Ciro Gomes não toma
jeito. A última dele foi numa entrevista a BBC Brasil, quando de forma grosseira disse que a filósofa e professora universitária Márcia Tiburi faz apologia do
C***.
Ex-ministro não se
limitou a usar a inicial, como fizemos nesse texto, pronunciou mesmo o
monossílabo, como se fosse a coisa mais normal do mundo se referir ao ânus de tal forma, num
programa de televisão.
E isso para
desqualificar uma pessoa extremamente respeitada nos meios acadêmicos, uma
mulher inteligente, admirada no Brasil e no exterior.
Alguém pode
discordar da intelectual por conta de posicionamentos políticos ou ideologia,
mas tentar atingi-la com uma verborragia dessas é lamentável para quem já foi
governador de Estado e ministro da República.
Ciro, numa das
campanhas políticas da qual participou, chamou um eleitor de burro no ar, numa
entrevista de rádio.
Mas na frente,
quando tentava novamente chegar à presidência, disse que o papel da atriz
Patrícia Pillar (então sua esposa) na sua campanha era simplesmente dormir com
ele. A afirmação machista pegou mal.
De outra feita, o
ex-governador cearense disse que se o então juiz Sérgio Moro resolvesse
prendê-lo a turma do magistrado seria recebida à bala.
Na campanha para
presidente em 2018, apesar de se dizer de esquerda ou do campo progressista,
Ciro Gomes digeriu mal a ida de Fernando Haddad para o segundo turno da eleição
e viajou para Paris, se omitindo do processo eleitoral num momento crucial da
história política brasileira.
Márcia Tiburi não
deu tanta importância assim à agressão do pedetista. Apenas considerou que Ciro
não passa de “um coronel mimado do Ceará”, o que parece definir muito bem o
político nordestino.
É inteligente, tem
boa formação em direito, poderia ser um bom presidente da República, mas
estraga tudo com seus arroubos inconsequentes que tiram do eleitor a confiança, porque este termina por vê-lo como um sujeito de pavio curto e de atitudes deselegantes.
Ciro Gomes não é um
adolescente para que lhe sejam perdoadas determinadas atitudes.
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