Do
jornalista e historiador Emiliano José
A
cabeça de Lucas Dantas, espetada no Campo do Dique.
A
de Manuel Faustino, no Cruzeiro de São Francisco.
A
de João de Deus, na Rua Direita do Palácio.
A
de Luís Gonzaga, na Praça da Piedade, onde os quatro foram enforcados, e os
corpos, esquartejados, no dia 8 de novembro de 1799.
Na
Revolução dos Alfaiates foram escolhidos para dar exemplo, para pobre nenhum se
meter mais a besta de querer mudar o mundo. De 48, acusados pegaram quatro
pobres, dois alfaiates e dois soldados.
Durante
cinco dias, a população de Salvador, olhou nos olhos mortos dos quatro, para
suas cabeças despregadas dos corpos, espetáculo macabro.
As
cabeças só foram retiradas no dia 13 de novembro, cinco dias após o
enforcamento.
Gostariam
de fazer o mesmo com Lula.
A
crueldade, perversidade, violência de nossas classes dominantes são as mesmas.
Sua
mentalidade escravocrata persiste, seu sadismo é incontrolável.
Lula,
como aqueles mártires, paga o preço de ter lado e de ter sido pobre.
Tentam,
como há 220 anos, esquartejá-lo.
Como
não podem fazê-lo como dantes, não obstante o desejo, tentam esquartejar sua
alma, arrebentá-lo por dentro cumulando-o de penas, com sentenças esdrúxulas. Sabem
de sua inocência, e tornam essas penas uma demonstração de que podem condenar,
apesar da inexistência de qualquer culpa.
É
culpado por ter feito um governo para os pobres.
Querem
esquartejá-lo por dentro, exibir esse esquartejamento, para que outros pobres
não se metam mais a besta.
Têm
a pretensão de que ele morra preso.
Lula
tem demonstrado uma resistência impressionante.
E
a solidariedade a ele cresce aqui e em todo o mundo.
Os
quatro mártires da Revolução dos Alfaiates tornaram-se heróis da pátria, por
decisão da Câmara Federal.
Lula,
vivo, já é um herói da Pátria.
E
tanto mais se torna quanto mais tentam impor-lhe penas absurdas e aumentar seu
sofrimento.
Lula
livre!
*Reproduzido
do Conversa Afiada
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