Por Roberto Almeida
Sarney foi presidente da República por conta da morte de Tancredo Neves.
Sarney foi presidente da República por conta da morte de Tancredo Neves.
Se
comportou no cargo como um coronel do Maranhão, fez a política do toma lá, dá
cá. Ninguém de juízo o imagina um cidadão acima de qualquer suspeita.
Temer
foi presidente porque Dilma, a titular do cargo, foi inábil politicamente, não
atendeu à fome dos deputados por dinheiro, cargos e poder.
A
primeira mulher a governar o Brasil foi reeleita, o que significa que seus
primeiros quatro anos agradaram pelo menos a metade da população e mais um
pouco.
Não
pôde concluir seu trabalho porque além dos parlamentares - uma maioria de
corruptos - se juntaram para derrubá-la setores do judiciário, grandes
empresários, jornalistas de caráter duvidoso e principalmente seus patrões.
Temer,
no governo, foi um Sarney mais diplomático, menos grotesco, apesar da cara de vampiro.
Com
suas ênclises, próclises e mesóclises, iludiu incautos, como no passado fez um
outro presidente, um maluco de nome Jânio quadros.
Michel
Temer foi denunciado por corrupção duas vezes pelo Procurador Geral da
República, mas não foi investigado pelo Supremo Tribunal Federal porque uma
votação na Câmara Federal impediu.
No
Brasil é assim: se você rouba um pão ou uma galinha para matar a fome apanha da
polícia e vai em cana.
Mas
se o sujeito rouba milhões pode se dar bem, é proibida até a investigação dos
seus crimes, quanto mais o julgamento.
Fernando
Henrique se elegeu como social democrata, porém junto com o PFL (hoje DEM) fez
um governo de tramoias, com escândalos nas privatizações. Depois de sair da
presidência comprou um apartamento luxuoso em Paris e se deu ao luxo de namorar
uma jornalista da TV Globo.
Devia
gostar muito dela, pois reconheceu como filho seu (de FHC), uma criança que o
DNA provou ser de outro.
Lula,
como seu antecessor, governou oito anos. O tal de mensalão, denunciado pelo
escroque Roberto Jefferson, manchou a gestão e o PT, que a partir daí passou a
ser criminalizado.
Líder
petista, no entanto, fez com que o Brasil vivesse a sua melhor época.
Fez
o dinheiro girar na economia, criou empregos, espalhou universidades e institutos
técnicos pelo país, pagou o FMI, transformou o Brasil na sexta economia do
mundo e passamos a ser respeitados na Europa, na América do Norte, em qualquer
continente.
Foram
tempos tão bons que Lula lançou como candidata uma mulher que sequer disputara
uma vaga numa Câmara de Vereadores e ganhou a eleição.
Com
a desilusão de Temer, que os golpistas venderam como a solução para o país,
abriu-se espaço para mais um Salvador da Pátria, tipo Collor de Melo.
O
ex-governador de Alagoas se elegeu com fama de caçador de marajás e Jair
Bolsonaro garantiu ser honesto e deu a entender que iria acabar com a violência
e todo tipo de safadeza.
Com
Lula e Dilma (e mesmo com Sarney, Itamar e Temer), não se viu filhos ou irmãos
apitando no governo e enriquecendo às custas do dinheiro público.
Até
inventaram umas coisas com os filhos de Luís Inácio da Silva, que tiveram suas
vidas vasculhadas, no entanto ficou provado que eram inocentes. E eles seguem
em paz, sofrendo, é verdade, por ter o pai encarcerado.
Lula
foi operário bem remunerado, deputado federal, presidente oito anos e poderia
ter saído muito rico da presidência.
Não
acumulou muitos bens, está claro, porque se isso tivesse acontecido já teria
sido mostrado na televisão, nos jornais e capas de revista.
Na
falta do produto do roubo, arranjaram um muquifo e um sítio, disseram que
empreiteiras fizeram obras para beneficiar o ex-presidente nesses imóveis e
disso não passa a alta corrupção do Lula.
Esse
apartamento, o tal tríplex do Guarujá, inferior ao que mora em Garanhuns o
empresário Luís Claudino (Dudu), que foi prefeito de Capoeiras, é da OAS. Pelo
menos é o que provam os documentos.
Com
o sítio a história se repete.
E
o cara está condenado a 25 anos de prisão por dois imóveis que não são seus,
através de sentenças criticadas por juristas respeitados nacionalmente e no
exterior.
Segundo
advogados que leram os documentos, uma das sentenças, a segunda, foi copiada da
primeira, uma “cola”, tal qual se faz quando se estuda no primeiro ou segundo
grau.
Tudo
é tão absurdo, surrealista mesmo, que o ex-governador e ex-prefeito de São
Paulo, Paulo Maluf, que tem fama de ladrão, deu uma entrevista outro dia
considerando ridículas as acusações contra Lula e sua condenação.
