Por Altamir Pinheiro
MELVIS... É onde mora há mais de dez anos, Alessandra Ferreira, uma
professorinha brasileira que leciona história / geografia / inglês / português
e nos manda notícias de lá. POIS BEM!!! Oficialmente a cidade é conhecida como
Memphis, mas para os mais íntimos, é MELVIS. Os fãs de Elvis Presley sabem
muito bem do que se trata ou o que está se falando. Memphis é
uma parada obrigatória para saudar o cantor e ‘’ator’’ que ainda “VIVE”
personificado por pessoas do mundo inteiro. Para quem gosta de estatística,
MEMPHIS ou MELVIS é uma cidade relativamente jovem e está localizada a beira do
rio Mississipi. Com uma população de aproximadamente 650 mil habitantes, é uma
das principais cidades da região centro-sul e a maior do Estado do
Tennessee à frente da capital Nashville, em que pese Memphis
ser a capital do Blues. Como
curiosidade, Martin Luther King, foi pastor protestante, ativista de direitos civis
dos negros e ganhador do Premio Nobel da Paz em 1964. Em 1968, ele foi
assassinado em Memphis.
No tocante a carreira musical, o estilo de Elvis era contagiante e fazia
admiradores em todas as faixas etárias e classes sociais, embora fosse
condenado pelos conservadores, que o considerava um atentado aos bons costumes.
Elvis dançava e requebrava com sua guitarra, num estilo empolgante e
revolucionário para a época.
Além da música, Elvis também atuou no
cinema fazendo grande sucesso. Seus filmes eram recheados com canções de
sucesso e levavam milhões de pessoas as bilheterias de cinemas do mundo todo.
Seu primeiro filme foi “Love me Tender” de 1956. Os anos 70 não foram
tão bons para o ídolo do rock, embora o sucesso continuasse a todo vapor.
Enfrentou problemas pessoais, passou a aparecer poucas vezes em público,
permanecendo grande parte do tempo em sua mansão. Elvis Presley morreu em
16 de agosto de 1977(com apenas 42 anos de idade), em sua mansão no
Memphis (Tennesse) de ataque cardíaco fulminante. Atribuem-se seus problemas de
saúde, inclusive sua morte, ao uso exagerado de barbitúricos. Sua carreira
musical durou 23 anos. No próximo dia 16 completará 40 anos de
sua morte.
No tocante à carreira de ‘’estrela do cinema’’ é preciso
que se diga o seguinte: o escritor Clair
Huffaker é autor de excelentes roteiros como “Os Comancheiros”, “Rio Conchos” e
o imperdível filme “Gigantes em Luta”, faroestes que recomendam plenamente o
autor. O paulistano e pesquisador de filmes faroestes Darci Fonseca nos
confirma que o primeiro roteiro que o bom escritor Huffaker fez para o CINEMA
foi sobre a história “Estrela de Fogo” (Flaming Star), em 1960, dirigido por
DON SIEGEL. Diretor este, que dispensa comentários. O projeto inicial era
ambicioso e deveria ter Marlon Brando e Frank Sinatra como os principais
protagonistas nesta película cinematográfica. Nem Frank nem Brando puderam
fazer o filme e o empresário de Elvis Presley, estava atrás de um filme mais
sério que mudasse um pouco a imagem do cantor. Elvis pretendia ter como ator omesmo
respeito que possuía como cantor e “ESTRELA DE FOGO” parecia ter sido feito sob
medida para iniciar a nova fase do Rei do Rock’n’Roll no cinema.
DON SIEGEL(faleceu
vítima de câncer, em 1991 aos 79 anos) foi um dos mais respeitados
entre os diretores do SEGUNDO ESCALÃO de Hollywood. Com orçamentos modestos fez
inúmeros filmes excelentes. A partir de “Estrela de Fogo” a cotação de SIEGEL
subiu sem parar e nos anos 60 e 70 ele passou a dirigir grandes produções com
astros como Clint Eastwood (cinco vezes), Lee Marvin, Henry Fonda, Charles
Bronson, Walter Matthau e foi diretor do último filme de John
Wayne. A competência de Don Siegel é comprovada com o bom “Estrela de Fogo”, em
que mescla cenas de grande dramaticidade com perfeitas sequências de ação. E o
maior mérito de Don Siegel é ter conseguido extrair de Elvis uma atuação que
pode ser chamada de aceitável. Muitos consideram esta a melhor interpretação de
Elvis como ator, o que não quer dizer praticamente nada diante da mediocridade
que foi sua carreira no cinema. Agora, ESTRELA DE FOGO(1960) é
considerado o melhor filme de Elvis junto com
o também faroeste
LOVE ME TENDER(1956). Porém, seu maior momento cinematográfico foi o razoável filme
FLAMING STAR (Estrela de Fogo).
O rei do rock atuou
em três filmes de bang bang: Love Me
Tender(ama-me com ternura - 1956), sendo que foi o
seu primeiro trabalho em Hollywood, de uma média sequência de filmes que
iria estrelar até 1969. Neste filme ele estava com apenas 22 anos; Flaming
Star (Estrela de Fogo – 1960), Com a idade de 25, sendo esse o seu
melhor filme de cawboy. Estrelou o faroeste CHARRO em 1969, aos
34 anos de idade. A paciência do seu empresário Parker durou apenas mais um
filme (“Coração Rebelde”, de 1961) após o que ele obrigou Elvis a voltar para
as comédias insonsas. Em 1969 um Elvis Presley fortemente influenciado pelos
anti-heróis dos spaghetti-westerns atuou em “CHARRO”, em tudo inferior a seu
maior momento cinematográfico que foi “Estrela de Fogo”.
Por fim, às 2 horas
da tarde do azarado mês de agosto de 1977(há 40 anos), no banheiro da mansão
GRACELAND, no Tennessee, o coração de Elvis parou de bater. O cantor/‘‘ator’’
foi encontrado por sua noiva - na época, Ginger Alden, em frente ao vaso
sanitário, de barriga para baixo e calças arriadas. A causa oficial foi
arritmia cardíaca, uma condição que só pode ser identificada em pessoas vivas.
Por outro lado, a família Presley possuía um histórico de doenças coronárias.
Em sua autopsia, foram encontrados 15 medicamentos diferentes em seu corpo, dos
quais 10, em quantidades perigosas (dez vezes a quantidade terapêutica do
anestésico codeína, à base de morfina). Quando os paramédicos chegaram, o corpo
já estava ficando azul e frio. No caminho para o Baptist Memorial Hospital,
tentou-se sem sucesso uma reanimação, afinal "ERA O ELVIS". Ele foi
declarado morto às 15:16, sem qualquer investigação na mansão, fotos do
banheiro ou consideração pelo fato de que ele tomava remédios como se fossem
garapa...
assista
ao vídeo de 3 minutos do melhor filme do rei do rock,
dentre os 16 em que ele foi protagonista. Trata-se de ESTRELA DE
FOGO que é uma fita senão magistral, mas bastante razoável. Bem
dirigida, bem interpretada e bem argumentada por seu roteirista. E a direção
magistral de Don Siegel é também um filme muito bem fotografado e repleto de
tudo que o mais exigente espectador deseja ver em um filme.
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