CONTEXTO

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Pesquisas Eleitorais

OPOSIÇÃO EM GARANHUNS, HOJE


Por Altamir Pinheiro

O título deste texto é uma analogia que faço  ao livro OPOSIÇÃO NO BRASIL, HOJE que foi publicado no ano de 1974 pela  Editora Paz e Terra  obra do professor de direito da Universidade Federal de Pernambuco Marcos Freire, na ocasião atuando como Deputado Federal, logo após foi eleito senador.  O livro foi intitulado “Oposição no Brasil, Hoje” e segundo as palavras do autor era a continuação de sua trajetória política, tendo como objetivo fazer oposição ao sistema opressor e ser um instrumento de protesto ao falseamento democrático no Brasil. Esta época ficou conhecida como ANOS DE CHUMBO...

Pois bem!!! Leio neste blog uma manchete em letras garrafais dizendo o seguinte: IZAÍAS ATENDE PEDIDO DA VEREADORA BETÂNIA. Diz o jornalista Roberto Almeida no desenrolar do texto: “Não interessa se a proposta foi de um vereador da base aliada ou da OPOSIÇÃO e sim que a obra é necessária e quando concluída vai atender dezenas ou mesmo algumas centenas de famílias que moram na área”. E  arremata assim: “Parabéns a vereadora, que defendeu esse pleito e ao prefeito, que   resolveu atender levando em conta os interesses do povo”.

Tem-se visto e veem-se pessoas que no campo da  perseguição política reagem com raiva, com o fígado e batem forte em seus opositores, principalmente se forem donos das respectivas canetas. Na política interiorana municipal nos rincões deste imenso país, oposição é o vereador que se coloca contrário ao prefeito, aquele que faz objeção, que combate as medidas do principal gestor público. Boa parte dos vereadores que compõe uma Câmara Municipal, historicamente,  se subordina aos interesses do prefeito por diversas razões.  Entre elas destacam-se:  pouca capacidade técnica dos vereadores para contrapor o executivo e forte viés clientelista dos mesmos com suas bases eleitorais para se eleger na próxima eleição. Este não é o caso da vereadora citada. Até porque, fazer oposição, no campo democrático, é mais do que LEGÍTIMO por quem quer que seja.

O papel de um vereador da oposição é claro: sempre fiscalizar e, de certa forma, ajudar o governo a errar menos e administrar melhor, criticando, apontando equívocos e improbidades, destacando as consequências de desacertos e denunciando erros e omissões. Que bom seria que o senhor prefeito de Garanhuns abrisse mais esse leque e fizesse  com que a vereadora seja bem recebida nas secretarias municipais. Digo isso em razão de, certa vez,  num bate papo informal com essa guerreira vereadora ela me afirmou que, “PRATICAMENTE”  é proibida de entrar na secretaria de saúde do município e a secretária atual não a recebe para que sejam tratados assuntos do interesse do povo. Daí, pergunta-se: Quem porra é essa secretária que se recusa a receber uma representante do povo só porque é adversária política do gestor, hein?!?!?! É preciso que essa secretária de saúde saiba que, ser oposição não é somente ser contra, mas sim debater e também contribuir.

E o pior é que a coisa tá virando moda. Há um deputado por Garanhuns que, calcinado pela fogueira das vaidades está fazendo uma  varredura completa e irrestrita nos cargos comissionados. Recentemente, duas vítimas dessa mesquinhez política serviram de cobaias ou foram escolhidas como caça às bruxas. Quer dizer, esse que não é, mas está deputado vem    tendo um ataque de autoritarismo seletivo. O dito cujo  faz da perseguição um instrumento de luta política aos seus opositores. Há, sim, muitos modos de fazer política. Mas só uma postura é digna: com a planta dos pés do chão e a coluna ereta.

A perseguição política é uma das formas mais covardes de se manipular e pressionar os seus apartidários, sendo a safadeza ou canalhice um jeito velado de se perseguir. Não podemos expor nosso ponto de vista e manifestarmos qualquer opinião que venha a desagradar os que estão no poder. Uma das formas mais comuns de se penalizar um vereador que não “SE ALINHA”, que “NÃO COMPACTUA” com as ações desmedidas de politicagem de um administrador, um deputadozinho ou um secretariozinho é a perseguição política aplicada para que sirva de exemplo aos demais, forçando-o a se calar. ABAIXO O CORONELISMO!!! Enquanto isso,  fora do fórum(leia-se Câmara de Vereadores) o Povo continua tendo vida de gado. Com suas dores anestesiadas com a “MORFINA” das redes sociais...

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