Vice-lider da oposição, o deputado
estadual Álvaro Porto (PTB) voltou a criticar esta semana a falta de soluções
para o combate à violência no Estado. Só que desta vez foi mais longe. Defendeu
que, diante das dificuldades demonstradas pela Secretaria de Defesa Social, a
saída do titular pasta, Alessandro Carvalho, pode ser o caminho para a
recuperação da segurança pública.
Em discurso no plenário, destacou que
a resistência do secretário ao diálogo e o aumento descontrolado de crimes nos
primeiros oito meses de 2015 são sinais de alerta. "A complicada situação
das polícias revela bem a ineficiência da secretaria. Se for o caso, ele
(Carvalho) deve sair", frisou.
O petebista lembrou que desde o
início do primeiro semestre tem cobrado soluções e denunciado a pouca ação da
Secretaria de Defesa Social. "Temos, inclusive, debatido a questão em
audiências públicas no Agreste Meridional, ouvindo prefeitos, vereadores e,
principalmente, a população que está aterrorizada e trancada dentro de casa. Mas,
curiosamente, as iniciativas foram ignoradas pela Secretaria de Defesa Social.
Na última, ocorrida em Canhotinho, no início de agosto, secretário foi
convidado, mas não compareceu e nem enviou representante", destacou.
No discurso, Álvaro Porto observou que,
a despeito da postura do secretário, o governador Paulo Câmara (PSB) foi
solícito às reivindicações e mostrou interesse em buscar saídas. Na semana
passada o petebista foi recebido por Câmara no Palácio do Campo das Princesas,
ocasião em que entregou ao socialista abaixo-assinado da população de
Canhotinho e as reivindicações levantadas na audiência pública.
O empenho dos policiais, que embora
com condições mínimas de trabalho se desdobram para cumprir suas funções,
também foi salientado pelo deputado. Ele fez questão de chamar a atenção para a
dedicação do policial civil que, mesmo à paisana, agiu em defesa da população
na última segunda-feira (31.09), no metrô do Recife. "Ele demonstrou
coragem, reagiu e impediu que homens, mulheres e crianças corressem risco de
vida na mão de assaltantes. A atitude foi de um destemor incomum e, por isso
mesmo, merece nosso reconhecimento". (Texto: Josué Nogueira. Foto: Roberta Soares).
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