VITÓRIA ALMEIDA |
Hoje almocei fora, tendo como
companhia minha querida filha Vitória.
Ela é uma das minhas riquezas,
como o é Roberta, Luiz Fernando, João Paulo, Daniela, Tiago e Carolina.
E os netos, tão ou mais
queridos que os filhos e filhas: Cassiano, Luana, Fernanda, Clarice, Lara e Zé
Pedro.
Terezinha está no Recife, foi
ficar um pouco com as duas filhas e o neto.
Faz bem pra ela sair da
rotina doméstica e Dani, Carol e Zé Pedro vão adorar.
Não trocaria um simples sorriso
de qualquer um deles por um carro novo ou mesmo muita grana.
“Eu não preciso de muito
dinheiro, graças a Deus”, cantou Zeca Baleiro na sua inesquecível canção “Vapor
Barato”.
Importante mesmo é o ter o
básico. Oferecer boa escola e conhecimento aos seus; educação, saúde,
princípios, enfim, ter uma vida digna e
viver de forma decente.
Longe da balbúrdia e dos
trogloditas que tomaram conta do pedaço e agridem sem precisar de qualquer
motivação.
Estou só e não estou. Tenho
pensamentos que saltam e se espalham em volta de mim, vão longe, estão
energizados e podem mudar as coisas nem que sejam um pouquinho.
Tenho o computador, as
ideias, músicas que falam comigo, livros e filmes que inspiram, pessoas
conhecidas na casa ao lado, na frente uma igreja e uma companhia invisível, distante e palpável, capaz de ajudar em tudo,
sobretudo a garantir o pão nosso de cada dia e ajudar a seguir em frente.
Ontem o dia foi de Clarice,
hoje foi de Vitória. Amanhã será de Luiz Fernando, Roberta, João Paulo,
Daniela, Carolina, Luana, Fernanda, Zé Pedro e Lara.
E todos os dias são deles e
meus, de minha mãe, dos irmãos, dos amigos.
“Viver é melhor que sonhar”,
já dizia Belchior.
“A
vida é assim feito o vento que nada poderá vender
A vida é assim feito a rocha que quando quer pode ceder
A vida de nossas histórias, de fé, de coragem pra ver
Ver que a vida é a grande vitória de quem decidir por viver
E eu canto, eu canto, eu canto a vida, só ela quem pode saber
A hora de cada partida pra o novo de novo nascer
Vida, vida me permita pra sempre eu cantar pra você...”, ensinam os versos inspirados da paraibana Flávia Wenceslau.
Com
escrevi acima, tenho muitas riquezas. Que não me fazem perder o sono; conquistadas
sem precisar adular ninguém, nem roubar, ou fazer concessões de qualquer
espécie.
Isso
que importa. Poder e dinheiro são para ambiciosos, muitas vezes desonestos,
corruptos, mesmo que sejam ministros de Estado.
Ando
de cabeça erguida, em paz com minha consciência.
Não
trocaria de lugar com quem construiu uma mansão, anda de carrão de mais de 100
mil, é considerado da alta sociedade, mas não falta quem, mesmo que seja na surdina,
entre quatro paredes, o chame de ladrão. E essa má fama será passada aos filhos
e netos.
Meus
filhos sabem que falhei em algumas coisas, cometi erros e pecados. Mas têm
consciência de que dei de mim o melhor e poderão ver em mim o que eu via no meu
pai: um homem íntegro, correto, honesto.
Por
isso que as palavras dos que são limpos só na aparência, dos fanfarrões, não
nos atingem.
Paz,
amor, fé, coragem, a busca do Deus verdadeiro. É a essência. O resto é supérfluo.
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