La Casa de Papel é um sucesso
estrondoso de público no Brasil, na Argentina, no Uruguai e até na Turquia.
Mas a série espanhola, criada
por Álex Pina, quando estreou em seu país de origem, na TV aberta, teve
audiência modesta.
O que impulsionou mesmo a
produção foi a exibição pela Netflix, que está hoje em quase todos os lugares
do mundo e permitiu que a o ritmo ágil da minissérie conquistasse corações e
mentes em diferentes países do mundo.
Para quem não sabe ainda como
é La Casa de Papel, aqui vai um pequeno resumo: é história de um grupo de
ladrões que resolve realizar o maior assalto da Espanha.
O grupo não vai atrás de um
banco qualquer, mas simplesmente resolve entrar na Casa da Moeda, fazer
reféns, passar dias no local fabricando o dinheiro do assalto. Milhões e
milhões, dinheiro para não acabar mais e tornar todos muito ricos.
Todo o plano é bolado e
comandado pelo “Professor”, que pegou a ideia do seu pai e vai concretizá-la em
sua homenagem.
Os bandidos recrutados para a
ação não se conhecem e durante o assalto usam nomes falsos, tomados
emprestados de cidades do mundo: Berlim, Moscou, Tóquio, Denver, Nairóbi,
Helsinque, Oslo e assim por diante.
Assaltantes simpáticos, que
logo nos primeiros capítulos da série ganham a torcida do público. Não há como
não querer sucesso deles, mesmo que isso seja “politicamente incorreto”.
Tóquio é magra, charmosa e
meio louquinha. Denver é muito humano, Rio tem jeito de bom menino, Nairóbi se
revela solidária e apenas Berlim parece mesmo do mal, um verdadeiro psicopata.
O professor, que não entra na
Casa da Moeda, porém sabe tudo que está acontecendo lá dentro e também fora, é
fascinante por sua inteligência, segurança, pelo projeto traçado nos mínimos
detalhes, prevendo o que ia acontecer com os assaltantes após dias de
confinamento e também os passos da polícia.
Os policiais, pelo que se vê
na série, são piores que os bandidos. Talvez à exceção seja Raquel Murillo, à
frente da negociação com os assaltantes e que tem diálogos incríveis com o
professor, que fala com ela com a voz alterada pelo computador.
“La Casa de Papel” pode ter
coisas inverossímeis, amores improváveis e usar velhos clichês de novelas ou de
filmes de ação ou suspense.
Mas não há dúvida de que a
história, a direção e atuação dos atores funciona, quem assiste se envolve, não
consegue largar do televisor e fica “doido” para saber como vai terminar tudo.
É difícil acreditar que os
marginais vão se dar bem dentro da “ratoeira”.
O roteiro não é tão
previsível como apontam alguns críticos e a inesperada paixão entre a inspetora
chefe e o professor surge naturalmente, mas é impossível imaginá-la nos
primeiros capítulos.
Enfim, além das qualidades de
uma boa aventura, dos bons figurinos utilizados, da direção segura, o elenco da
série é bem afinado, com destaques para Úrsula Corberó (Tóquio), Álvaro Morte (Professor), Itiziar Ituno (a inspetora), Paco Tous
(Moscou) e Enrique Arce (Arturo, um dos reféns, que consegue se tornar o cara
mais insuportável da trama).
La Casa de Papel, que deveria
ter somente duas temporadas, fez tanto sucesso pelo mundo que vai ganhar uma
continuação.
Já está certo que em 2019
teremos a terceira temporada do megassucesso espanhol.
Não é um produto de arte, não chega a ser cinema, mas é ótimo entretenimento, cumpre muito bem ao que se propõe.
Não é um produto de arte, não chega a ser cinema, mas é ótimo entretenimento, cumpre muito bem ao que se propõe.
*Fotos de diferentes sites de cinema e TV: 1) Os assaltantes com as máscaras de Salvador Dalí; 2) Álvaro Morte, que interpreta o professor; 3) Itiziar Ituno, a charmosa inspetora; 4) E o visual de Úrsula Corberó, a ousada Tóquio.
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