Ele
só faltou dizer, na televisão: eu sou desonesto, mas o Lula não. Garantiu com
todas as letras que o ex-presidente é um cidadão correto e que não iria nunca
sujar sua biografia com dois imóveis chinfrins, para quem foi presidente da
República.
Agora,
estamos no governo Bolsonaro. Que tem ministro colombiano dizendo que todo
brasileiro é ladrão, uma ministra que vê sexo em tudo e que garante ter
conversado com Jesus num pé de goiaba. Outros ministros são acusados ou
investigados por negócios suspeitos, os filhos do presidente se metem em tudo,
generais ocupam mais da metade da administração atual, mas nem todos os homens
do alto comando das forças armadas estão satisfeitos com os rumos que o Brasil
está tomando.
Até
o Sérgio Moro, sem forças para fazer o trabalho a que se comprometeu, humilhado
pelos bolsonarianos, já estuda uma saída do governo, segundo revelou em
reportagem o jornal Estado de São Paulo.
Lula
não falava inglês, às vezes tropeçava no português, mas sempre soube se portar
com muita dignidade.
Bem
vestido, esteve com reis, rainhas e presidentes dos países mais importantes do
mundo. Nunca fez vergonha, apesar de alguns milhares de idiotas, por puro
preconceito ou ideologia o chamarem de apedeuta, analfabeto e outras coisas
mais.
“Lula
ladrão” é uma frase que se escreveu e se disse tanto que cansou, mesmo que
nunca tenham encontrado o produto do roubo.
Nunca
vimos nas redes sociais os idiotas de plantão bramindo: Fernando Henrique
ladrão! Sarney ladrão! Temer ladrão!
Ora
bolas, por que?
Sarney
é da elite do Maranhão, escreveu livros que poucos leram, porém foi o bastante
para entrar na Academia de Letras.
Fernando
Henrique Cardoso é filho de militares, é intelectual, tem pose de príncipe,
fala vários idiomas e nunca passou necessidade na vida.
Temer
é um craque no vernáculo, quem sabe se na sua aposentadoria não escreve uma
nova gramática ou mesmo um dicionário para superar o Aurélio.
Seria
muita ousadia chamar tais homens, nascidos em “berço de ouro” de ladrões. Rico
nunca rouba, no máximo desvia e não deixa rastros.
Restou
a Lula, natural do Sítio Várzea Comprida, retirante nordestino e ex-operário em
São Paulo a fama de lalau.
É
o único nesse mundo político, pois até o Flávio Bolsonaro e seu motorista
Fabrício Queiroz são honestíssimos.
Tudo
é uma questão de classe social, de ideologia, de conhecimento e ignorância.
Tanto
que se ganha uma eleição presidencial pelo WhatsApp
e com uma bela frase de efeito: “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”!.
O
nome de Deus é usado para tudo, para ganhar dinheiro e vencer eleição.
Serve
até quando alguém usa arminha, empunha uma metralhadora e assume de brincadeira
(?) a promessa de matar petralha.
“Tudo
está no seu lugar, graças a Deus”, cantou Benito de Paula no passado, frase
repetida no Governo Temer por um deputado que agora está com Bolsonaro.
O
Brasil causa espanto ao mundo, não por reduzir as desigualdades e a fome, como
na época do Lula. Mas porque o atual presidente, hostilizado por milhões, no
carnaval, resolveu se vingar mostrando na internet imagens de um homem com o
dedo no ânus e urinando na cabeça de outro.
Não,
as coisas não estão nos seus lugares. A história ainda vai mostrar quem são os
verdadeiros bandidos, quanto se mentiu, se forjou, se manipulou, tudo para
impedir que o povo tivesse vez e voz, fosse tratado como gente, fizesse três
refeições por dia.
No
momento atual, os salários perdem o poder aquisitivo, o desemprego cresce, os
preços sobem nos supermercados, adolescentes e adultos ocupam os sinais de
trânsito atrás de algum trocado, os pedintes voltam às portas das casas, homens
e mulheres do povo inventam qualquer negócio para sobreviver.
Fundação
Getúlio Vargas, um dos órgãos mais respeitados do Brasil, revelou há poucos
dias que o país viveu a sua melhor época em 500 anos quando Lula estava na
presidência.
Como
prêmio ele está preso, enquanto os verdadeiros ladrões estão dando risada, nas
salas com ar-condicionado, em suas mansões, iates, torcendo para que a Lei
Áurea também seja abolida e a escravidão volte a ser constitucional.
*Foto: Jornal El País
O BRASIL TÁ UM CABARÉ SÓ!! MANDA QUEM PODE E OBEDECE QUEM TEM JUÍZO!!
ResponderExcluirO Brasil virou um surubão só!! Surubão miliciano!!
ExcluirOs jornalistas tem um função e um papel a desempenhar muito importante na sociedade moderna.Traz-nos mensagens importantes e esclarecedores.Valeu,Roberto Almeida o mestre dos mestres.
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