Deltan
Dallagnol foi tão desmascarado, foram reveladas tantas atitudes antiéticas e
desonestas dele, que parte da imprensa nacional criou outro nome para o
procurador e chefe da força tarefa da “Lava Jato”.
Ele agora é
mais conhecido entre jornalistas e mesmo alguns colegas do MP e do Poder
Judiciário como “Deltan Dinheirol”.
Digno de
participar do programa Silvio Santos.
E o
procurador Carlos Fernando, os outros, os que debocharam da morte de Marisa
Letícia e do pequeno Artur?
Se faltava
mais alguma coisa nesse pesadelo que vive o Brasil, envolvendo o Executivo, o
Legislativo, o Judiciário e o Ministério Público, além da Globo venal, apareceu
esta semana, com as revelações estarrecedoras de Rodrigo Janot, que foi
procurador geral da República e “comandante chefe” dos demais procuradores
federais e da Lava Jato.
Um homem que
exerceu função tão importante na República, simplesmente confessou ter se
armando para matar um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), no caso o
polêmico Gilmar Mendes.
Estamos no
século XXI ou voltamos no tempo, quando tínhamos cangaceiros e pistolagem por
todo lugar e até Garanhuns sofreu com uma chacina horrível que ficou conhecida
como a Hecatombe de 1917?
O que anda
acontecendo dá para fazer Tropa de Elite 3, 4, 5, 10.
No Rio o
próprio estado usa helicóptero com homens armados de metralhadora e disparando
de cima a esmo, não importa que lá embaixo morram inocentes.
Hoje está
circulando um vídeo nas redes sociais com um policial fardado, armado, apontando o fuzil para pessoas comuns, chutando um pobre coitado numa bicicleta,
encostando cidadãos contra a parede, ameaçando "deus e o mundo" sem nenhum
motivo justificável.
O crime dos
moradores do bairro em que acontece a atitude louca e destemperada
aparentemente é morar em lugar de pobre, com maioria de pele escura.
Ora, se um
procurador geral da República se armou para matar um juiz do Supremo, um
capitão da reserva do exército disse para todo mundo ouvir que no Brasil tem de se matar uns 30 mil e se elegeu presidente, então aqui tudo é possível.
Em Garanhuns
existem promotores corretos, decentes, como o Dr. Domingos Sávio, Dr. Alexandre
Bezerra, atualmente no Recife, num cargo da cúpula do Ministério Público, Dra.
Marinalva, Dra. Maura.
Na região do
Agreste, por todo o Brasil existem promotores e juízes honestos, que fazem seu
trabalho para garantir os direitos e construir um país melhor.
Fico a me
perguntar: o que os juízes corretos de cidades menores, o que os promotores
locais ou de municípios próximos pensam de tudo isso: das traquinagens de
Dallagnol, da parcialidade escandalosa de Moro - que virou político - do gesto
tresloucado de Janot?
Vereadores,
deputados, prefeitos, governadores, senadores, presidentes, têm de prestar
contas ao povo por seus atos e se não correspondem às expectativas são mandados
de volta para casa.
Juízes e
promotores não são eleitos. Por isso podem fazer o que lhes dá na telha?
Dallagnol, Moro e Janot serão simplesmente perdoados, desculpados, como se suas
traquinagens tivessem sido brincadeiras de adolescentes?
O Brasil
está com muita coisa para consertar. E precisa começar a reconstrução pelos “podres
poderes”, para usar aqui a expressão de Caetano Veloso.
Ou se faz
alguma coisa ou seremos rebaixados, rebaixados, rebaixados. Até ficarmos
menores (politicamente) do que a Bolívia, a Venezuela, o Uruguai, a Argentina e
o Paraguai.
E o melhor
representante desse Brasil sem rumo será o Neymar, que podia ser o maior craque
de futebol do mundo, mas prefere continuar, aos 27 anos, com atitudes de
moleque.
Que Ministério Público é esse? Que Brasil é esse que estamos vivendo e vamos deixar
de herança para nossos filhos e netos?
*Fotos reproduzidas da Revista Exame.
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