As pessoas com deficiência visual atendidas pelo
Centro de Apoio Pedagógico à Pessoa com Deficiência
Visual (CAP) de Garanhuns estão sendo contempladas com a realização de um curso
de inglês. As aulas acontecem todos os sábados, de 8h às 12h, na sede do CAP,
localizada na Travessa Belarmino Dourado, no bairro Heliópolis. A iniciativa
faz parte do projeto de pesquisa “Falando com o Mundo”, do Programa
Universidade para Todos (Proupe), realizado por uma estudante da Autarquia do
Ensino Superior de Garanhuns (Aesga).
De acordo com a gestora do CAP, Lenice
Couto, os participantes do curso escrevem tanto em sistema Braille, como também
utilizam computador por meio dos leitores de tela. Lenice explica essa nova
experiência. “Realizar essas aulas aqui é uma forma de promover a autonomia das
pessoas cegas e com baixa visão. Cada desafio que enfrentamos é sempre vencido
quando somos oportunizados. Portanto, este é mais um grande momento e todos
estão se sobressaindo muito bem. Não há limites quando se quer aprender. É
preciso que a sociedade compreenda que a visibilidade tem que ser na pessoa e
não na deficiência”,afirmou a gestora.
O curso iniciou no mês de agosto e terá
a duração de seis meses, podendo ser prolongado. Aproximadamente 10 alunos
participam das aulas. Ainda de acordo com Lenice, a realização desse curso é um
passo a mais na luta contra o preconceito. “Cursos como esses, fazem com que
nós andemos na contramão do grupo de pessoas que pensam que não podemos nada. E
assim, nós vamos enfrentando desafios e vencendo os preconceitos”,completou.
A professora que está ministrando as
aulas, Isabelle Vita, já morou seis meses no Canadá, e explica a sua motivação
em estar realizando o curso. “Nos dias de hoje, existe uma necessidade muito
grande em falar mais de um idioma, e principalmente o inglês, que abre muitas
portas para oportunidades profissionais e traz uma nova visão do mundo. Então
trazer esse curso para o CAP, é para que eles possam abrir caminhos para novos
horizontes e assim se comunicar fazendo uso da chamada língua mundial. Então, a
um curto prazo, eles irão aprender o inglês falado e conseguirão se comunicar
em situações simples e emergenciais e a médio e longo prazo, eles terão um
vocabulário suficiente para manter uma conversação”, afirmou Isabelle.
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