Por
Altamir Pinheiro
Completaram-se
3 anos, neste mês de maio que, camadas populares de diversas cidades
brasileiras foram surpreendidas com a propagação de um boato de que o Bolsa
Família, principal programa de transferência direta de renda do governo
federal, SERIA SUSPENSO. Com a notícia espalhando-se rapidamente por milhares
de municípios nordestinos, populações locais prontamente valeram-se das
casas lotéricas e agências da Caixa Econômica Federal para sacarem os valores
relativos ao benefício, o que, em alguns casos, gerou tumulto, revolta e
depredações. Em poucos dias, conforme divulgara a Caixa Econômica, foram
sacados das agências milhões de reais, ao passo que, em decorrência da
comoção social provocada, alguns pagamentos foram adiantados, não obstante a
existência de calendário próprio.
Como se
sabe, o assistencialismo brasileiro custa caro aos cofres públicos e seus
resultados são insatisfatórios. Para que haja mudanças na realidade social dos
indivíduos marginalizados é necessário um acompanhamento processual através de
projetos elaborados de acordo com as necessidades de cada comunidade, ou seja,
uma ASSISTÊNCIA SOCIAL ao invés de um ASSISTENCIALISMO. Um dos problemas
provocados ou causados pelo assistencialismo é a conservação da situação de
carência das camadas marginalizadas por finalidades político-econômicas, visto
que, por ser uma prática de doação, é um ótimo meio de construção de uma imagem
favorável dos doadores em relação a certos públicos (principalmente os mais
desinformados). Apesar de, até onde se conheçe um ou uma Secretária de
Assistência Social que se preza, ela tem por obrigação afirmar que, com exceção
do programa BOLSA FAMÍLIA, os outros programas sociais, quase sempre não são
ETERNOS e sim PROVISÓRIOS...
Mas o
pior é saber que o assistencialismo “APENAS” piora a situação, pois mesmo com o
fim deste, não há melhoras consideráveis nos serviços públicos se não houver
incentivos à iniciativa privada para ser acessível aos brasileiros e suprir a
maioria da demanda. É simples, o serviço público é gratuito, porém possui
oferta limitada. Acontece que essa gratuidade gera uma demanda “INFINITA”, se a
demanda é maior que a oferta, claro que haverá escassez, gerando prejuízos aos
cidadãos como consumidores, como atrasos, erros, má qualidade e precariedade
devido ao alto custo com benefício próximo a zero.
Nesses
últimos dias, uma grande parte das Secretarias de Assistência Social da
redondeza está ouriçada, chateada ou aborrecida, com os nervos a flor-da-pele
com medo que haja transformações bruscas na assistência social do país como um
todo. A coisa é preocupante e, a assistência social da região do agreste
meridional está em "PÉ DE GUERRA", haja vista as indefinições
momentâneas dos senhores ministros das áreas sociais, como também os
prognósticos e os disse-me-disse que estão aí por vir. Então, O REMÉDIO É
ESPERAR!!!
O
fantasma da subnutrição e da desnutrição, causado pela miséria, continua
vivendo e rondando esse nosso Nordestão de meu Deus. Para o jornalista
Gilberto Dimenstein, um especialista no assunto, o cidadão brasileiro
desfruta de uma cidadania aparente que ele denomina de CIDADANIA DE PAPEL.
A verdadeira democracia implica na conquista e efetividade dos direitos
sociais, políticos e civis. É necessário que a sociedade tenha conhecimento da
verdadeira importância de ser cidadão, para possuir a capacidade de conhecer e
perceber os seus direitos e reivindicá-los, no sentido de que o conceito de
cidadão SAIA DO PAPEL, e se legitime, através da incorporação da identidade de
um indivíduo marcado por suas vitórias, como sujeito construtor e co-autor de
uma cidadania democrática.
Enquanto
isso não chega, enquanto não aparece uma política fortalecida a médio e
longo prazo o que não se pode perder de vista é o que está aí e o que já fora
conquistado. Esta é a preocupação generalizada de todos os Secretários de
Assistência Social da Região do Agreste Meridional. Deixando bem claro que, o
secretário da área social que se preza, tem como senso de responsabilidade
informar ou afirmar que, tirante o programa BOLSA FAMÍLIA, todos os
outros são, quase sempre, TEMPORÁRIOS e não DEFINITIVOS!!!
