O capoeirense Luís Carlos
como Carlitos, no Casarão das Artes
Quem foi à Praça Mestre
Dominguinhos, ontem à noite, ficou deslumbrado com o show de Flávio Venturini.
Alguns amantes da boa música registraram que somente a apresentação desse artista
valeu pelo Festival de Inverno inteiro.
Mas bem antes das
apresentações no palco principal, a cidade fervilhava nas principais ruas e
avenidas.
Na Praça Souto Filho, que
sedia os eventos literários, um bom público prestigiou o lançamento do livro “Lampião,
o Cangaço e Outros Fatos no Agreste Pernambucano”, de autoria do capoeirense
Júnior Almeida.
Pessoas de Garanhuns, Caetés,
Paranatama, Capoeiras, Angelim e outras cidades da região prestigiaram o evento
literário.
Foram recitadas poesias
retratando o fenômeno do cangaço, o autor e pessoas do público estabeleceram um
diálogo a respeito de Lampião, Maria Bonita e outras figuras lendárias da
história brasileira, a maioria destacando a importância do livro para a nossa
região.
Pertinho, no Parque Euclides
Dourado, por volta das 16h30, circulava tanta gente no local que parecia uma
multidão entrando ou saindo de um estádio de futebol.
Gente de todas as tribos,
pessoas bonitas, a maioria de outras cidades, demonstrando encantamento com a
beleza da cidade e do lugar.
Agasalhados, tomando
chocolate quente, jovens sorriam, curtindo o clima frio de Garanhuns.
O Festival, como já tivemos
oportunidade de escrever aqui, se espalha por todos os lados da cidade.
Lá pelo centro passaram os
caboclinhos, no palco da cultura popular, na catedral se fez mais um concerto
de música refinada e no Castainho, já na zona rural, uma oficina cultural
movimentou a comunidade quilombola.
Hoje a movimentação promete:
Afinal de contas além do Parque Euclides Dourado, da Praça da Palavra, do Pau
Pombo e da Cultura Popular na Santo Antônio, na Mestre Dominguinhos, no palco
principal, tem a diva Vanessa da Mata, com sua “Caixinha de Música”.
A estrela vai cantar músicas
de sua autoria, vai resgatar Márcio Grey, vai dar um tom roqueiro a uma música
gravada pelos caipiras Milionário e Zé Rico.
Vai enternecer a praça com sua voz
suave que lembra a de Gal Costa 30 anos atrás.
Em meio a tanta coisa boa,
tantos artistas de valor, tem gente preocupada apenas com a decoração da Rui
Barbosa, que ficou feia, porém sem tirar a beleza de Garanhuns e do próprio
Festival.
Tem gente que gosta de
dramatizar, superestimar, se apegar a coisinhas.
Mentes pequenas, aprisionadas
em lugares pequenos, que juram pensar grande.
Um segundo
Foi o que precisou
Pra mudar como eu estava
Eu já não queria amar mais
Voltei a cantar
Foi o que precisou
Pra mudar como eu estava
Eu já não queria amar mais
Voltei a cantar
Um segundo
Do seu olhar profundo
Foi o que precisou
Pra me salvar de onde eu estava
E a perceber coisas belas
Que eu não cultivava mais
Do seu olhar profundo
Foi o que precisou
Pra me salvar de onde eu estava
E a perceber coisas belas
Que eu não cultivava mais
Um dia distraída
Céu claro tom de âmbar
Um rosto limpo novo clima
A companhia tudo
Têm gente que faz destruir
Ele me fez melhorar...
Céu claro tom de âmbar
Um rosto limpo novo clima
A companhia tudo
Têm gente que faz destruir
Ele me fez melhorar...
(Trecho de “Caixinha de Música”, de Vanessa da Mata).
*Fotos: Oliveira Ana, Júnior
Almeida, Página do FIG no Facebook
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