ARMANDO E OS CANDIDATOS DO PSB

Do jornalista Inaldo Sampaio:

Com a sinceridade que caracteriza o seu temperamento, o senador Armando Monteiro disse o seguinte em Garanhuns, na última sexta-feira, ao ser questionado sobre se estaria em campanha para o governo estadual: “Nunca usei a palavra para me esconder. Sempre disse que aspiro ao Governo do Estado. Agora, as condições têm que ser construídas. Isso inclui questões além da minha vontade. Mas eu confio que o governador vai encaminhar isso bem, como magistrado que deve ser”. 

De fato, na liderança da Frente Popular de Pernambuco, que o conduziu duas vezes ao Palácio do Campo das Princesas, o governador Eduardo Campos deveria ser, em tese, o “magistrado” de sua sucessão, porém é pouco provável que isso aconteça. Ele deve saber pelos exemplos do passado que dificilmente esse conjunto de forças políticas chegará unido a 2014 e, como líder do PSB, vai querer puxar a brasa para a sua sardinha. Ou seja, tentar viabilizar uma candidatura no seu próprio partido. 

No entanto, até para construir essa candidatura,ele enfrentará graves turbulências dado que há três postulações dentro do partido que ele não vai poder ignorar: o vice-governador João Lyra, Neto, que está prestes a sair do PDT, o ministro Fernando Bezerra Coelho e o secretário Tadeu Alencar (foto). Pesa em favor do senador Armando a determinação de ser candidato, uma estrutura partidária razoável e a visibilidade que dá ao seu mandato. Mas apenas isso não é suficiente para ser o escolhido.