No campo
da assistência social restrito ao BOLSA FAMÍLIA, para o brasileiro ter
ideia o que aconteceu naquele maio de 2013, basta mensurar a importância do
programa, basta ver o peso que o programa tem e o que representa para uma
população de 13 milhões de família ou 50 milhões de pessoas(uma Argentina
dentro do Brasil), basta dizer que seus respectivos beneficiados ou
beneficiários levam para casa(ou deixa no comércio) a bagatela de cerca de 30
bilhões de reais anuais. Não é à toa que, As multidões donde,
angustiadas, foram arrastadas às agências da Caixa Econômica Federal pela
informação falsa, naquele fatídico mês de maio de 2013, mostram que
qualquer grupo político que, no poder, tente desidratar ou se atreva a
extrair o programa para atender ao clamor da área conservadora, está
fadado ao suicídio político. É uma pena que, esse importante programa não
seja consumado em DEFINITIVO como um PROJETO DE ESTADO e sim, continuar,
lamentavelmente, como um programa de governo, ainda!!!
Disse tudo: o bolsa família deveria ser uma política de Estado e não de Governo.
ResponderExcluirDiscordo do ator do testo e de quem fez o comentario - Essa tal de bossa familia virou uma maquina de fazer gente morto de priguiça e mulher parir todo ano um minino para o marido receber 3 mil e comprar uma moto uzada pra eles andar. O povo do PT são chei de priguiça e incentiva os outro a não trabalhar. Por essa causa eu sou contra.
ResponderExcluirDEPOIS DE UMA AULA DE GRAMÁTICA DESTA, SÓ FALTA MESMO O PRESIDENTE MICHEL TEMER ENVIAR UMA MEDIDA PROVISÓRIA PARA O CONGRESSO NACIONAL DANDO CABO DE UMA VEZ POR TODA, EM DEFINITIVO, DO EMPREGO PRONOMINAL, DA PRÓCLISE, ÊNCLISE E MESÓCLISE...
ResponderExcluirExistem erros cometidos pelos partidos que não tem lógica nenhuma.Quando estão no governo criam os seus programas sociais e depois que perde o governo e os sucessores dão sequências melhorando o sistema e ampliando-os procuram atacá-los piedosamente.
ResponderExcluirQuem criou os programas sociais foram justamente o Fernando Collor,José Sarney e que FHC ampliou as bolsas famílias para 3,5 milhões de famílias. O Lula ampliou para mais de 13 milhões de famílias.
Que o programa precisa de um recadastramento geral isto é um fato.Agora,o PSDB e PFL hoje DEM ir a televisão e tachá-lo de "BOLSA ESMOLA" foi um desprezo muito grande diante das pessoas que recebem essa ajuda de governo e graças as elas muitos não passam fome.
Pois no interior a agricultura está falida.O êxodo na zona rural é muito forte graças a lei sindical que deu direito aos moradores e que os fazendeiros sejam pequenos ou médios e grandes não querem nenhum morador e com isto ficou muito difícil se ter alguma pessoa para trabalhar na agricultura.
As Cohab estão cheia de gente ociosas sem fazer nada.Não existem a geração de emprego e renda,não se tem mais terras para arrendamento para o cultivo agrícola e o tempo das colheitas estão se resumindo a apenas 3 meses de chuvas.
O bom seria que tivessem trabalho,emprego em alguma coisa para todo mundo e ninguém precisasse mais de nenhuma ajuda de governo para sobreviver.Agora que as Bolsas famílias ajudando e muito aos mais pobres em busca de algum dinheiro para comprar alguma comida para não se passar fome mesmo.
O programa do governo federal criado por Lula e Dilma,Minha Casa Minha Vida criou uma esperança muito grande na zona rural o que não acontecia há mais de 100 anos.
Foi uma lula minha toda vez que participara das reuniões do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Lagoa do Ouro ao lado de valiosos companheiros no Prorural e nos encontros estaduais e nas associações comunitárias quando debatíamos nas plenárias esse programas voltados para a ZONA RURAL e URBANA das grandes, médias e as pequenas cidades do Nordeste e do Brasil.
Eu vi de perto uma família com dois filhos serem salva graças ao bolsa família!