria tristeza e somente alegrias,que todas as músicas fossem tocadas em seu cortejo fúnebre".E assim foi cumprido o pedido do Aldemar Teles de Carvalho,o Vavá Machado em 07 de agosto de 2012.
Da mesma forma eu pude ver com BASTO PEROBA.Cheguei diante da viúva do Basto Peroba,Jomilda Soares e lhe disse: aceite naturalmente tudo o que os amigos de Basto Peroba vieram fazer na despedida de um dos maiores tocadores de SANFONA DO NORDESTE BRASILEIRO que ao lado de DOMINGUINHOS,OSVALDINHO,CIVUCA E LUIZ GONZAGA proporcionaram alegrias e felicidades a várias gerações.