Depois
de dois anos e meio volto ao Recife, cidade em que morei por 18 anos, fiz
cursinho pré-vestibular, entrei nas faculdades de direito e farmácia, na UFPE, mas terminei estudando mesmo foi jornalismo, na Católica.
Na capital residi no simpático bairro da Torre, em
Casa Amarela e Casa Forte.
Trabalhei na velha Rádio Clube, no Diário, no JC,
Folha e TV Pernambuco. Tive uma boa escola na profissão.
No Recife vivi um casamento de 15 anos com uma
mulher inteligente, digna e excelente gosto para a leitura, a música e as artes
em geral.
Com ela tive três filhos maravilhosos: Roberta,
Lulinha e João Paulo.
O tal de "temperamento" nos
distanciou, casei novamente e passei a viver em Garanhuns.
Aí vieram mais filhos: Daniela, Tiago e
Carolina, além de Vitória, de uma outra relação.
Amo todos eles. Estão crescidos, cada um já
tomou seu caminho e nesta rara saída de casa estou na capital para visitar
filhas e netos.
Rever Carolina, depois de um mês que ela saiu
do nosso convívio diário,
Passar uma tarde com Roberta e enfim conhecer seu
apartamento, comprado com muito esforço, graças a seu trabalho como professora
de Olinda e Recife.
Abraçar Cassiano, conhecer meu sexto neto,
Pedro, ficar algumas horas pertinho de Daniela e seu maridão Kaio, que ouve sem
parar discos em vinil - Moraes Moreira, Fagner, Belchior, Ednardo, Roberto
Carlos, Chico Buarque, Marisa Monte, Beatles - um monte de cantores bons que eu
ouvia na "radiola" quando meu genro nem era nascido.
Revi Boa Viagem, o mar, mergulhei, nadei,
recuperei por alguns instantes a juventude deixada pra trás.
A praia mais badalada da capital pernambucana é
a mesma, mas apresenta algumas inovações, em relação aos anos 70, 80 e 90.
Tem de tudo: vendem diferentes espécies de
peixe, amendoim torrado e cozinhado, queijo de coalho na brasa, sorvete e picolé
de todo tipo, ostra gelada, água de coco, cerveja, caldinho de mocotó, camarão, lagosta...
E, aí pelo menos pra mim e Terezinha, que há
tempos não íamos à praia mais badalada do Recife, a novidade: esses vendedores de comida e bugigangas,
que trabalham sob o sol escaldante para sobreviver, agora aceitam cartão de
crédito no pagamento.
Se o freguês estiver sem dinheiro não tem problema: O
Visa, o Credicard ou o Elo resolvem a questão.
Muita felicidade nesses dois dias, longe da
província, das fofocas, das mesquinharias políticas, da insensibilidade de
alguns que só alimentam o próprio ego.
Estou perto de quem amo, estou matando saudades
e quando retornar, neste domingo, terei pertinho de mim outros amores imensos:
minha mãe Maria das Neves, o mano Júnior, Vitória, Lulinha Almeida, minhas
netas Luana, Fernanda, Clarice e Lara, além de amigos que são verdadeiros
irmãos, como Jorge Cordeiro, Luizinho Roldão e Maria Almeida.
Deus me dê saúde e forças para seguir em
frente, proteja minha família, meus irmãos, meus amigos. Todos eles.
Um bom início
de semana para meus amigos (as) leitores (as). Beijos no coração.
*O texto foi feito no domingo pela manhã, originalmente para o Facebook. Hoje recebeu alguns acréscimos e as devidas adaptações para o blog.
Li e gostei,amigo Roberto Almeida,colega da Universidade Católica de Pernambuco quando estudei química por 4 anos.Voltar a Recife é navegar e recordar os bons e os maus momentos da vida.Parabéns!
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