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PSICOSE - FILMES INESQUECÍVEIS - 96º

Quando Alfred Hitchcock realizou Psicose, em preto e branco, em 1960, já tinha produzido em cores algumas obras primas, como Um Corpo que Cai (1955) e Janela Indiscreta (1954).
A fotografia em preto em branco de um dos maiores clássicos do suspense de todos os tempos, então, foi intencional. A história que é contada nesse filme, a psicologia dos personagens, cenas como a do assassinato no chuveiro, não teriam a mesma força num trabalho em tecnicolor.
Hitchcock surpreendeu a crítica e o público ao fazer o filme dessa forma, sem grandes estrelas da época e com baixo orçamento. O longa custou 800 dólares, uma ninharia para os padrões de Hollywood, mesmo no início dos anos 60.
Mesmo assim Psicose fez um tremendo sucesso na época, causou impacto no mundo inteiro e até hoje surpreende quem o assiste seja pela primeira ou terceira ou quarta vez.
A história começa com a charmosa secretária Marion Crane (Jane Leigh), uma mulher honesta, de confiança, que de repente cede à tentação e resolve fugir com 40 mil dólares do chefe.
A partir daí Alfred Hithcock, com sua maestria, já começa a mexer com os nervos do espectador. Marion sai da cidade dirigindo o seu automóvel, com a expressão tensa, pára num lugar ermo para descansar e é acordada por um policial.
Este claramente começa a desconfiar do comportamento da moça. Esta fica mais tensa, passa numa agência de veículos e troca o carro, notando que o policial ainda está por perto.
Prossegue em sua “viagem”, começa a chover, numa “sacada” do diretor que prende mais ainda o cinéfilo. Marion fica ainda mais nervosa, o suspense é crescente.
Com pouco tempo do filme já estamos envolvidos e nos perguntamos: “Onde vai dar tudo isso?” O cineasta consegue fazer a gente se preocupar com o futuro daquela personagem, muitos talvez até torçam para ela reparar o erro cometido.
A mulher encontra, então, na beira da estrada, um hotel com jeito meio abandonado, mas resolve parar.
É atendida por Norman Bates (Anthony Perkins), um rapaz educado, de feições bonitas, porém um tanto estranho. Há um mistério no ar.
Norman vive só com sua mãe senil num casarão antigo localizado perto do hotel. Ninguém vê a velha senhora, que parece ter uma personagem dominadora, proibindo o rapaz até mesmo de ter relacionamentos amorosos.
Passado pouco tempo da chegada da secretaria no hotel, teremos a memorável cena do chuveiro, quando Marion é atacada por uma figura misteriosa e a música dá o tom do crime que está sendo cometido.
Passados mais de 50 anos da realização de Psicose, com essa cena do chuveiro tendo sido repetida à exaustão quando se fala do filme, com outros diretores tentando copiar o lance de Hithcock, esse momento continua único na história do cinema e será celebrado ainda durante muitos anos. Alfred era um gênio, cuidava dos detalhes em seus filmes, nenhuma cena é gratuita, o cineasta reuniu o dom e o talento para lidar com essa arte, tinha intuição, conhecimento, não é à toa que vários dos seus trabalhos, inclusive este sobre o qual estamos escrevendo, entram nas famosas listas de “melhores filmes de todos os tempos”.
Quatro filmes do diretor britânico são geniais e impressionavam muito: Um Corpo que Cai, Janela Indiscreta, Os Pássaros e Psicose. Interessante é que embora cada um deles tenha a marca do diretor brilhante, o seu estilo peculiar de fazer cinema, são filmes diferentes, cada um com qualidades próprias, personagens diversos, enredos diferenciados e finais completamente originais.
Muito forte em Psicose é o personagem Norman, o “doente mental” do filme. Anthony Perkins, o ator, nos pega desde a primeira aparição na tela. É convincente, charmoso, estranho, dá um pouco de medo, embora às vezes pareça um sujeito normal.
Bates é um dos maiores personagem das histórias de filmes de horror e suspense. Marion, a sua irmã (que aparece depois), o detetive que entra em cena tentando descobrir o paradeiro da mulher, o chefe, o amante da secretária, todos parecem personagens secundários quando comparados ao gerente do hotel.
Psicose é bom do início ao fim. Mesmo quando tudo se resolve, com explicações psicológicas sobre a dupla personalidade do rapaz, o filme mantém as qualidades que o transformaram num clássico.
Em 1998 alguém se aventurou a refilmar Psicose, em cores. Pobre diretor, não conseguiu homenagear Alfred Hithcock, se essa era sua intenção e ainda “afrontou” a obra original.
Psicoce, o de 1960, é pra ver e rever, indicar aos amigos, ter em sua coleção de obras primas.

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