Roberto Almeida
Meu primeiro artigo em jornal,
bem antes de ir morar no Recife e iniciar o curso na Universidade Católica, foi
publicado no jornal O Monitor, em 1976. O diretor do veículo impresso era Aguinaldo
Barros, um profissional de comunicação de mão cheia.
No Colégio Quinze de
Novembro, durante quatro anos, fui colega de turma de Ariadne Barros, que se
tornou odontóloga e que Deus levou há algum tempo, ainda jovem.
Depois se foi seu irmão,
Bayron Veras, vítima de um acidente de carro. Nos tempos do Colégio XV, ele
estava um ano à minha frente.
Conheci outros dessa
tradicional família garanhuense, caso de “Zeca”, que foi secretário no Governo
Silvino, Adilson, professor do Colégio Diocesano e Seu Reinaldo, a quem meu pai
comprou durante muitos anos, no seu estabelecimento na Rua Melo Peixoto.
E, claro, conheci de perto o
Sr. João Barros, conhecido como João de Bolinha.
Tinha o seu comércio lá para
os lados da Rua Manoel Borba, era presidente do Sindicato do Comércio Varejista
de Garanhuns e uma pessoa humana, afável, sempre sorridente.
Quando saía uma edição do
Correio Sete Colinas, jornal que circulou durante 15 anos na cidade, seu João,
solicitava pelo menos 50 exemplares. Ele sempre os levava em viagens pelo
Brasil, para divulgar através do impresso a sua Garanhuns.
Foi assinante do jornal desde
o início até o fim, lamentando quando o periódico deixou de existir, porque o
trabalho jornalístico se tornou mais viável pela internet.
Neste sábado, foi com
tristeza que tomei conhecimento da morte de João de Bolinha, por um grupo do
WhatsApp. Hoje a notícia repercute em outras redes sociais, como o Facebook.
Dá para perceber como João de Barros e Silva era querido pelos comerciantes, pelos colegas da imprensa, pelo
povo de Garanhuns.
Deixa aqui uma lacuna, mas
vai fazer companhia lá no céu a outros entes queridos da família, como
Aguinaldo, Ariadne e Bayron.
A todos da família Barros a
minha solidariedade, os meus sentimentos mais sinceros por um homem
verdadeiramente de bem.
Que Deus o acolha com muita
luz, com toda honra.
Garanhuns, neste domingo,
chora por João de Bolinha, mas sabe que ele aqui semeou o bem e cumpriu a sua
missão.
O luto ou o voto de pesar para com aqueles que convivemos é sempre eterno, assim como as saudades e as lembranças que ficam de uma amizade formalizada há bastante tempo como era o meu caso com o mestre respeitoso João de Bolinha. Ele adorava ouvir minhas opiniões políticas...
ResponderExcluirP.S.: - Que Deus ilumine a sua vida eterna e conforte o coração daqueles familiares que ficaram para cumprir sua missão aqui na terra.
Quando eu estudei no Colégio Diocesano de Garanhuns de 1977 a 1979 tive a felicidade de aprender com ele as histórias verdadeiras que ele contava em sala de aula.Uma certa vez eu perguntei a ele como ele conseguia dá as aulas sem livros? E ele me respondeu calmamente e competentemente assim: "quando você aprende se memoriza tudo e quando mais a gente fala os assuntos fluam suavemente".
ResponderExcluirAo mestre dos mestres os meus sentimentos de pesar verdadeiros por ter sido o seu discípulo no Colégio Diocesano de Garanhuns, o querido colégio, o querido lar da Ciência e da fé!